domingo, 3 de março de 2013

Governo quer intervenção precoce para prevenir insucesso escolar

O secretário do Estado do Ensino Básico e Secundário defendeu hoje (28/02/2013) a aplicação de planos de intervenção precoce, desde o pré-escolar, e uma aposta na avaliação externa e na formação de professores para prevenir o insucesso escolar.

«Este trabalho vai ter que ser começado na base e aquilo que nós entendemos que deve ser desde já sustentado é uma intervenção ao nível do pré-escolar e 1º ciclo através de planos de intervenção precoce. É preciso intervir no momento em que se manifestam as dificuldades de aprendizagem, para que depois elas não se repercutam ao longo do percurso», disse hoje o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho.

O governante comentava desta forma os números revelados na quarta-feira sobre os chumbos no 12º ano, à margem da conferência «Não à Violência nas Escolas», promovida pela Fundação Pro Dignitate, em Lisboa.

Os chumbos no 12.º ano aumentaram no ano letivo de 2011/2012, comparativamente com os de 2009/2010, revelou um inquérito do Observatório de Trajetos dos Estudantes do Ensino Secundário (OTES), divulgado pelo Ministério da Educação e da Ciência.

Segundo o OTES, 22,3% dos estudantes do 12.º ano reprovaram ou tiveram disciplinas em atraso no ano letivo passado, um aumento de 6,4% comparativamente à percentagem de chumbos/disciplinas em atraso verificada no ano letivo 2009/2010.

João Grancho questionou a eficácia de alguns planos de intervenção já executados.

«Naturalmente que nos interrogamos sobre o que foi ou pode ter sido o sucesso do Plano de Matemática, com tantos anos e os efeitos parecem não surgir. É preciso agir de forma diferente, insistindo na avaliação externa, na formação de professores e no que são fatores que entendermos que levam ao insucesso, para podermos agir», afirmou.

In.: Diário Digital com Lusa

2 comentários:

  1. Aleluia! Fui preciso os valores das estatísticas falarem... sim porque somos o país das estatísticas, chegarem a este ponto para perceberem que o erro crucial está no 1º ciclo. Não cabe na cabeça de ninguém racional (na minha opinião)que os meninos não podem ficar retidos num 2º ano. Devem seguir até ao 4º. Depois quando entram na escola nova, no 2º ciclo com 9 professores todos diferentes aí é que percebem que x% dos alunos da sala não sabem ler fluentemente. Não dominam a matemática mas têm boas notas a inglês... Sim porque com a introdução do inglês no 1º ano qual é o aluno que não sabe contar ou as cores etc..etc..
    E português?? e matemática??
    Os professores têm os programas a cumprir, (as suas e as dos alunos)
    Quando será que os resultados desta "nova descoberta" dará os seus frutos... daqui a 10, 15 anos... entretanto os que estão pelo caminho vão ficando nas estatísticas...

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  2. Será que eles sabem do que estão a falar ...?
    Nao existem recursos no pré escola actualmente

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