segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Iodo e tiroide

O iodo é um nutriente essencial para a saúde humana. Ingerimo-lo através da dieta e a glândula tiroide retira-o do sangue para, a partir dele, sintetizar hormonas indispensáveis à regulação de inúmeros e importantes processos metabólicos que incluem o crescimento ou a manutenção da temperatura corporal, entre muitos outros.

Tal como acontece com outros nutrientes, quer a deficiência quer o excesso de iodo podem trazer problemas para a saúde uma vez que o organismo tem concentrações específicas de cada um deles. 

A ingestão excessiva deste elemento pode causar hipotiroidismo ou tiroidite de Hashimoto (doença autoimune). Apesar da sua importância, o iodo é um oligoelemento, o que significa que é necessário mas em ínfimas doses. 

A ingestão deficitária de iodo pode, pelo contrário, conduzir a uma deficiência orgânica neste nutriente o que poderá condicionar o aparecimento de bócio, crescimento anormal da glândula tiroide, e a uma diminuição da produção das hormonas tiroideias, resultando no seu deficiente funcionamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de mil milhões de pessoas no mundo têm carência de iodo no organismo e destas, cerca de 50 milhões sofrem de problemas cerebrais resultantes dessa deficiência. Há certas regiões no país consideradas pobres em iodo onde o uso de sal de cozinha iodado pode prevenir o problema. Também o hipotiroidismo, doença caracterizada por uma diminuição da função da tiroide, pode ser provocado por uma baixa ingestão de iodo. 

Excetuando-se o caso das grávidas em que é desejável um complemento suplementar de vitaminas e minerais para evitar eventuais carências, uma alimentação rica e variada onde se inclua ovos, peixe, moluscos ou mariscos e legumes e frutas como cebola, agrião, alho-francês, nabo, ameixas ou ananás, garantirá uma ingestão adequada deste nutriente. A insuficiente ingestão de iodo pela mulher grávida pode desencadear aborto, ser responsável por deficiências mentais no bebé ou prejudicar uma aprendizagem normal nas crianças. No caso específico das grávidas, uma alimentação equilibrada e variada, associada à suplementação habitual com polivitamínicos e minerais antes e durante a gravidez, garantirá o aporte suficiente deste elemento. 

As doenças da tiroide são muitas vezes subvalorizadas, até porque é comum os seus sintomas serem débeis e por vezes confundidos com outras situações como a depressão, por exemplo. Podem originar ainda outros sintomas como cansaço, aumento de peso ligeiro, intolerância ao frio, cãibras, transpiração excessiva ou irritabilidade, entre outros. Mas em muitos casos podem corrigir-se com um complemento adequado de iodo e por isso, mais uma vez, chamo a atenção para a necessidade de se fazer uma dieta nutricionalmente equilibrada. Os alimentos fornecem uma enorme variedade de nutrientes com diferentes funções: uns fornecem energia e outros têm apenas uma função reguladora; uns são necessários em grande quantidade (gramas) outros, em pequenas ou, tal como o iodo, em pequeníssimas (microgramas) quantidades, mas todos desempenham papéis específicos no organismo, na saúde e no bem-estar. 

Uma alimentação baseada na Roda dos Alimentos garantirá, na maioria das situações, a ingestão adequada de nutrientes, sem necessidade do recurso a suplementos alimentares que, se usados indevidamente, também poderão trazer problemas para a saúde.

Por: Paula Veloso

In: Educare

Projecto de Inclusão na Universidade de Lisboa

Vídeo/documentário informativo inserido no Ciclo de Jornadas "Conhecer para Intervir", subordinado ao tema Apoio à Inclusão.


sábado, 22 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ACAPO relança Revista Louis Braille

Decorridos 10 anos da edição do último exemplar, a ACAPO relançou ontem, dia do seu 22º aniversário, uma das mais marcantes publicações da história da Instituição. Trata-se de Louis Braille, uma revista especializada na área da deficiência visual, que regressa agora em versão digital e com uma periodicidade trimestral. 

“Embora ancorada em princípios ligeiramente diferentes”, a nova publicação pretende assumir “a relevância de outros tempos, colmatando uma lacuna, no que concerne à produção e difusão de conhecimento relacionado com a deficiência visual”, tal como se lê no editorial do número 0 da revista, da autoria do Presidente da Direcção Nacional da ACAPO, Carlos Lopes.

Na edição número 0 da revista poderá ler uma entrevista à Presidente da União Mundial de Cegos; um artigo sobre acessibilidades; uma reportagem sobre o caso de sucesso do Grupo Jerónimo Martins na integração profissional de pessoas com deficiência visual; um artigo do médico oftalmologista Florindo Esperancinha, que faz uma retrospectiva dos avanços da oftalmologia nos últimos 20 anos; e uma reflexão de Graça Pegado, Professora Especializada na Área da Deficiência Visual, sobre a integração educativa dos alunos com deficiência visual. 


In: Ajudas

As birras acontecem porque há dois mundos diferentes

Mário Cordeiro afirma que é preciso perceber o que está em causa quando a "dona birra" aparece. É preciso explicar aos mais pequenos que, por vezes, é necessário mudar de jogada. O pediatra aborda os medos e as birras no seu último livro.


As birras fazem parte da vida e os medos também. Da vida dos mais novos e dos mais velhos. O que fazer quando não há maneira de convencer a criança a tomar banho? O que dizer quando os berros se ouvem no supermercado porque a compra não é satisfeita? Como contornar o choro quando o prato chega à mesa? Que estratégias usar quando se quer adiar os trabalhos de casa de amanhã? Mário Cordeiro diz que os pais não se devem sentir envergonhados, cansados ou esgotados com as birras. Elas existem e o importante é compreendê-las para saber como contorná-las.


As birras não significam um comportamento anormal ou desviante. Nada disso. "As birras são a expressão daquilo que é a frustração, quando mal assumida, gerida e metabolizada. Temos desejos e expectativas, e temos a realidade. E o fosso entre um lado e outro pode ser grande, sobretudo quando colocamos as fasquias muito altas e, simultaneamente, consideramos que a nossa vida é péssima", explica o pediatra ao EDUCARE.PT. O autor de O Grande Livro dos Medos e das Birras, livro recentemente editado, diz que, quando mal gerido, o hiato de frustração conduz à raiva, à vitimização, perplexidade, incompreensão, agressividade.


Os sentimentos multiplicam-se e crescer é um processo complexo. No caminho, é preciso aprender a lidar com as frustrações e os mais velhos devem mostrar aos mais novos que o mundo não acaba hoje, que há muito para fazer e que mudar de jogada, ou arranjar novas estratégias, fazem parte do prazer de viver. "Aprender a gozar o que se tem e não chorar sempre pelo que não se tem". A eterna insatisfação não conduz a lugar algum. "Mais do que não fazer birras é aprender a fazê-las, em qualquer idade", refere.


O que se tem e o que se quer podem não coincidir, o fosso entre os dois mundos pode ser grande, mas o importante é ter planos B na manga. "As crianças, por terem menos experiência e sabedoria, entenderem pior os seus sentimentos e não terem uma visão sistémica do mundo, além de serem, por default, muito 'umbiguistas', narcísicas e egocêntricas, ficam num emaranhado de sentimentos que não sabem gerir". Quase num beco sem saída. "Enquanto não arranjarem uma 'saída para a crise', entram em disrupção corporal, incapacidade de pensar e, por vezes, agressividade extrema e violência". Há casos em que basta uns minutos para se recomporem e voltarem ao sítio.


Não há milagres, nem receitas infalíveis, para prevenir birras. "Mas há bom senso, compreensão do 'enredo' da dona birra, perceção do que está em causa". E como explicar a uma criança que o seu comportamento é duvidoso? Com firmeza afetiva, dando um tempo para refletir e ajudá-la a ultrapassar o mau momento. Sempre mostrando que a disponibilidade é total.


Explicar que nem tem de abdicar dos seus desejos - quando muito, terá de adiá-los -, nem que a sua vida é má e rasteira. O que não pode ser permitido são manifestações violentas: cuspir, morder, arranhar, bater, atirar com coisas, etc."


Birras em miúdos, adultos caprichosos? Não há uma associação direta. "Há crianças mimadas no mau sentido, ou seja, têm tudo o que querem e, portanto, não se habituam a que o mundo do real é o mundo do possível e não do desejo e da fantasia. Quando acontece serem contrariadas ficam sem saber o que fazer". "Mas é verdade que uma criança que se habitua a fazer birras e, sobretudo, a ver as birras triunfarem e serem uma excelente moeda, nunca aprenderá a deixar de ser narcísica e omnipotente", adianta o pediatra.


O livro de Mário Cordeiro pretende transmitir aos pais, educadores e todos os interessados que as birras e os medos fazem parte do dia a dia e que há perigos em não saber dar a volta a essas situações. Numa parte mais conceptual, o autor aborda o medo da morte. "É um livro que, para mim, fala de nós próprios enquanto seres humanos, e acho que os leitores vão gostar dessa perspetiva.".


In: Educare

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Revista Diversidades: "Linhas de Ação".


Está disponível o número n.º 33 da Revista Diversidades. Este número chama-se "Linhas de Ação".

Este edição "debruça-se sobre temas de profundo interesse para quem, diariamente, se confronta e preocupa com a formação integral e holística de cada indivíduo, destinado a transformar os inúmeros desafios que a vida lhes apresenta em descobertas e conquistas duradouras."





"No domínio da educação especial e reabilitação, são múltiplos os programas e projetos, de natureza inter e transdisciplinar, que, quais Linhas de Ação, procuram desvendar as melhores opções, métodos e estratégias para a intervenção com a população com necessidades especiais.
Parafraseando John Henry Newman (s/d) as pessoas influenciam--nos, as vozes comovem-nos, os livros convencem-nos, os feitos entusiasmam-nos. Nesta procura por boas práticas que possibilitem o incrementar de saberes e o afinar da ação, elegem-se processos de trabalho, emanados da investigação e validação científica.
Os sons, os gestos e as palavras a que recorremos diariamente reportam objetivos sociais e comunicacionais. As diversas formas de comunicação humana comportam signos a que só a interpretação e a emoção dão sentido. A Língua Gestual Portuguesa e a dança não se cingem a ações isoladas, constituindo importantes instrumentos pedagógicos, sempre com o enfoque no respeito e na valorização de cada criança, jovem e adulto com necessidades especiais, num domínio inclusivo.
O estudo e a promoção de competências cognitivas, de consciência fonológica, de leitura, escrita e cálculo, bem como sociais e motoras, entre outras, são essenciais quer para conhecer melhor o pensamento humano, quer para potenciar o desenvolvimento de cada um.
Numa panóplia de Linhas de Ação e afastando-nos de modelos lineares de compreensão, adotamos noções multidimensionais que englobam diversos componentes do conhecimento e da aprendizagem."

Excerto do Editorial da Revista escrito por Maria José Camacho (Directora Regional de Educação Especial e Reabilitação)

Poderão visualizar e descarregar a revista em formato pdf:

Revista Diversidades n.º 33

In: DREER

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Estudante cria aplicação para escrita em braille em tablets

Adam Duran, juntamente com dois mentores, criou um software que permite a invisuais escreverem em braille num tablet.

Há uma app para isso” é cada vez mais uma forma apropriada de descrever a inovação crescente dos tempos em que vivemos. Um estudante norte-americano desenvolveu uma aplicação que permite a invisuais escreverem em braille num tablet.

Adam Duran, estudante universitário, desenvolveu esta app com a ajuda de dois mentores, Adrian Lew e Sohan Dharmaraja, durante um curso de verão na Universidade de Stanford, localizada em Palo Alto, na Califórnia.

Esta invenção poderá vir a facilitar em muito a vida dos invisuais, que até agora, se quisessem uma ferramenta de escrita, não tinham alternativa aos dispositivos com preços de vários milhares de dólares, os quais se assemelham às antigas máquinas tipográficas.

O desenvolvimento desta aplicação tomou lugar no Army High-Performance Computing Research Center (AHPCRC) da Universidade de Stanford, mas a ideia que esteve na sua origem não foi a de uma aplicação para escrever em braille mas, sim, para o ler.

“A tecnologia, apesar de definitivamente útil, seria limitada na sua aplicação ao dia a dia” disse Adam Duran à publicação “Stanford Report”. “A killer app não era um leitor, mas sim uma ferramenta de escrita” adicionou Sohan Dharmaraja.

Este software aproveita-se dos amplos ecrãs táteis da maioria dos tablets, os quais já estão devidamente preparados para reconhecer o toque e agir consoante o mesmo, algo que torna a ferramenta útil para os invisuais pois o toque é um dos sentidos pelos quais se orientam no desempenho das tarefas diárias.

Graças à “inteligência” dos ecrãs táteis, o teclado e as teclas podem reajustar-se automaticamente à posição dos dedos do utilizador de cada vez que este os pousa no aparelho. O tamanho dos dedos e o estilo datilográfico dos utilizadores também não é um problema para o software.

Uma vez associada às tecnologias de reconhecimento de voz cada vez mais populares, esta invenção poderá providenciar uma panóplia de usos para os invisuais, como aliás demonstra Sohan Dharmaraja num vídeo do YouTube.

Adam Duran, estudante universitário, desenvolveu esta app com a ajuda de dois mentores, Adrian Lew e Sohan Dharmaraja, durante um curso de verão na Universidade de Stanford, localizada em Palo Alto, na Califórnia.

Esta invenção poderá vir a facilitar em muito a vida dos invisuais, que até agora, se quisessem uma ferramenta de escrita, não tinham alternativa aos dispositivos com preços de vários milhares de dólares, os quais se assemelham às antigas máquinas tipográficas.

O desenvolvimento desta aplicação tomou lugar no Army High-Performance Computing Research Center (AHPCRC) da Universidade de Stanford, mas a ideia que esteve na sua origem não foi a de uma aplicação para escrever em braille mas, sim, para o ler.

“A tecnologia, apesar de definitivamente útil, seria limitada na sua aplicação ao dia a dia” disse Adam Duran à publicação “Stanford Report”. “A killer app não era um leitor, mas sim uma ferramenta de escrita” adicionou Sohan Dharmaraja.

Este software aproveita-se dos amplos ecrãs táteis da maioria dos tablets, os quais já estão devidamente preparados para reconhecer o toque e agir consoante o mesmo, algo que torna a ferramenta útil para os invisuais pois o toque é um dos sentidos pelos quais se orientam no desempenho das tarefas diárias.

Graças à “inteligência” dos ecrãs táteis, o teclado e as teclas podem reajustar-se automaticamente à posição dos dedos do utilizador de cada vez que este os pousa no aparelho. O tamanho dos dedos e o estilo datilográfico dos utilizadores também não é um problema para o software.

Uma vez associada às tecnologias de reconhecimento de voz cada vez mais populares, esta invenção poderá providenciar uma panóplia de usos para os invisuais, como aliás demonstra Sohan Dharmaraja num vídeo do YouTube.


Somos todos aprendizes dos nossos alunos

A esperança na educação como fonte transformadora do ser humano e da sociedade é uma ideia de força, quase consensual. 

O professor é uma pessoa em construção, portador de um nó formativo central e contínuo mas sincronizado com o seu tempo, situado num quadro temporal de mudanças, vivendo uma situação profissional plena de interrogação, que tende a afirmar-se como um objeto de estudo significativo, pelo sentido e pela pertinência e urgência que o seu trabalho pode adquirir. 

Ser professor hoje implica o assumir de uma profissão que, na conjugação das exigências implicadas na sua natureza, metodologia e objetivos, se tornou numa atividade potencialmente ansiogénica, seja na sua generalidade, seja nos seus aspetos particulares, decorrente do trabalho de ser professor e que se cria na sua prática quotidiana. 

Os desafios educativos colocados pela sociedade atual e pelo trabalho docente são cada vez mais exigentes e estão em constante mutação. Nos últimos trinta anos, assistiu-se a profundas mudanças sociais que se repercutiram nos comportamentos, estilos de vida, atitudes e valores, com elevado impacto na vida e na profissão dos profissionais da educação (Barroso, 2005). 

É num contexto de incerteza face às mudanças educativas constantes que os professores da "escola de hoje" trabalham tentando, mesmo assim, responder positivamente àquilo que a atualidade escolar exige. 

A realidade do professor é um sistema vivo complexo, presente nas aulas com os seus conflitos interiores, as suas ambivalências e as suas contradições, os seus desejos e os receios (Ducros, 1984, citado por Alves, 1994). 

Deste modo, ser professor hoje implica o assumir de uma profissão que, na conjugação das exigências implicadas na sua natureza, metodologia e objetivos, se tornou numa atividade potencialmente ansiogénica e desgastante, seja na generalidade, seja nos seus aspetos particulares, decorrente do trabalho de ser professor (Picado, 2005). 

Em suma, numa sociedade cada vez mais complexa a todos os níveis, a tendência do incremento de problemas sociais é múltipla. Normalmente a responsabilidade da resolução destes problemas recai sobre a escola, particularmente sobre o professor. Instigado pela situação complexa em que o colocam, o professor vê-se na necessidade de mudar a sua postura profissional, de aperfeiçoar as suas práticas e de refletir, porque a sua experiência profissional docente não pode ser suficiente. 

Os bons professores cumprem as suas funções, os professores fascinantes também com as suas tarefas, mas o seu objetivo fundamental é ensinar os alunos a serem pensadores e não repetidores de informação. 

Ser professor não é somente ensinar, é aprender. Somos aprendizes dos nossos alunos, só quem é professor sabe que lidamos com "material" muito precioso, o "material humano". 

Tal como refere Augusto Cury (2010, p. 40): "aprendemos a conhecer-nos a nós mesmos, a ser caminhantes nas trajetórias do nosso próprio ser". 

Bibliografia: 
Alves (1994). A satisfação/insatisfação docente: Contributos para um estudo da satisfação/insatisfação a professores efetivos do 3.º ciclo do ensino básico e do secundário do distrito de Bragança. Bragança: Instituto Superior Politécnico de Bragança. 
Barroso, J. (2005). Políticas educativas e organização escolar. Lisboa: Universidade Aberta 
Cury, Augusto (2010). O Mestre da Sensibilidade. Jesus, o maior especialista no território da emoção. Publicações Dom Quixote: Alfragide: Portugal 
Picado, L. (2005). A ansiedade na profissão docente. Mangualde: Edições Pedagogo, Lda.

Por: Sandra Ferreira

In: Educare

Mil Brinquedos Mil Sorrisos (4ª edição)

O Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da ESECS - Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, do Instituto Politécnico de Leiria, lançou a quarta edição da Campanha "Mil Brinquedos Mil Sorrisos". Desde 2008 que o CRID-IPL se lançou nesta odisseia da fantasia, recebemos brinquedos electrónicos, novos ou usados que são adaptados pelos alunos e professores do curso de Engenharia Electrotécnica ESTG-Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do IPL, dedicando parte do seu tempo livre a uma tarefa tão nobre. Posteriormente são tratados, embrulhados e oferecidos às crianças que deles precisam, nomeadamente crianças com deficiências motoras.

A campanha, tal como nos anos anteriores, tem como objectivo recolher brinquedos junto de toda a sociedade civil e proceder à respectiva adaptação. De forma a poderem ser adaptados, os brinquedos devem ter um sistema electrónico.

A recolha deste ano reverterá para as Equipas Locais de Intervenção Precoce.

Os Brinquedos podem ser entregues até ao dia 20 de Novembro no CRID na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, na Câmara Municipal de Leiria, na ESTG- Escola Superior de Tecnologia e Gestão- junto a Associação de Estudantes, nos serviços Centrais do Instituto Politécnico de Leiria e no Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. em Lisboa (de segunda a sexta no horário do expediente)

A entrega dos Brinquedos será efectuada no dia 3 de Dezembro, no decorrer da II Gala da Inclusão na cidade de Leiria.

A Campanha recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o Alto Patrocínio de Sua Excelência Dra. Maria Cavaco Silva.


 


In: INR

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Especialistas discutem autismo no Porto

As Perturbações do Espectro do Autismo são o tema do congresso que reúne, sexta-feira e sábado, especialistas nacionais e internacionais que estudam o tema, na Fundação Eng. António de Almeida, no Porto. Inscrições abertas a pais e interessados.

Em análise, estarão diferentes perspectivas e abordagens à patologia. Os trabalhos, da responsabilidade da Consulta de Pedopsiquiatria e Consulta de Desenvolvimento, do Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de S. João, no Porto, são abertos ao público em geral. Os pais de crianças com Perturbações do Espectro do Autismo têm 50% de desconto.

As Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) são mais frequentes nos rapazes e começam a manifestar-se principalmente a partir dos 18 meses.

Estas crianças apresentam perturbação ou ausência no desenvolvimento da linguagem, tendência para o isolamento ou dificuldades nas competências sociais e emocionais, além de terem interesses restritos e repetitivos em certas áreas ou objectos. Têm dificuldade em brincar com outras crianças, imitar ou imaginar, a não ser de forma estereotipada.

As PEA englobam o Autismo propriamente dito, descrito inicialmente por Kanner, em 1943, correspondendo este ao extremo de maior gravidade, mas incluem outras condições como a Perturbação de Asperger, com muito melhor prognóstico e evolução, e as perturbações globais de desenvolvimento não especificadas, que não cumprem os critérios totais para Autismo.

As PEA têm diferentes graus de gravidade, nos domínios da socialização, da comunicação e da imaginação, associadas à tendência para manter rotinas ou rituais, assim como à ocorrência de comportamentos repetitivos e estereotipados.

As inscrições na "I Reunião Científica sobre Perturbações do Espectro do Autismo" podem ser feitas pela internet ou na Fundação Eng. António de Almeida.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

As cores das flores

Uma criança cega precisa escrever uma redação sobre as cores das flores. O vídeo mostra o desafio do menino para conseguir cumprir a tarefa. A tradução para o português foi feita para o blog "Assim como Você", de Jairo Marques.


O Grande Livro dos Medos e das Birras

Sinopse

Todos os dias é a mesma coisa, não quer tomar banho e foge aos berros da casa de banho. Hoje estávamos no supermercado e como não lhe comprei o que queria começou a espernear, aos gritos, a deitar-se no chão.... Uma vergonha! De cada vez que lhe digo que não pode ver televisão, começa aos berros e quer morder-me. A hora da refeição cá em casa é crítica, agora não gosta de nada e chora convulsivamente em frente ao prato. Num momento está muito bem, no outro não sei bem porquê desata aos gritos e a chorar... será preciso descrever mais cenários, ou o panorama, além de assustador, é bem conhecido dos leitores que todos os dias têm de lidar com as birras dos seus filhos?

O pediatra best-seller em Portugal Mário Cordeiro garante: não é anormal fazer birras, nem indica qualquer desvio comportamental. Os pais não precisam de se sentir envergonhados e é normal os pais sentirem-se cansados e esgotados perante as birras. Impotentes sem saberem como atuar . A birra é apenas uma expressão de uma multiplicidade de sentimentos, logo, para a compreender há que perceber a sua relação com esses mesmos sentimentos, designadamente o medo e a frustração, o temperamento individual e as etapas do desenvolvimento da criança.

Neste livro prático, Mário Cordeiro aborda o tema dos medos e das birras, nas suas mais diferentes situações: à mesa, no banho, no carro, na escola, nas férias, nas compras... Cenários onde a criança tem sono, fome, está cansada, se vê num ambiente estranho, frustrada ou perante estranhos, e explica-lhe como deve atuar em cada uma delas: - Mantenha-se calmo perante uma birra...

Disponível para aquisição na livraria virtual Wook.pt.

Terá défice de atenção?

"Recentemente foi diagnosticado à minha filha, agora com 11 anos, um défice de atenção com hipoatividade (é mesmo sem hiperatividade!). Daí ter sido diagnosticada tão tardiamente, pois não tinha sintomas dos mais comuns que costumam acompanhar o défice de atenção. Claro que nós, pais, há algum tempo que estamos preocupados com o desempenho dela na escola, mas não duvidámos nem um pouco das suas capacidades, inteligência ou raciocínio, que são excelentes. Simplesmente não consegue organizar a informação e "provar que sabe" corretamente. Gostaria muito de ler proximamente algo sobre esta vertente mais específica: défice de atenção, sem a dita hiperatividade."
Maria João Valente

As crianças com défice de atenção sem hiperatividade passam muitas vezes despercebidas porque, contrariamente às ditas hiperativas, estão frequentemente no seu canto, sem dar muito nas vistas. Os professores habitualmente reconhecem o seu alheamento e, por isso, vão procurando chamá-las à terra. No entanto, sendo a sala de aula um espaço em que múltiplos acontecimentos se sucedem em catadupa, exigindo uma atuação rápida e contínua, estas crianças não são certamente o alvo da atenção permanente do professor. Se a este facto juntarmos a crença de que a atenção é algo que é controlável desde que para isso haja vontade, não sendo a sua ausência percecionada como patológica, então temos todas as condições para que o problema se prolongue, não sendo feito o adequado diagnóstico.

Quais os aspetos a que deverão estar atentos pais e professores, para clarificar se aquela criança, tantas vezes distraída, tem ou não défice de atenção? Note-se que ser detentor deste conhecimento não é algo de importância secundária, até porque este défice, que tantos problemas traz, pode ser minorado mediante a aplicação de terapêutica farmacológica e estratégias de índole comportamental.

A primeira grande questão que se poderá colocar relativamente a uma criança que não consegue permanecer atenta é se haverá fatores que justifiquem esta incapacidade. Existirão problemas familiares dos quais ela não consegue desligar-se? Não dorme o número de horas suficientes (são tantas as crianças que se deitam tardíssimo!)? Para além das dificuldades de atenção existem outras características que diferenciam aquela criança da maioria? Se a resposta a todas estas questões for negativa, então teremos de passar para um outro nível de análise.

Talvez para os professores seja mais fácil responder a uma outra questão muito importante, porque têm mais termo de comparação que os pais. Será que aquela criança sobressai pela incapacidade de estar atenta numa tarefa que exige esforço mental, quando comparada com outras que têm a mesma faixa etária? Os pais preocupados com a dificuldade de atenção dos filhos deverão analisar cuidadosamente esta questão com os professores. Se a resposta for positiva, devemos procurar responder a outras.

A incapacidade para estar atenta é restrita a um contexto ou é algo que se generaliza a outros? Se em casa nada lhe escapa e na escola os professores referem que está sempre na lua, ou vice-versa, então terão de ser equacionadas outras hipóteses que expliquem esta seletividade. Quando a falta de atenção é algo intrínseco, que parece ter nascido com aquela criança, que se evidenciou desde muito cedo, então estaremos mais próximos de um diagnóstico de défice de atenção.

A dificuldade em permanecer atenta é algo que prejudica de forma significativa a vida daquela criança? Note-se que o prejuízo não é apenas em termos académicos, mas muitas vezes generaliza-se a diferentes áreas. Se tal acontece, então este é mais um dado importante para o diagnóstico de défice de atenção.

Resumidamente, se não se encontram fatores de ordem externa que justifiquem a dificuldade de atenção, se é um problema mais acentuado que na maioria das crianças da mesma faixa etária, se é algo intrínseco que se manifesta em diferentes contextos e prejudica de forma acentuada a qualidade de vida da criança e até da família, então provavelmente estamos face a um défice de atenção.

Bibliografia:

Antunes, N. (2009). Mal-entendidos: Da hiperatividade à síndrome de asperger, da dislexia às perturbações de sono. As respostas que procura. Verso de Kapa.

Por: Adriana Campos



terça-feira, 11 de outubro de 2011

2.º Congresso Internacional - Lançamento Livro "Educação Inclusiva: dos conceitos às práticas de formação"



O 2º Congresso Internacional da Pró-Inclusão - Associação Nacional de Docentes de Educação Especial "Derrubar barreiras, construir percursos" vai realizar-se nos próximos dias 28 e 29 de Outubro na Universidade Portucalense no Porto. Contamos com a presença de todos os professores e técnicos que desejem melhorar o seu desenvolvimento como profissionais. Contamos consigo presencialmente ou, nesta impossibilidade, continuamos a contar consigo para divulgar o Programa.

A nossa Associação vai também lançar em colaboração com a Editora Piaget o livro "Educação Inclusiva: dos conceitos às práticas de formação". Trata-se de um livro com oito capítulos escritos por investigadores portugueses e espanhóis. Trata-se de um livro de grande qualidade e que actualiza o pensamento sobre educação inclusiva. O livro será lançado durante o congresso e poderá ser adquirido ou nas livrarias do Instituto Piaget ou na nossa sede.

Esperamos lançar o nº 2 vol 2 da nossa revista "Educação Inclusiva" na primeira semana de Dezembro.

Sempre esperamos caminhe ao nosso lado pela melhoria da nossa profissão que é o nosso contributo para a melhorar a qualidade da educação em geral e para proporcionar às pessoas com necessidades educacionais específicas uma vida mais realizada e feliz.

O Presidente da ANDEE,

David Rodrigues

Pais e Técnicos: Um Olhar Sobre o Autismo.

Nos próximos dias 25 e 26 de Novembro de 2011 realiza-se no Centro Cultural Casapiano, em Lisboa, um encontro que decorre da parceria entre a Associação de Saúde Mental Infanto-Juvenil e a Fundação Renascer, intitulado Pais e Técnicos: Um Olhar Sobre o Autismo. Irá reunir profissionais das áreas da saúde e educação, nacionais e estrangeiros, e famílias de pessoas com NEE, nomeadamente com Perturbação do Espectro do Autismo, com o objectivo de fazer uma reflexão conjunta.



Oradores/Participantes

Anne Alvarez – Ph.D., M.A.C.P., Psicóloga clínica e psicanalista de origem canadiana, internacionalmente reconhecida pelo seu trabalho com crianças autistas, fez a sua formação psicanalítica na Clínica Tavistock, em Londres, onde vem há muitos anos trabalhando como psicoterapeuta de crianças, supervisora e responsável pelo Workshop sobre Autismo.
Oliver Bonnot – Ph.D., M.D., Centre Referent Maladie Rare a Expression Psychiatrique, Service de Psychiatrie de l'Enfant et de l'Adolescent, Groupe Hospitalier Pitié Salpétriêre.
Maria José Vidigal – Pedopsiquiatra e Psicanalista, exerceu a função de Chefe de Serviço do Departamento de Pedopsiquiatria do Hospital Dona Estefânia.

Emílio Salgueiro – Pedopsiquiatra e psicanalista, com tese de doutoramento em Psiquiatria, apresentada na Faculdade de Medicina de Lisboa da Universidade Clássica, em 1992. É docente no Instituto Superior de Psicologia Aplicada e na Clínica Universitária de Pediatria do Hospital de Santa Maria.

Manuel Matos – Psicólogo e Psicanalista, Professor da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, onde apresentou Tese de Doutoramento em 1991.

Álvaro de Carvalho - Coordenador Nacional para a Saúde Mental

E ainda: Ana Eça de Queiroz, Domingas Lourenço, Leopoldo Leitão, Matilde Ramalho, Margarida Vieira, Maria Alexandra Barrosa, Maria José Viana de Almeida, Miguel Horta.

Comissão Organizadora
ASMIJ - Maria José Vidigal, Emílio Salgueiro, Manuel Matos, Ana Salgueiro, Miguel Moita
Fundação Renascer - Rita Alambre, Ema Evangelista, Vânia Duro 

Inscrições e Informações
Estão abertas as pré-inscrições através do email formacao@fundacaorenascer.​pt
Inscrições a partir de 1 de Setembro de 2011.
Até 14 Outubro 2011 - Estudantes: 40€ | Profissionais: 50€
Após 14 Outubro 2011- Estudantes: 50€ | Profissionais: 70€

PROGRAMA

25 de Novembro (6ª feira)

9h45 Sessão Inaugural
Álvaro Carvalho, Emílio Salgueiro, Manuel Matos, Maria José Vidigal, Rita Alambre

10h00 Conferência de Abertura
Presidente: Maria Teresa Guapo
Título: “Menino perdido no seu mundo…” - Maria José Vidigal

11h00 Pausa para café

11h30 Mesa Redonda: Ouvindo os Pais
Tema: Uma vida familiar para além das terapias
Moderador: Maria José Viana de Almeida
Participantes: Matilde Ramalho, Valério Romão, Ana Eça de Queiroz, Domingas Lourenço.

13h00 Pausa para almoço

15h00 Mesa Redonda: Ouvindo os Técnicos
Tema: O Trabalho Pedagógico Terapêutico
Moderador: Ana Isabel Salgueiro
Participantes: Miguel Horta e Margarida Vieira; Leopoldo Leitão, Maria Alexandra Barrosa

16h00 Pausa para café

16.30h Conferência
Presidente: Manuel de Matos
Título: Troubles du spectre autisitique et Schizophrenie a début precoces. Liens developementaux et nosographiques - Olivier Bonnot, M.D., Ph. D. (Paris)

18h00 Encerramento do dia

26 de Novembro (Sábado)

9h30 Conferência
Presidente: Emílio Salgueiro
Título: Adressing the element of deficit in children with Autism: Psychotherapy which is both psychoanalytically and developmentally informed - Anne Alvarez, PhD MACP (Londres)

11h00 Pausa para café

11h30 Mesa Redonda: Perguntas e Respostas
Participantes: Anne Alvarez, Olivier Bonnot, Maria José Vidigal, Manuel Matos, Emílio Salgueiro

13h Síntese Final e Sessão de Encerramento
Emílio Salgueiro, Manuel Matos, Maria José Vidigal, Rita Alambre


In: Blogue Pais e técnicos um olhar sobre o autismo

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Mulher surda de 29 anos ouve a sua voz pela primeira vez

Sarah ouve-se pela primeira vez aos 29 anos


Sarah nasceu surda mas recentemente foi-lhe colocado um implante auditivo. No dia em que foi posto a funcionar, o marido decidiu filmar a situação para a posteridade. E este é o momento único, mágico e irrepetível em que Sarah começa a ouvir e se esforça para que primeiro som que ouve não seja o seu choro de emoção...



Tampinhas dão cadeira

"Esta cadeira é ideal, parece um fórmula 1", diz com o sorriso rasgado Luís Paulo, de 35 anos, tetraplégico há 12, que agora recebeu a cadeira de verticalização (permite que se levante ligeiramente) que tanto ansiava. "Obrigado a todos", agradece o homem residente em Nogueira do Cravo, Oliveira de Azeméis.

Graças à solidariedade foram recolhidas 25 toneladas de tampinhas para a aquisição da cadeira e transformação do carro que transporta diariamente Luís Paulo para a fisioterapia. Estas acções tiveram o apoio da empresa de reciclagem da Póvoa do Varzim, CEINOP.

"O nosso sonho é que o Paulo possa ter uma vida o mais independente possível e por isso nunca vamos parar a nossa luta. Quando morrermos, queremos que continue a ter alguma qualidade de vida e não acabe deitado na cama de um lar", explicam os pais, João e Isabel.

Depois de três anos a pedir apoio à Segurança Social, sem verbas para a compra da cadeira, foi graças à Associação Salvador, em Cascais, que Luís Paulo viu a empresa Mobilitec, na Maia, dar-lhe a cadeira. "Estou a aprender a conduzir e estou feliz", diz Luís Paulo, que quer voltar a Cuba, onde esteve 21 meses em tratamento.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

The X Factor 2011 Auditions - Emmanuel Kelly

Existem pessoas que são um verdadeiro exemplo de vida...

Filhos com Síndrome de Down trazem alegria, não arrependimento, aos pais

Quando Louise Borke descobriu que seu filho tinha Síndrome de Down, ele tinha apenas alguns dias. A reação dela? “Choque e surpresa, inquietação e ansiedade”, recordou.

Hoje, 22 anos depois, Borke é capaz de avaliar a vida com seu filho, Louis Sciuto, e diz: “Tem sido divertido. Tem seus desafios, não vou negar, mas tem sido divertido. É recompensador e não tenho arrependimentos”.

Borke não está sozinha. Em uma série de pesquisas recém-concluídas, 96% dos pais disseram não se arrepender de ter tido um filho com Síndrome de Down. Para quase 8 a cada 10, a criança melhorou suas vidas, ensinando-os a ter paciência, aceitação e flexibilidade, entre outras coisas.

Os irmãos expressaram visões semelhantes, com 94% se sentindo “orgulhosos” e 88% declarando que o irmão especial os tornou uma “pessoa melhor”. E virtualmente todas as pessoas com Síndrome de Down participantes da pesquisa disseram estar felizes com sua vida e com quem são.

“As vozes que ouvimos expressaram muita satisfação e positividade sobre suas vidas, a despeito de terem grandes desafios”, disse o médico Brian Skotko, coordenador das pesquisas, publicadas na edição de outubro do “American Journal of Medical Genetics”.

Skotko, do Programa de Síndrome de Down no Children’s Hospital Boston, espera que os resultados ajudem famílias a tomar decisões sobre os bebês ainda não nascidos, especialmente agora, que os testes pré-natais se tornam mais abrangentes.

Atualmente, o exame pré-natal para Síndrome de Down envolve risco de aborto e é feito por apenas cerca de 2% das mulheres grávidas. Mas testes novos e virtualmente 100% seguros estão para chegar ao mercado, e Skotko quer garantir que os pais às voltas com esta “complexa, sensível e difícil decisão” tenham informação de qualidade para guiá-los.

Passo à frente

Nos Estados Unidos, é permitido às mulheres optar pelo aborto ao saberem que a criança tem algum problema de saúde. Ninguém sabe exatamente quantas mulheres decidem interromper a gestação ao descobrir que seus filhos terão Síndrome de Down. Mas alguns estudos selecionados sugerem que o número pode ser alto: de 80 a 90%.

“Quando todo mundo tiver a oportunidade de saber, antes do parto e com um simples exame de sangue, quais decisões serão tomadas sobre a gestação? Será que os bebês com a Síndrome irão desaparecer pouco a pouco?”, questionou Skotko. “As pessoas com Síndrome de Down devem falar sobre o que significa ter esta condição”.

Julie Cevallos, vice-presidente de marketing da NDSS, a National Down Syndrome Society (Sociedade Nacional da Síndrome de Down), disse que “esta pesquisa é um grande passo à frente. É particularmente notável que as informações venham direto das famílias, irmãos e das próprias pessoas com a Síndrome”. E acrescentou: “Quanto mais informação, e quanto mais acurada for esta informação, melhor. Há muita informação errada por aí, além de estereótipos”. Cevallos é mãe de Nina, de 2 anos, que tem a Síndrome.Skotko, membro do conselho da NDSS, tem uma irmã de 32 anos com a Síndrome. “Ela tem uma vida social ativa, mais do que eu jamais tive”.

Quanto a Louis Sciuto, sua mãe, Louise, diz que ele acaba de arrumar um emprego e também leva uma vida socialmente ativa, assistindo aos últimos lançamentos do cinema, praticando esportes e saindo com garotas e outros casais de amigos.

O que ela diria aos pais que descobriram que seus filhos podem ter Síndrome de Down? “Não tenham medo. É diferente, mas não pior. Meu filho tem amigos cujos pais me dizem que seus filhos se tornaram pessoas melhores por conhecerem Louis”.

Perceção sensorial no autismo e síndrome de asperger

Ação de Formação em Braga para perceber as diferenças de perceção sensorial no autismo.

Local: Braga
Data: 14 e 15 de Outubro de 2011 

A capacidade de perceber com precisão os estímulos do ambiente é fundamental para muitas áreas do funcionamento académico, social e comunicativo. Embora as pessoas com autismo vivam no mesmo mundo físico e lidem com a mesma "matéria prima" do mundo, a sua percepção é notavelmente diferente do de pessoas não-autistas. É amplamente reconhecido que as pessoas autistas têm experiências sensoriais e perceptivas 'incomuns' que podem envolver híper ou hipo sensibilidade e uma flutuação entre os diferentes "volumes" da percepção e da dificuldade em interpretar o sentido. Muitas vezes, ignorado por muitos profissionais, este é um dos principais problemas destacados pelos indivíduos autistas. A formação é fundamental para pais, professores, educadores e todos os profissionais que trabalham com indivíduos autistas e aspergers, de forma a compreenderem plenamente as diferenças de percepção sensorial no autismo. 

Contactos:
Associação para a Inclusão e Apoio ao Autista 
Rua Assento de Cima, s/N Palmeira 4700-682 Braga
Telm.: 936859219
E-mail: eventos@aia.org.pt 
Sítio web: http://www.aia.org.pt

In: Ajudas

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A inclusão social de pessoas com síndrome de Down

O preconceito sempre foi um dos maiores inimigos de quem tem Síndrome de Down. Ele ainda não acabou, mas diminuiu muito com diversas iniciativas de inclusão. Hoje, quem tem Down tem direito a estudar em escolas regulares, trabalhar e pode ser artista de cinema.


In: Rede TV

Formação: A Pessoa com Perturbações do Espectro do Autismo

Acção de Formação organizada pela de Pais e Encarregados de Educação de Alunos com Perturbações do Espectro do AutismoTema: A Pessoa com Perturbações do Espectro do Autismo - Estratégias de Intervenção.

Este curso tem como principais objectivos sensibilizar profissionais e famílias relativamente à problemática das PEA; formar profissionais com estratégias de intervenção numa perspectiva funcional e centradas na pessoa com PEA e Promover uma reflexão conjunta sobre comportamentos agressivos em pessoas com PEA, através da exploração de técnicas não-invasivas de prevenção e contenção. 

Local: APPC Vila Urbana de Valbom 
Data: 6, 7 e 8 de Outubro de 2011
Horas: 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00 

Contactos:
Associação de Pais e Encarregados de Educação de Alunos com Perturbações do Espectro do Autismo
Rua Senhora das Dores 111 4000-526 Porto 
Telm.: 91 073 74 42
E-mail: APEEAutismo@gmail.com

In: Ajudas

domingo, 2 de outubro de 2011

Artistas lusos com deficiência expõem em Londres

O Museum of Everything, em Londres, inaugurou uma exposição com obras de arte de cerca de 300 artistas com deficiência de todo o mundo, entre eles três artistas portugueses. A exposição está patente até outubro mas também pode ser visitada online.

De entre as obras expostas, encontram-se as dos portugueses Miguel Ângelo Claro e Paulo Fonseca da Fundação Afid Diferença e a de Hélder Rodrigues da CERCICA, que participam nesta exposição com a colaboração da ANACED – Associação Nacional de Arte e Criatividade de e para Pessoas com Deficiência e com o apoio do Instituto Nacional para a Reabilitação.

Apresentada na Selfridges & Co, conceituada loja de departamento londrina, esta exposição organizada pelo Museum of Everything ocupa mais de 15.000 metros quadrados, tornando-se a colaboração de arte mais extensa na história do museu.

A exposição está patente até 25 de Outubro em 400 Oxford Street, Londres. Mas quem não tiver oportunide de viajar até Londres, poderá visitar a galeria virtual do museu onde estão exibidas todas as obras.

Clique AQUI para aceder à galeria virtual de Exhibition #4 e AQUI para aceder ao site do Museum of Everything.