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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Paraplégico está a atravessar França de muletas

Joe Kals, paraplégico há três décadas, está a percorrer França a pé, com a ajuda de muletas e utilizando apenas a força dos braços e do tronco, com um objetivo: mobilizar a sociedade para a procura de uma solução médica para lesões na espinal medula.

Em declarações à BBC Brasil, Kals, que ficou totalmente paralisado depois de um acidente de mota em 1982, explicou o objetivo desta decisão. "Quero sensibilizar as pessoas em relação a um problema que é mundial", afirmou. 

"Não quero provar nada a ninguém com esta caminhada. Desejo apenas que haja uma tomada de consciência e uma mobilização para encontrar uma solução para este problema", acrescentou este aventureiro. 

O francês deu início ao percurso em Agosto de 2011, quando deixou a cidade de Havre, no noroeste do país. Entre o fim de Fevereiro e meados de Março, Kals espera conseguir chegar a Menton, perto da fronteira com a Itália. 

Este domingo, cumpriu os primeiros mil quilómetros. Para levar a cabo esta tarefa, Kals tem utilizado talas que deixam as suas pernas rígidas, adianta a BBC Brasil. Assim, apoiado em muletas, ele "anda" balançando as pernas para a frente. 

A preparação para a maratona demorou cinco anos e foi atrasada por problemas médicos e uma cirurgia em 2010, mas nem os obstáculos fizeram Joe Kals baixar os braços. Agora próximo de Marselha, explicou que caminha em média dez quilómetros por dia durante quatro dias e, depois, descansa por 24 horas.

Kals quer dar um novo impulso às investigações médicas

"Quando sofri o acidente e fiquei paraplégico, os médicos diziam-me que soluções para as lesões na espinal medula estavam muito perto de ser encontradas. Mas, 30 anos depois, continuam a dizer o mesmo", revelou, com alguma frustração.

Em consequência desta realidade, Joe Kals quer dar um impulso para que haja avanços. "Gostaria que, no futuro, o mais próximo possível, as pessoas não tivessem mais sequelas de lesões medulares e pudessem viver com dignidade", admitiu. 

Apesar do frio rigoroso, com temperaturas negativas, e das várias dificuldades causadas pelo esforço físico, Kals promete que vai continuar e que esta experiência, após dezenas de anos numa cadeira de rodas, é uma novidade constante.

"Cada passo que dou é único, não irei repeti-lo no futuro. Então, aproveito cada instante, cada paisagem, cada encontro. Sinto-me livre", concluiu.

Clique AQUI para conhecer a história de Joe Kals no seu site oficial.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Programa EDP Solidária 2012

Período de candidaturas decorre até dia 10 de fevereiro de 2012

A Fundação EDP tem abertas as candidaturas para 9ª edição do Programa EDP Solidária, uma iniciativa anual que apoia projetos que têm como objetivos a melhoria da qualidade de vida, em particular, de pessoas socialmente desfavorecidas, a integração de comunidades em risco de exclusão social e a promoção do empreendedorismo social.

Em 2012, este programa conta com uma linha de apoio global de€500 mil.


Podem candidatar-se ao programa todas as entidades nacionais sem fins lucrativos, designadamente instituições de solidariedade social ou organizações não governamentais legalmente constituídas como associações, cooperativas, federações ou confederações. São ainda aceites candidaturas apresentadas por entidades agrupadas num projeto comum.

O número de pessoas abrangidas, a transversalidade geográfica, a sustentabilidade e o caráter inovador do projeto são alguns dos critérios preferenciais que serão analisados pelo júri.

O Programa EDP Solidária foi criado em 2004, no âmbito do atividade da Fundação EDP na área da inovação social e com uma lógica de capacitação do terceiro setor. Desde então, já foram alvo de apoio mais de 100 projetos em todo o território nacional, permitindo beneficiar diretamente mais de 650 mil pessoas.



Os resultados deverão ser anunciados no decurso do mês de maio.

Para eventuais esclarecimentos, contacte-nos através do endereço eletrónico: edpsolidaria@edp.pt

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Associação Leque vence prémio de voluntariado

A Leque - Associação Transmontana de Pais e Amigos de Crianças com Necessidades Especiais, de Alfândega da Fé, distrito de Bragança, venceu a segunda edição do prémio Manuel António da Mota.

Este prémio, instituído pela Fundação Manuel António da Mota, tem o valor pecuniário de 50 mil euros, sendo que esta segunda edição tinha como objectivo premiar "organizações promotoras de voluntariado que se distingam no desenvolvimento de actividades e projectos inseridos em programas de voluntariado de relevante interesse social e comunitário".

O júri entendeu que a Leque se distinguiu entre 10 finalistas pelo facto de dar uma "resposta integrada", designadamente por apoiar directamente crianças com deficiências, mas também dar apoio "psicossocial" às suas famílias.

Pesou também o facto desta associação estar instalada numa área do território nacional (zona sul do distrito de Bragança) pouco servida por equipamentos que dêem resposta a este problema.

O júri deste galardão decidiu ainda atribuir menções honrosas às restantes nove candidaturas finalistas.

A Acreditar, a Associação Juvenil de Deão, a Atlas, a Associação de Voluntariado em Saúde de Touça, a Câmara de Albergaria-a-Velha, a Comunidade Vida e Paz, a Fundação Eugénio de Almeida, a Santa Casa da Misericórdia de Almada e a Vida Norte foram premiadas com mil euros cada.

A Fundação procura honrar o legado de Manuel António da Mota (1913-1995) fundador da Mota&Companhia homenageando o homem, o empresário e o filantropo.

O anúncio da candidatura vencedora foi feito este domingo à tarde, no âmbito de uma conferência no Palácio da Bolsa, no Porto, que contou com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, do ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares e do chairman da Mota-Engil, António Mota.

In: JN online

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Jesus precisa de cadeira de rodas

Jesus Corser é um menino de três anos que nasceu com espinha bífida, uma malformação do sistema nervoso que o torna uma criança diferente. Não consegue movimentar-se sozinho e é deslocado num carrinho de bebé – já pequeno para o seu tamanho. Na escola que frequenta, em Oliveira do Bairro, é muitas vezes empurrado pelos colegas. Para melhorar a sua qualidade de vida, precisa de uma cadeira de rodas adequada ao seu tamanho, que os pais não têm possibilidades de comprar.

"Estamos os dois desempregados. Temos um apartamento arrendado, um compromisso com o carro e três filhos para criar. A cadeira custa 6500 euros e, neste momento, não temos possibilidade de a comprar. Daria outra mobilidade, mais autonomia e qualidade de vida ao meu filho", diz Johnny Fernandes, pai de Jesus.

"Tudo o que queremos é dar-lhe a maior autonomia possível", diz a mãe do menino, Mariana Corser.

O casal tem organizado algumas iniciativas de angariação de fundos, está a fazer recolha de tampinhas de plástico e criou uma página na internet (http://umasrodasparajesus.blogspot.com/), mas ainda não conseguiu realizar a quantia necessária para a cadeira.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Tampinhas dão cadeira

"Esta cadeira é ideal, parece um fórmula 1", diz com o sorriso rasgado Luís Paulo, de 35 anos, tetraplégico há 12, que agora recebeu a cadeira de verticalização (permite que se levante ligeiramente) que tanto ansiava. "Obrigado a todos", agradece o homem residente em Nogueira do Cravo, Oliveira de Azeméis.

Graças à solidariedade foram recolhidas 25 toneladas de tampinhas para a aquisição da cadeira e transformação do carro que transporta diariamente Luís Paulo para a fisioterapia. Estas acções tiveram o apoio da empresa de reciclagem da Póvoa do Varzim, CEINOP.

"O nosso sonho é que o Paulo possa ter uma vida o mais independente possível e por isso nunca vamos parar a nossa luta. Quando morrermos, queremos que continue a ter alguma qualidade de vida e não acabe deitado na cama de um lar", explicam os pais, João e Isabel.

Depois de três anos a pedir apoio à Segurança Social, sem verbas para a compra da cadeira, foi graças à Associação Salvador, em Cascais, que Luís Paulo viu a empresa Mobilitec, na Maia, dar-lhe a cadeira. "Estou a aprender a conduzir e estou feliz", diz Luís Paulo, que quer voltar a Cuba, onde esteve 21 meses em tratamento.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

“Uma vida normal para o nosso bebé”

Ainda na maternidade, a recuperar do choque de ter tido um filho sem a mão esquerda, Sílvia Santos, de 33 anos, decidiu que havia "males maiores" e que iria fazer tudo para mudar a sorte do menino.

"Queremos uma vida normal para o nosso bebé", dizem os pais de Nuno, residentes em Apúlia, Esposende, que lançaram uma campanha de recolha de tampinhas de plástico. As semelhanças com o caso de Rodrigo – o menino de Fão que recebeu uma mão biónica – são muitas e foi ao ver uma reportagem da história de Rodrigo que o casal decidiu que tinha de fazer o mesmo para o seu filho. "Entrei em contacto com a mãe do Rodrigo e ela, através da cooperativa que criou, está a ajudar--nos nesta campanha", disse, animada, a mãe de Nuno Miguel.

Com apenas quatro meses e ainda muito novo para poder usar a mão eléctrica, o pequeno Nuno vai receber, em Agosto, a primeira prótese de plástico. "É uma prótese que custa 800 euros e que tem de ser substituída de seis em seis meses, até poder colocar a mão eléctrica", explicou Sílvia Santos ao CM. O casal – Manuel Santos é carpinteiro e Sílvia é delegada comercial – tem outra filha, de cinco anos.

As tampinhas podem ser entregues à cooperativa Dar a Sorrir, que tem vários pontos de recolha no País e um site na internet: www.darasorrir.com