Cerca de 1.500 professores vão receber formação para saberem identificar a diferença entre um comportamento desafiador, mas que é “normal”, e atitudes que podem esconder uma perturbação psiquiátrica nas crianças e adolescentes.
De acordo com a Aliança Europeia contra a Depressão em Portugal (Eutimia), o programa WhySchool vai abranger 16 agrupamentos de escolas, contando com o apoio dos centros de formação de professores e das autarquias.
O objetivo da formação dos professores é “melhorar a literacia e as aptidões na gestão dos problemas de saúde mental, em particular na identificação de casos, triagem, referenciação e apoio aos casos em risco”.
Ao todo, serão beneficiados cerca de 100 mil estudantes, entre os 12 e os 18 anos, assim como os respetivos pais e encarregados de educação.
A formação visa “melhorar o acesso dos jovens aos cuidados de saúde mental, já que atualmente apenas 10 a 15 por cento das crianças e adolescentes com problemas de saúde mental recebe ajuda”, lê-se no comunicado da Eutimia.
Para tal, será disponibilizada uma plataforma de e-learning com conteúdos educativos na área da saúde mental dos adolescentes e depressão, dirigidos a professores e educadores e um website para os jovens e encarregados de educação, que serão utilizados pelos professores na sala de aula.
Uma campanha nacional de sensibilização para o bulling e o ciberbulling está igualmente prevista.
Este projeto, financiado pelo programa Iniciativas em Saúde Pública/EEA Grants, que em Portugal é operado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), conta com o apoio dos especialistas internacionais em saúde mental e suicídio na adolescência Lars Mehlum e Stan Kutcher.
Estes especialistas vão participar na conferência “Prevenção do Suicídio: Responsabilidade Partilhada”, que se realiza quinta-feira, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, em Beja.
In: Observador
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