quarta-feira, 29 de junho de 2011

Campos de Férias Inclusivos - BIPP - Verão 2011

Espaço in Férias

FELICIDADE É PARA TODOS, Todas as crianças têm o direito a ser felizes.

Todas as semanas, de 11 de Julho a 12 de Agosto - Estoril.

O Espaço IN Férias, está direccionado para qualquer criança dos 3 aos 13 anos e tem como objectivo criar oportunidades de inclusão/participação e lazer a crianças com necessidades especiais, bem como a crianças de famílias em situações de carência socioeconómicas. 

Para o Verão, os campos terão lugar nas instalações da Escola EB1 do Estoril - Av. de Portugal - Estoril, com idas diárias a praia, actividades lúdicas, artísticas e desportivas, bem como alguns passeios. Os campos serão abertos, das 9.00h às 17.30h sendo da responsabilidade da família o transporte das crianças até ao espaço das férias e irão decorrer entre 11 de Julho a 12 de Agosto. 

O custo dos campos, para crianças dos 3 aos 5 é de 157,00€/semana, dos 6 aos 13 anos, será de 140,00€/ semana, no caso de se tornar sócia do BIPP terá o valor de 140,00€ e 125,00€/semana, respectivamente.

Inscrições:

Tlm: 917 006 732

Tel: 218 204 886 / 213 180 288

E-mail: bancobipp@gmail.com 

Contactos:

BIPP – BANCO DE INFORMAÇÃO DE PAIS PARA PAIS

R. Rosa Araújo, n.º 24 - 1250-195 Lisboa Tls. 213180288/3 

Largo do Colégio, n.º5 - 2750-324 Cascais Tl. 218204886

E-mail: bancobipp@gmail.com 

Web: www.bipp.pt

In: Ajudas

Falta de livros para deficientes visuais preocupa escritoras

A falta de obras literárias nacionais, sobretudo infantil, para pessoas com deficiência visual no país, levou hoje (quinta-feira) em Luanda várias escritoras a reagir contra o défice e apelar para melhor solução.

Segundo a escritora Maria Celestina Fernandes, a sociedade e o Ministério da Cultura e Educação, particularmente, devem se preocupar com a lacuna de obras em braille, tendo em conta que actualmente há muitas pessoas portadoras desta deficiência.

"Urge a necessidade de se lembrarem desta faixa da população", afirmou à Angop a escritora, a margem da tertúlia, na Biblioteca Nacional de Angola, que decorreu sob o tema "Um olhar a literatura angolana pela valorização dos nossos autores".

Já a escritora Cremilda de Lima realçou ser uma "questão muito grande", pelo que a condição destes não impede que tenham as mesmas necessidades que os outros petizes.

Salientou que as instituições vocacionadas à orientação e formação dos estudantes devem passar a produzir obras nacionais direccionadas para eles, por forma a possibilitar "passear e viajar pelo mundo do imaginário. Sem o qual a vida só do dia-a-dia torna-se incómoda".

Corroborando do mesmo pensamento, Kangimbo Ananás salientou que o momento é apropriado para se fazer uma reflexão enorme e dar a conhecer aos mesmos a identidade cultural angolana.

"Hoje temos crianças que foram vítimas da guerra ou agressão que precisam... e vai ser também terapia para eles", afirmou a escritora.

Por sua vez, Marta Santos disse que a produção literária nesta vertente encontra-se atrasada, e o país tem muito a transmitir às novas gerações.

"O que vamos deixar para a amanhã deve servir de orgulho e não vergonha para nós", observou.

A Biblioteca Nacional tem 27 mil exemplares disponíveis e apenas um em braille, segundo Maria Ramos, directora da instituição.

In: Ajudas

terça-feira, 28 de junho de 2011

2ª newsletter do mês de Junho da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial (PIN-ANDEE)

Começo por uma história que presenciei há 3 dias. Uma aluna de Mestrado em Educação Especial estava à espera que a prova de discussão da sua dissertação começasse. Eu, que era para o efeito presidente do júri da prova, cheguei um pouco mais cedo e encontrei-a sentada a enrolar papéis de seda amarelos. Espera-se que um candidato – por norma nervoso – ocupe o seu tempo de várias maneiras mas aquela intrigou-me… Perguntei “Esse trabalho manual é para reduzir o stress?”. “Não – respondeu a candidata – estou a enrolar as rifas para o encontro de angariação de fundos para a unidade de multideficiência do meu agrupamento”.

E logo esta história me lembrou os diferentes mundos em que se move o professor de Educação Especial: o mundo da militância, da “missão”, o mundo da profissão tal como é definida, o mundo académico, o mundo das famílias, etc. Navegar em todos estes mundos com regras e éticas distintas, é sem dúvida, necessário ainda que não necessariamente útil. Passo a explicar: são tarefas que é preciso fazer e que se o professor de Educação Especial não fizer ninguém vai fazer apesar de serem essenciais. Mas é verdade também que, quando se faz um coisa não se pode fazer outra e, se é verdade que é pedido muito voluntarismo e trabalho “extra-curricular” ao professor, pode-se perguntar “O que é que ele, por fazer estas tarefas, deixa de fazer?”

Estamos a chegar ao fim de um ano lectivo e ao princípio de outro. Tempo de balanços e de compromissos. Começamos a ouvir “para o ano eu vou…”, “para o ano eu não vou…” Um novo ano é sempre uma oportunidade de nos aproximarmos do que gostaríamos de fazer e de ser como profissionais. Gostaria em nome da Direcção da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, de desejar a todas e todos umas férias repousantes e que os compromissos que vão assumir sejam melhores (mais úteis, justos e generosos) do que os que assumiram o ano passado. É assim o nosso caminho.

A nossa Associação continua firme no seu compromisso de contribuir para que os professores sejam ouvidos e respeitados. E representamos os professores para atingir a qualidade de educação dos alunos com necessidades educativas especiais, esses sim a razão de ser de toda a nossa formação, empenho e profissionalidade.

Até breve!

Por: David Rodrigues, Presidente da Pin-ANDEE

In: 2ª newsletter do mês de Junho da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial (PIN-ANDEE)

Silêncios, segredos, mistérios

Era ainda moço, mas não esqueço o rosto de Violante. O rosto e o seu trágico silêncio. Aceitou o destino - como costumavam comentar as vizinhas - e esperava o fim, sentada na varanda em frente à minha casa. O marido conhecia o veredito médico: maternidade significava a morte da mãe e talvez do recém-nascido. Mas tinha imposto a sentença: o varão da família teria de nascer.

Recordo-me dos seus últimos dias: olhar perdido, morta antes de o ser a frescura dos seus vinte e poucos anos apagada pela barbárie de um machismo impune, no Portugal de Salazar. Aprendi com Violante a combater todo e qualquer preconceito. E a rasgar silêncios coniventes. 

Com o Marco aprendi que os silêncios podem encobrir segredos e explicações. Quando lhe perguntei por que razão chegava pontualmente atrasado à escola, explicou.

Professor, tu sabes que a minha mãe é prostituta, não sabes?

Sei. Mas o que é que isso tem a ver com o chegares à escola só às dez horas?

Professor, tu sabes que eu tenho pai, não sabes? Mas ele diz que não é meu pai. A minha mãe disse-me o meu pai é aquele cliente que vai lá a casa, nos sábados, à noite. E eu soube que esse senhor, que diz que não é meu pai, mas que é meu pai tinha uma filha. Era minha meia irmãzinha, compreendes professor? Era filha do meu pai, que diz que não é meu pai, e da mulher dele, que não é a minha mãe. Compreendes, professor? 

Compreendo. Mas o que é que isso tem a ver com...

É que eu pedi ao meu pai para brincar com a minha irmãzinha e ele disse-me que, se eu me aproximasse dela, me dava um tiro nos cornos. E eu nunca pude brincar com ela.

Não pudeste, mas poderás, daqui a algum tempo, quando...

Não posso, professor! A minha irmãzinha morreu atropelada. É por isso que eu chego todos os dias às dez.

Explica lá!

Desde que a minha irmãzinha morreu, eu não ando bem comigo. Sinto uma coisa cá dentro... Quando acordo, vou até ao jardim do centro, roubo umas flores e vou até ao cemitério. Salto o muro sem o guarda me ver. Limpo a campa da minha irmãzinha, ponho flores fresquinhas para ela, sento-me ao lado dela e falo sobre a minha vida, as minhas tristezas... E - olha, professor! - quando venho embora, para a escola, eu digo-lhe sempre: Minha irmã, prometo que, quando for grande, vou comprar uma pistola e vou matar o nosso pai! 

Com o Marco aprendi o porquê de silêncios que encobrem segredos. Com a Soraia, aprendi que os silêncios podem conter mistérios.

A Soraia era uma menina "difícil" - como disseram os seus professores e colegas - pois se quedava num mutismo inviolável. Se lhe dirigiam alguma pergunta, olhava para o chão. Ao cabo de alguns dias de prudentes aproximações, logrei uns instantes de atenção. Tantas perguntas lhe dirigi, que dela obtive uma breve fala: 

Vejo coisas. Mas os outros meninos fazem troça de mim. Até a minha mãe me diz para ter juízo...

Eu acredito que tu vês coisas.

Você acredita? Sério?

Sim. Que coisas vês?

Um menino de camisa de mangas aos folhos, que sai de uma pedra, na eira do cafezal, todos os dias, por volta das três da tarde. Volta a entrar na pedra, quando o sol vai embora. Eu falo com ele. Não falo palavras, mas sei brincar com ele. As pessoas grandes dizem-me que ele não existe, que é imaginação... Você não tem medo do que eu estou dizendo?

Não. Porquê? Deveria ter?...

Sorriu. Fomos brincar na eira do cafezal. Porque nem só do cognitivo vive o homem e porque o Caeiro, há já um século, escreveu o essencial: pensar é estar doente dos sentidos.

Por: José Pacheco

In: Educare

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Conferência “Um olhar critico sobre o Sistema de Educação Especial em Espanha”


É já no dia 29 de Junho (4ª feira), resultante de uma parceria entre a PRÓ-ANDEE e o Instituto Piaget de Almada, que se vai realizar a conferência “Um olhar critico sobre o Sistema de Educação Especial em Espanha", da responsabilidade da Prof.ª Odet Moliner Garcia da Universidade Jaume I de Castellón (Espanha).

A entrada é livre. A inscrição obrigatória para proandee@gmail.com

1º Encontro Tecnologias na Educação Especial

O grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas de Santa Iria, em Tomar, vai realizar o “1º Encontro Tecnologias na Educação Especial“, no dia 30 de Junho, entre as 10:00h e as 15:30h, no Auditório da Biblioteca Municipal de Tomar.

Este evento tem o apoio de várias entidades, nomeadamente da Cnotinfor que também estará presente no evento para proferir uma comunicação sobre “Tecnologia e Inclusão no Ensino Especial“.

Nessa comunicação será dado destaque à utilização dos Símbolos para a Literacia da Widgit (SLW), como um valioso auxiliar na Comunicação Aumentativa e Alternativa, na dislexia e na aprendizagem em geral.Os mais de 10.000 símbolos SLW foram objeto de estudo durante vários anos com o objetivo de atender a públicos muito diversificados.

Destacamos algumas das suas características:
•poucos detalhes de modo a reduzir a confusão visual;
•coerência e consistência entre as diversas categorias de símbolos;
•edifícios, salas ou divisões, lojas, pessoas e profissões, família, pronomes, preposições…
•marcadores gramaticais opcionais para auxiliar escritores e leitores;•símbolos coloridos e a preto e branco;
•simbolização automática inteligente…

Esse evento conta ainda com a comunicação Ideias práticas do grupo EB 2/3 de Santa Iria e CRI de Tomar; o encontro será enriquecido com a presença do engenheiro Luís Figueiredo do IP da Guarda e do CRTIC de Santarém.

Esta actividade encontra-se inserida no Projecto "Aprender e Inovar ComTIC".

Poderá ver aqui o Programa da Acção e a Ficha de Inscrição.Para mais informações envie um mail para: tesouraria@santairia.pt.


In: Incluso

domingo, 26 de junho de 2011

Autismo, uma doença de muitas mutações : Estudo publicado na revista Neuron

O autismo não é uma doença única – são muitas doenças. E pode surgir devido a uma panóplia de mutações raras, que não são herdadas do pai ou da mãe, surgem espontaneamente, num mínimo de 250 a 300 pontos do genoma, e afectam o desenvolvimento do sistema nervoso da criança, adiantam três artigos científicos publicados hoje na revista Neuron. Estes tentam avançar também com uma explicação para a desigualdade da doença relativamente aos sexos, ao afectar quatro vezes mais rapazes do que raparigas.

Foram estudadas mil famílias que têm um filho saudável e outro com uma das desordens do espectro do autismo – designação onde cabem muitas doenças diferentes. Esta base de dados foi uma das novidades metodológicas, sublinha um comunicado da Fundação Simons, a instituição americana que a coligiu: a maioria dos estudos feitos até agora concentrou-se em famílias onde mais do que um filho é autista, o que implica uma forte componente hereditária. Se só um dos filhos é autista, a explicação genética é, provavelmente, diferente.

Os cientistas concentraram-se assim na busca das mutações genéticas que surgem espontaneamente nas crianças afectadas. Michael Wigler, do Laboratório de Cold Spring Harbor, em Nova Iorque, um dos líderes da equipa de investigadores, tinha desenvolvido a hipótese de que estas mutações podiam estar na origem de pelo menos metade dos casos de desordens do espectro autista. Algo de semelhante acontece com outra doença mental, a esquizofrenia.

Estas mutações de novo, ou espontâneas duplicam, ou então apagam, segmentos de ADN do genoma (pense num romance em que são apagadas aleatoriamente algumas linhas de texto, ou então repetidas outras linhas, um certo número de vezes). Toda a gente tem alguns fragmentos de ADN apagados ou repetidos; mas na maioria dos casos não afecta genes essenciais, nem causa doenças.

Elas e as sinapses

Nestes estudos publicados na Neuron, os cientistas descobriram muitas destas mutações em oito por cento dos irmãos com autismo. Isto quer dizer que as mutações são quatro vezes mais frequentes nos irmãos afectados do que nos saudáveis. Pelo menos 75 das mutações descobertas pareciam prometedoras para a investigação e em seis delas é provável que se façam descobertas interessantes.

Um dos estudos concentrou-se em tentar perceber se estas zonas do genoma sugeriam alguma espécie de coerência, uma rede funcional ou molecular. E, curiosamente, os resultados foram positivos, diz o trabalho coordenado por Dennis Vitkup, da Universidade Columbia, em Nova Iorque. “Esta análise dá uma boa base de sustentação à hipótese de que na origem do autismo esteja a perturbação da formação de sinapses”, escreve a equipa na Neuron.

As sinapses são os pontos de junção que permitem aos neurónios comunicar entre si, trocando sinais químicos ou eléctricos, transmitidos através das suas extensões, axónios e dendrites.

Será que as raparigas são mais resistentes às desordens do espectro do autismo porque “atingem um certo número de marcos de desenvolvimento cognitivo” mais cedo do que os rapazes?, lança a equipa de Wigler na Neuron como hipótese. “Por exemplo, em geral, as meninas dizem as suas primeiras palavras numa idade mais precoce. Um ritmo de desenvolvimento mais rápido poderia reflectir uma robustez que protegesse o sexo feminino”, escrevem.

O autismo é diagnosticado a partir dos três anos de idade e o estudo revelou que, para que as meninas sejam afectadas pelas mutações genéticas espontâneas, estas têm que ser muito maiores e têm que atingir muito mais genes do que no caso dos rapazes (15 genes por mutação em média para elas, dois para eles).

Além disso, quando as mulheres são autistas, é mais provável que tenham uma forma severa da doença. Entre os homens, há mais casos de pessoas que conseguem funcionar relativamente bem em sociedade, apesar de sofrerem de uma desordem que afecta, precisamente, as suas capacidades de relacionamento social.

Williams, no ponto oposto

Uma outra descoberta tem implicações curiosas para o estudo da base genética do nosso cérebro social: algures no braço mais curto do nosso cromossoma 7 fica uma região denominada “7q11.23″ que está associada a uma doença chamada síndrome de Williams, que é o oposto do autismo: faz com que as pessoas se tornem altamente empáticas e sociáveis, extremamente sensíveis ao estado emocional dos outros. Isto, porque naquela região surgiram mutações que fizeram surgir cópias extra do genoma.No caso das mutações detectadas agora, associadas ao síndrome do espectro autista – em que há dificuldade em comunicar com os outros e manter relações sociais, em termos gerais -, faltam segmentos de ADN.

“Esta região do genoma pode tornar-se a Pedra de Roseta para estudar o desenvolvimento do cérebro social”, tal como a célebre pedra serviu para decifrar os hieróglifos egípcios, comentou Matthew State, da Universidade de Yale, outro membro da equipa, citado num comunicado da Fundação Simons.

Mas não é de esperar que deste estudo saia uma “bala mágica”, um medicamento contra o autismo – porque não existe uma doença única, ou um gene único que cause a cause. “A diversidade é tal que um único tratamento visando uma forma específica do autismo pode não ter efeito sobre a maioria dos casos”, explica Michael Wigler, citado pela agência AFP.

“Mas quando os genes com mutações relacionadas com o autismo forem identificados”, disse ainda, pensando numa próxima geração de tecnologia, “poderemos começar a pensar nos problemas específicos de cada criança, e não em tratar vários problemas em conjunto.”

O autismo, que parece estar em crescimento – ou é cada vez mais detectado, provavelmente -, afectando pelo menos um por cento da população, está a assemelhar-se a outra doença da modernidade. “Uma complexidade genética semelhante é aparente em muitos cancros”, sublinha a equipa de Vitkup, que verificou se as mutações ligadas ao autismo teriam alguma coerência funcional.

Por: Clara Barata

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um caso especial - Cientistas identificam gene vinculado à paralisia cerebral

Uma equipa de investigadores que traçou a sequência genética de dois irmãos gémeos com paralisia cerebral identificou o gene causador do transtorno nas crianças, segundo um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. 

A descoberta permitiu oferecer aos irmãos um tratamento efectivo que ameniza os sintomas da doença. 

O menino Noah Berry e a sua irmã, Alexis, foram diagnosticados com paralisia cerebral quando tinham dois anos. Aos quatro, os tratamentos aos quais foram submetidos apresentaram resultados efémeros. 

A paralisia cerebral, um transtorno permanente e não progressivo que afecta a psicomotricidade do paciente e limita a actividade da pessoa, é atribuída a problemas no desenvolvimento cerebral do feto. A doença não tem cura conhecida. 

A incidência do transtorno em países desenvolvidos é de aproximadamente 2 a 2,5 em cada mil nascimentos e não diminuiu nas últimas seis décadas, apesar dos avanços médicos como a monitorização dos sinais vitais dos fetos. 

As crianças herdaram duas cópias do gene SPR que sofreram mutação - uma da mãe e uma do pai.

In: Ajudas

Conferências SON RISE

A Associação Vencer Autismo tem o prazer de comunicar que dia 2 de Julho em Lisboa e dia 4 de Julho no Porto, Raun Kaufman - a primeira criança autista recuperada com o método SON- RISE, estará em Portugal para uma serie de conferências para pais terapeutas e técnicos, onde ira partilhar a sua história, falar sobre o método SON-RISE e dar algumas técnicas para trabalhar com crianças autistas. Serão 2h e 30 minutos de intensa partilha de informação, onde haverá também tempo para Perguntas e Respostas!

Assim, convidamos todos aqueles que estejam interessados em saber um pouco mais sobre o método SON-RISE e a história de Raun Kaufman para dia 2 de Julho em Lisboa ou dia 4 de Julho no Porto se juntarem a nós nesta fantástica experiência.

2 de JULHO

CONFERÊNCIAS LISBOA - Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian

Sessão às 10H
Sessão às 16H (inscrições recebidas via email após o dia 24 de Maio)

Como chegar: Metro – São Sebastião ou Praça de Espanha na Linha Azul;
Autocarros - 16, 26, 31, 46 e 56;
Estacionamento: Avenida de Berna e Avenida Visconde Valbom

4 de JULHO

CONFERÊNCIA PORTO - Grande Auditório Faculdade Engenharia da Universidade do Porto (ao Hospital e S.João)

Sessão única 19H

Como chegar à Faculdade de Engenharia do Porto

Parque gratuito

Os lugares são LIMITADOS pelo que solicitamos um pré-registo.

Para reservar basta enviar um email para:


Assunto: inscrição conferência PORTO ou LISBOA

indicando por cada participante

Nome-
Email-
Contacto-
Tradução simultânea- ( sim* ou não)

A conferência será *GRATUITA*
**No caso de necessitar de tradução simultânea terá um custo de 5 € por pessoa.

Raun Kaufmam ( hoje com 38 anos) que é actualmente o CEO do Autism Treatment: Center of America - uma organização sem fins lucrativos - vem a Portugal para uma série de conferências onde irá falar do método que os seus pais desenvolveram há 38 anos e que fez com que recuperasse totalmente da sua condição autista.

No início da década de 70 Raun Kaufman foi diagnosticado com:

Autismo Severo
QI abaixo de 30
Não verbal/mudo
Sem contacto ocular
Comportamentos repetitivos ( girar pratos ou outros objectos, balançar-se de trás para a frente, agitar as mãos, mexer os dedos em frente ao rosto)

Com um Prognóstico:

o autismo era uma condição irreversível e para toda a vida iria habitar o seu mundo para o resto da vida nunca iria: aprender a falar, a escrever ou ler; rir de uma piada; ter uma namorada; ter amigos, conduzir um carro; ter uma carreira; viver sozinho; recuperar e ter uma vida normal.

Os Resultados com o programa SON RISE:

Total recuperação do autismo; Nenhum traço da sua anterior condição; Vida "normal"; Formado em ética biomédica pela universidade de Brown

O Programa SON RISE foi eleito - no passado fim de semana em Chicago - como a MELHOR TERAPIA para crianças com Autismo, numa conferência de 5 dias sobre autismo anualmente realizada pela organização AUTISM ONE.

Prémio Melhor terapia* - Ver

Até Breve
Suporte Participantes

Site da associação Vencer Autismo : Vencer Autismo<http://www.vencerautismo.org/>

Página no Facebook: Facebook Vencer Autismo:

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Relatório mundial sobre deficiência

Foi lançado, no passado dia 9 de Junho, o primeiro relatório mundial sobre deficiência, produzido conjuntamente pela Organização Mundial de Saúde e pelo Banco Mundial.

De acordo com este relatório, mais de um bilião de pessoas tem actualmente, no mundo inteiro, alguma forma de deficiência ou incapacidade.

As pessoas com deficiência têm em geral inferiores condições de saúde, mais baixas aquisições escolares, menores oportunidades económicas e mais elevadas taxas de pobreza do que as pessoas sem deficiência. Esta situação deve-se, em larga medida, à falta de serviços à sua disposição e aos múltiplos obstáculos com que se deparam no seu quotidiano.

O relatório apresenta as melhores evidências disponíveis sobre os meios viáveis para superar as barreiras existentes no acesso aos cuidados de saúde, à reabilitação, à educação, ao emprego e aos serviços de apoio, bem como para criar ambientes favoráveis ao desenvolvimento das pessoas com deficiência ou incapacidade. O relatório termina com um conjunto concreto de acções recomendadas aos governos e seus parceiros.

Este relatório sobre deficiência, pioneiro a nível mundial, dará um contributo significativo para a implementação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Na zona de intersecção entre a saúde pública, os direitos humanos e o desenvolvimento, o relatório está destinado a tornar-se um recurso indispensável para os decisores políticos, prestadores de serviços, profissionais e defensores das pessoas com deficiência e suas famílias.

Mais informações na página da OMS sobre o relatório.

Pode ainda aceder às versões em inglês quer do Relatório completo quer da versão do Relatório em texto de leitura fácil.

(Brevemente o INR, IP disponibilizará a tradução portuguesa da versão em leitura fácil).

In: INR

Asperger: Será?

É sobretudo o sentimento de estranheza que leva os pais à consulta. São pais que consideram que os seus filhos têm algo de estranho, mas não conseguem definir exatamente o que os torna diferentes. Curiosamente, quando falamos com os filhos também eles partilham este sentimento de que algo os diferencia das outras pessoas. 

Os pediatras, a quem por vezes estes pais pedem ajuda, habitualmente consideram que tudo está bem e não há razão para preocupação. 

Na escola são crianças que apresentam geralmente um bom desempenho académico e, por isso, para os pais é incompreensível que os filhos compreendam perfeitamente raciocínios matemáticos complexos mas desconheçam as regras básicas para fazer amigos. 

Frequentemente estas crianças confundem-se com as que apresentam défice de atenção, pois muito habitualmente parecem viver no mundo da lua. Há já alguns anos atrás, uma mãe relatou-me que, na tentativa de curar o filho de algo que ela própria não entendia muito bem, o levara a Espanha, quando este frequentava o primeiro ciclo de escolaridade, e que lá lhe fizeram uma terapia complexa, cujos fundamentos não consegui perceber. A terapia não surtira os resultados desejados e só quando o filho tinha 14 anos descobriram o que o tornava um pouco mais diferente dos outros, tinha a síndrome de Asperger (SA). 

Tal como qualquer criança ou jovem, os detentores da síndrome apresentam talentos e dificuldades. No entanto, as suas capacidades e lacunas são em áreas muito específicas, pelo facto de o seu cérebro ser muito bom a processar determinado tipo de informação, como, por exemplo, factos e números, e apresentar dificuldade em compreender o que as pessoas pensam, sentem e comunicam.

O facto de cada criança ser diferente de todas as outras leva a que nem sempre se faça um diagnóstico imediato. Recordo-me que andei quase um ano letivo para perceber que uma jovem que estava em acompanhamento apresentava SA. Andava à procura de algo diferente, dado que a preocupação que motivou o seu encaminhamento se prendia com problemas que não eram indiciadores de que esta menina apresentasse a síndrome em questão.

Na minha prática profissional vou constatando que, à volta desta síndrome, há ainda um grande desconhecimento. Por isso, penso que fará algum sentido refletir sobre algumas características destas pessoas, que frequentemente são pensadores originais e que se poderão tornar especialistas nas suas áreas de interesse. Como diria Tony Attwood, um psicólogo australiano com uma grande experiência em SA, o mundo precisa de pessoas com estas características. Penso que o seu raciocínio está correto e que, se compreendermos a forma muito típica de estar dos portadores de SA, os acharemos pessoas deliciosas e encantadoras, sobretudo porque são muito genuínos e sem malícia.

Comecemos pelos talentos. As crianças com SA têm habitualmente muito boa memória e apresentam um largo conhecimento numa área de interesse, por exemplo, clubes de futebol, dinossauros ou vida marinha. A matemática e a informática são frequentemente áreas fortes. Existe um elevado número de pessoas famosas que apresentam muitos traços característicos de SA: Bill Gates e Einstein são dois exemplos muito citados. Na Internet existe uma lista absolutamente fabulosa de personalidades famosas que se suspeita terem SA.

Uma das dificuldades mais acentuadas nestes jovens é a interação social porque apresentam uma grande dificuldade em compreender a linguagem corporal e em saber o que a outra pessoa está a pensar ou a sentir. Recordo-me de, num atendimento com uma pré-adolescente com SA, cujo diagnóstico ainda não estava definido, esta começar a chorar quando lhe pedi para explicar os seus sentimentos. Mais tarde, percebi que as suas lágrimas traduziam a sua frustração por não conseguir dar resposta à tarefa que lhe propus.

Ainda agora comecei e já se esgotaram os caracteres permitidos neste espaço! Outras especificidades e sugestões serão apresentadas num próximo artigo.

Por: Adriana Campos

In: Educare

terça-feira, 21 de junho de 2011

Preconceitos na Inclusao Escolar de Crianças Especiais

Trabalho sobre Preconceitos na Inclusão Escolar de Crianças Especiais. 


Edição: Márlos Barboza

A escola e a iliteracia digital

A escola continua a ser o lugar privilegiado para a divulgação e a utilização didática e crítica das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Por isso mesmo, torna-se imprescindível que os docentes sejam formados e motivados para uso dessas novas tecnologias, concebendo-as como instrumentos que devem interagir com os projetos pedagógicos a desenvolver com os alunos. 

Todavia, é importante reconhecer que, apesar da assumida necessidade de incluir todas as novas tecnologias no processo educativo, uma boa escola continua a ser o que sempre foi: um espaço em que aprendentes e educadores se encontram, num ambiente que estimula a autoestima e o desenvolvimento pessoal e que oferece janelas de oportunidade para o sucesso num mundo que gira em contraciclo, ao promover o egoísmo, o individualismo e a concorrência desregrada. 

É que não há nenhuma solução tecnológica que seja capaz de induzir o milagre de transformar um espaço pobre em relações humanas num lugar interessante e adequado para gerar a construção de um cidadão com sólidos valores morais e com uma ética de respeito para com os princípios da democracia e do humanismo. 

Vivemos num novo milénio que pretende reconfigurar a sociedade, atribuindo-lhe um novo formato centrado em novas formas de receber e transmitir a informação, o que implica uma busca interminável do conhecimento disponível. 

Para alcançar tal objetivo, imputa-se à escola mais uma responsabilidade: a de contribuir significativamente para que se atinja o que se convencionou designar por analfabetismo digital zero. Para tal, a educação para a utilização das TIC precisa de ser planeada desde o jardim de infância. Sem preconceitos ou desnecessárias coações, sem substituir atabalhoadamente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a descoberta de novos horizontes. 

Este novo movimento de rutura não deve representar a eliminação ou a fictícia substituição dos meios de comunicação de massa tradicionais. O que há de novo é a necessidade de fazer convergir todos esses meios num processo integral de formação do indivíduo, capacitando-o para descodificar as mensagens que lhe saltam em cada canto e cada esquina da sociedade do conhecimento. 

Esse movimento deve ser capaz de preparar os jovens para serem leitores críticos e escritores aptos a desenvolver essas competências em qualquer dos meios suportados pelas diferentes tecnologias. Hoje, não basta que o aluno só aprenda a ler e escrever textos na linguagem verbal. É necessário que ele aprenda a "ler" e a "escrever" noutros meios, como o são a rádio, a televisão, os programas de multimédia, os programas de computador, as páginas da Internet e, até, o telemóvel... 

Por tudo isso, as novas tecnologias da informação e comunicação devem obrigar à alteração dos currículos escolares e a modificação da formação e atuação do professor, que se deve sentir obrigado a atualizar-se em relação às TIC, de forma a acompanhar a dinâmica de obtenção de informação e de transformação desta em conhecimento. Nesse processo, a educação à distância assume-se como um indispensável complemento do ensino presencial, enquanto modelo de comunicação educativa que permite superar distâncias e ampliar o acesso ao conhecimento. 

Os jovens foram os primeiros a descobrir que as novas tecnologias da informação e da comunicação implicam inúmeras possibilidades de aprender. Para eles há muito que elas deixaram de ter um estatuto de menoridade e de simples auxiliar da apreensão do conhecimento. Os estudantes olham-nas como outras formas de aprender que implicam a mudança dos modos de comunicação e dos modos de interação nos grupos de pares. 

Importa, pois, ter consciência que este novo mundo facilita o trabalho docente, mas também acrescenta angústia e complica a vida do professor. Este, para além de necessitar possuir um conhecimento específico da área científica que leciona, deverá também ser capaz de identificar nas tecnologias digitais as múltiplas linguagens favorecedoras da apreensão da realidade. 

Não é fácil, mas é esta a contribuição que as novas tecnologias podem oferecer para a consolidação de um mundo mais solidário, desde que a sociedade o queira integrar de uma forma crítica e eticamente incontestável.

Por: João Ruivo

In: Educare

segunda-feira, 20 de junho de 2011

NOVO livro infantil da Colecção 4 Leituras.






Drepanocitose

Na TSF, testemunhos de médicos e famílias ajudam-nos a saber mais sobre as doenças raras: os sintomas, as características, os tratamentos e a vida com doenças que poucos têm.

Raros Como Um Diamante,

Entrevista sobre a Drepanocitose: 


Aplicação e implementação da CIF - acção de formação

No âmbito da missão do Instituto Nacional para a Reabilitação, IP, e da promoção dos direitos das pessoas com deficiência, informa-se a realização, nos próximos dias 25 e 26 de Julho, em Lagos de uma acção de sensibilização denominada:


A acção de sensibilização é gratuita, confere certificação e tem um número limitado de 18 formandos.

Pode inscrever-se utilizando a ficha de inscrição e enviando-a para manuela.s.branco@inr.mtss.pt ou inr@inr.mtss.pt, até ao dia 11 de Julho.

Documentos disponíveis para descarregar:


In: INR

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Nova lei promove mais apoios do IEFP a entidades que empregam deficientes

O Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) financiava, até esta data, os custos da instalação de centros de emprego protegido que empregam pessoas com deficiência ou incapacidade, até 75% das despesas elegíveis nas modalidades de subsídio reembolsável e empréstimo sem juros. Mas a nova lei, publicada hoje em Diário da República, decretada pelo Parlamento, vem alargar esta possibilidade até 100%. 

Assim, os apoios do IEFP também irão poder assumir a forma de prémio de incentivo à transição para o mercado normal de trabalho, bem como a comparticipação nas despesas do técnico de acompanhamento laboral, nos termos a regulamentar ainda pelo Governo. A medida vai entrar em vigor com a aprovação do Orçamento do Estado para 2012.

Até ao momento, as empresas privadas também podiam ser compensadas pelo IEFP com retribuição, mas unicamente por um período de cinco anos, prorrogáveis até mais cinco anos se o trabalhador não atingisse capacidade produtiva superior a 75% da capacidade normal exigida a outra pessoa nas mesas tarefas. Mas com a nova lei aprovada, este apoio será devido até que o trabalhador atinja essa capacidade de 75% ou até que transite para um regime normal de trabalho. E sempre que o trabalhador atinja a capacidade produtiva de 75%, mas não seja possível a sua transferência para o regime normal de trabalho, os apoios serão renovados anualmente.

Os centros de emprego protegidos são estruturas produtivas ou pessoas colectivas de direito público ou privado que proporcionam a pessoas com deficiência, incapacidade ou capacidade de trabalho reduzida a possibilidade de estas exercerem uma actividade profissional e desenvolverem competências necessárias à sua integração, sempre que possível, em regime normal de trabalho.

A nova lei vem possibilitar que o IEFP também passe a conceder apoio à gestão dos centros de emprego protegidos, se assim for solicitado, além dos apoios à instalação e funcionamento já previstos.

In: Ajudas

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Gil e Afonso


"Gil e Afonso" é a reportagem que foi exibida no passado dia 12/06/2011 no Jornal da Noite

Podem assistir à reportagem a partir do minuto 20...


terça-feira, 14 de junho de 2011

Fenilce 4

Na TSF, testemunhos de médicos e famílias ajudam-nos a saber mais sobre as doenças raras: os sintomas, as características, os tratamentos e a vida com doenças que poucos têm.

Raros Como Um Diamante,

Entrevista sobre a Fenilce 4: 


segunda-feira, 13 de junho de 2011

No caminho para tratar o autismo

Centenas de pequenas variações genéticas estão associadas a perturbações do espectro do autismo, incluindo uma área de ADN que pode ser a chave para entender por que razão os seres humanos são animais sociais, afirmam investigadores da Universidade de Yale.

O estudo destes cientistas, publicado na revista Neuron, reforça a teoria de que o autismo, um distúrbio que se desenvolve na primeira infância, envolvendo deficiências na interacção social, deficits de linguagem e comportamentos distintos, não é causado por um ou dois grandes defeitos genéticos, mas por muitas pequenas variações, cada uma associada a uma pequena percentagem dos casos.

Matthew State, investigador que conduziu o estudo, analisou mais de mil famílias onde havia uma única criança com um transtorno do espectro do autismo, um irmão não afectado e pais não afectados. A equipa, incluindo o autor principal Stephan Sanders, da Universidade de Yale, comparou os indivíduos com autismo aos seus irmãos para determinar que tipos de mudanças genéticas distinguiam a criança afectada da criança não afectada.

Síndrome de Williams

Um dos aspectos mais intrigantes dos resultados aponta para a mesma pequena secção do genoma que causa a síndrome de Williams, um distúrbio do desenvolvimento marcado por alta sociabilidade e uma aptidão invulgar para a música.

“No autismo, há um aumento no material cromossómico, uma cópia extra desta região, e na síndrome de Williams, há uma perda desse mesmo material”, explica Matthew State. “O que torna esta observação interessante é que a síndrome de Williams é conhecida por um tipo de personalidade que é altamente empática, social e sensível ao estado emocional dos outros. Os indivíduos com autismo têm frequentemente dificuldades neste aspecto. Isto sugere que há um ponto importante nessa região para compreender a natureza do cérebro social”.

Matthew State e equipa também encontraram outras 30 regiões no genoma que são muito prováveis de contribuir para o autismo. “Agora estamos a avançar para uma segunda fase do estudo, em que analisámos mais mil e seiscentas famílias para podermos ser capazes de identificar várias regiões novas que estão fortemente implicadas no autismo”, refere o cientista.

Stephan Sanders e Matthew State estão optimistas com as novas descobertas, sugerindo que a genética é o primeiro passo para entender o que realmente acontece no cérebro a nível molecular e celular. “Podemos usar estes resultados genéticos para começar a desvendar a biologia subjacente do autismo”, revela Stephan Sanders. “Isso vai ajudar muito nos esforços para identificar novas e melhores abordagens para o tratamento”.