quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Falando com quem faz...

Realizou-se no dia 10 de novembro, mais um sábado Temático organizado pela Associação Nacional de Docentes de Educação Especial. Esta sessão subordinada ao tema "Alargamento da Escolaridade Obrigatória" foi promovida e dinamizada pela Dr.ª Ana Rosa Trindade que veio partilhar connosco as suas experiências. Foi uma sessão que contou com cerca de quarenta participantes com o intuito da partilha de uma temática bastante pertinente.

A sessão iniciou com a dinamizadora a fazer uma apresentação sobre a Transição para a Vida Pós-Escolar, tema considerado prioritário pela Agência Europeia para o Desenvolvimento das Necessidades Educativas Especiais.

A Dr.ª Ana Rosa Trindade referiu que este é um tema bastante sensível nos tempos que correm, não só para os jovens com necessidades educativas especiais, mas para todos os jovens em geral, uma vez que a saída da escola e a inserção profissional constitui um grande problema.

A Agência Europeia fez um levantamento das preocupações dos jovens, das famílias e dos empresários. Entre as principais preocupações dos jovens estão a necessidade de terem uma profissão e não serem discriminados.

As preocupações das famílias são semelhantes às preocupações dos jovens, mas demonstram necessidade de maior articulação entre os especialistas de educação, saúde, serviços sociais e emprego. Por sua vez as empresas referem que o Estado deveria motivar através de incentivos formais e informais para a contratação destes jovens.

A dinamizadora continuou a sua apresentação referindo que a elaboração de um Plano Individual de Transição pressupõe que uma equipa multidisciplinar implemente um conjunto de medidas que garantam o sucesso social e laboral dos jovens. Este deve ser um processo dinâmico que minimize o “fosso” entre a escola e a vida pós-escolar e que responda às expetativas dos pais/famílias.

No relatório elaborado pela Agência Europeia são descritas algumas dificuldades: a alta percentagem de abandono escolar; o baixo nível de acesso à educação e formação; subestimação das capacidades e os contactos limitados entre os vários agentes. 

Nesse mesmo relatório são deixadas algumas recomendações: construir redes sociais ou profissionais; definir medidas criativas; aumentar o sistema dual (entre escolas e empresas); criar medidas de apoio; melhorar a comunicação dentro do setor; reforçar os serviços de orientação vocacional e o acompanhamento. Faz-se ainda referência à criação de um “mediador de transição” que faça a ligação entre a escola e as instituições da comunidade.

De seguida a Dr.ª Ana Rosa Trindade apresentou um relato de uma experiência, mais precisamente do Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa, onde expôs a dinâmica existente na implementação dos PIT neste Agrupamento. Relembrou ainda que: 

“O caminho é feito de avanços e recuos…”

Posteriormente foram formados grupos que debateram vários textos. Da leitura e do debate desses textos foi realizada uma reflexão sobre o aumento da escolaridade obrigatória e o preconizado na Portaria 275-A/2012.

Nessa reflexão surgiram algumas questões/preocupações que serão transformadas em um documento de trabalho a ser apresentado a algumas entidades.

In: Editorial da newsletter da 2ª quinzena de novembro da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial

1 comentário:

  1. ndav
    Amandha
    Sou seguidora de diversos blogs educativos e pelo seu tenho uma admiração especial. Não somente pelos conteúdos que são excelentes como o seu perfil, o dinamismo que demonstra e "o partilhar" de tantos conhecimentos, práticas e experiências na área em que atua. Parabéns! Por isso e por muito mais você foi premiado com o Selo DARDOS. Passe neste link(http://soatividadesparasaladeaula.blogspot.com.br/2012/11/meu-primeiro-premio.html) e pegue seu prêmio. Esse momento é muito importante para o seu trabalho e a divulgação dele.
    Abraços
    Julia

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