terça-feira, 31 de maio de 2011

Alunos da UTAD 'contagiados' pela adaptaçao de brinquedos!

Os alunos do curso de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas, da Universidade de Vila Real, estão a adaptar brinquedos, como carrinhos ou bicicletas, para poderem ser usados autonomamente por crianças com paralisia cerebral e motora.

Alguns dos brinquedos adaptados foram hoje testados pelas crianças da Associação de Paralisia Cerebral (APC) de Vila Real, e o resultado foi uma tarde de grande diversão.

Marta Almeida, terapeuta da fala na APC, explicou que os meninos "ficaram eufóricos" por poderem conduzir os brinquedos, como os carrinhos, as bicicletas ou as trotinetes, sem precisarem de intermediários.

Equipamentos que trazem, segundo a responsável, "muitos benefícios para estes meninos com paralisia cerebral e algum défice motor".

O professor Francisco Godinho, coordenador do Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (CERTIC) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), referiu que os brinquedos foram adaptados pelos alunos da primeira licenciatura nacional em Engenharia da Reabilitação e salientou que se tratam de equipamentos que não estão disponíveis no mercado.

E explicou que, por exemplo, meninos que não conseguem pegar num volante para conduzir estes carros elétricos o podem agora fazer através de um 'joystick' ou um outro manípulo que pode ser usado através de um movimento da cabeça ou do ombro.

"Para situações mais graves, para alguém que só tenha um movimento controlado, um sopro ou um som, pode-se introduzir um computador portátil. Neste caso vamos usar o Magalhães e com um sistema de varrimento que vai mostrar as várias direções que pode ter o carrinho, a criança simplesmente seleciona a direção e o carrinho segue em frente", salientou.

Estes trabalhos foram realizados no âmbito de unidades curriculares do curso de Engenharia da Reabilitação e pensados para fins recreativos, mas podem também ser usados com fins terapêuticos.

A iniciativa de hoje na APC visou testar o funcionamento dos brinquedos junto das crianças para ver, segundo Francisco Godinho, qual a solução mais adequada a cada tipo de deficiência.

A UTAD foi pioneira ao abrir há três anos a primeira licenciatura de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas. O segundo curso do género foi criado em 2009 na Universidade de Coventry (Reino Unido).

Esta licenciatura faz parte de um processo que começou há quase 10 anos com a criação do CERTIC, que agora dá apoio e cede os recursos ao curso.

Este centro desenvolve a sua atividade orientada para a aplicação da ciência e da tecnologia na melhoria da qualidade de vida das populações com necessidades especiais, nomeadamente pessoas com deficiência, idosos e acamados, em áreas como o acesso a tecnologias e serviços, educação, emprego, saúde e reabilitação funcional, transportes, vida independente e recreação.

Parabéns a todos! Um abraço da equipa Ajudas.com!

In: Ajudas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Um gesto pela diferença"

Decorreu no passado dia 24 de Maio, a partilha denominada “Um gesto pela diferença”, iniciativa dos alunos do 12.º B da Escola Secundária Padre Alberto Neto em Queluz, no âmbito da área de projecto.

Como convidada para esta partilha esteve a Presidente da APSA, Piedade Coelho. Esta, apresentou a associação e as suas iniciativas. As características desta síndrome. Estratégias a serem utilizadas na intervenção e o seu próprio testemunho enquanto mãe.

Sabendo que as características desta problemática se prendem em primeira instância com o comprometimento ao nível do comportamento social; interesses limitados; comportamentos rotineiros; peculiaridade do discurso e da linguagem; perturbação na comunicação não verbal e descoordenação motora é importante a educação de atitudes sociais/treino de competências sociais acompanhadas sempre de regras, muita tolerância e persistência, antecedendo rotinas dando ordens claras e simples. Não menos importante respeitar e identificar sinais de stress, bem como aproveitar as áreas de interesse proporcionando hábitos de progressiva autonomia social. 

Porque ainda existe um caminho a percorrer na transição para a vida activa e no implemento do emprego protegido esta associação tem o projecto Casa Grande, local que se destina a oferecer um espaço de formação e de emprego temporário favorecendo a construção de uma vida futura com maior autonomia.

Nesta partilha, como em qualquer outra neste âmbito, a ideia é de fomentar o conhecimento desta e outras problemáticas, fazendo da individualidade uma mais valia, percepcionando que a condição de se ser ou estar vulnerável é um momento que difere da inclusão ou não, no contexto social.
Possibilitando tornar o mundo melhor, porque de facto como foi referido, a problemática não está na cara mas existe, é fundamental olharmos o outro isentos de definições e de concepções contaminadas, sendo conhecedores da realidade e aceitando que cada um é importante na sua diversidade.

Só fomentando partilhas como estas se poderá construir um projecto de cidadania e acreditar num mundo mais inclusivo com recursos e intervenções diferentes para bem de todos e de cada um.

Não posso deixar de agradecer a partilha, em primeiro lugar ao Pedro Filipe com quem me cruzei e me proporcionou estar presente. O agradecimento estende-se, obviamente, aos restantes alunos envolvidos: Adriana Cunha; Filipa Costa, Gonçalo Filipe e Miguel Esteves bem como a todos aqueles que de certa forma encorajaram e apoiaram estes alunos no sentido de que estas partilhas são um caminho necessário para que a sociedade encare a temática da diferença como uma realidade e reveja nos jovens alunos a preocupação na inclusão de todos. 

Fernando Pessoa dizia que: 

“ O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.

São inevitavelmente momentos inesquecíveis como estes de partilha e reflexão que fazem a diferença para que cada vez surjam menos barreiras, numa sociedade que deverá ser de verdadeira oportunidade de igualdade para todos. 

Iniciativas como estas são de louvar e de repetir, porque constituem uma fonte de aprendizagem e de esclarecimento necessário para que a sociedade encare a temática da diferença com a naturalidade, normalidade e respeito que lhe é devido, aceitando e incluindo de forma efectiva e de plenos direitos. 

Agradeço, como não poderia deixar de ser, também a Piedade Monteiro o seu relato que em nome próprio testemunhou. São os pais que melhor nos ensinam que todos sem excepção têm direito a viver a vida na sua plenitude.

Por: EC

International Surfing Day 2011 - Surf Adaptado

Nos próximos dias 18 e 19 de Junho de 2011 a Praia do Castelo, na Costa de Caparica, irá ser novamente um dos palcos mundiais das comemorações do Dia Internacional de Surf em Portugal.

A DUCKDIVE – Bodyboard & Surf School & Camp, juntamente com a Associação Salvador, o Estado Líquido-ORG e a Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência, organizam a edição deste ano, inteiramente dedicada a pessoas com deficiência motora, visual e cognitiva.

SURF FOR ALL é um evento gratuito e com o único objectivo de promover a inclusão de pessoas com deficiência, garantindo a igualdade de oportunidades e acesso ao lazer, desporto e cultura, através do desporto de natureza. São esperados cerca de 50 participantes com diversos tipos de deficiência.

Programa diário:

08h30 - Transfer em autocarro adaptado Centro de Lisboa/Centro Lazer S. João Caparica

09h00 - Centro Lazer S. João Caparica – Acolhimento / Briefing / Piscina.

Serviço de Transfer em mini-autocarros adaptados do Centro de Lazer para Praia do Castelo

10h30/12h30 - Praia do Castelo - Surf / Bodyboard (actividade por grupos, acompanhados de monitores)

12h30/14h30 - Praia do Castelo - Almoço e Palestras

14h30/17h30 - Praia do Castelo - Surf / Bodyboard (actividade por grupos, acompanhados de monitores).

Serviço de Transfer em mini-autocarros adaptados da Praia do Castelo para o Centro de Lazer de S. João da Caparica.

18h30 - Transfer em autocarro adaptado. S. João Caparica / centro de Lisboa.

19h00 - Luau (opcional)

Clique aqui para aceder ao formulário de inscrição para pessoas com deficiência motora.

Data limite para inscrições: 2 de Junho

Nota: Os lugares são limitados. A selecção dos participantes terá em conta a ordem de chegada das inscrições e dará prioridade às pessoas que se deslocam em cadeira de rodas.

In: Ajudas

Nova abordagem no tratamento da depressão e do autismo

Segundo o investigador Rui Costa, líder do programa de neurociências da Fundação Champalimaud, o diagnóstico e o tratamento de doenças mentais como o autismo ou a depressão podem assistir a grandes progressos nos próximos anos.

De acordo com o investigador, no campo das doenças mentais, pode ocorrer um “breakthrough” e nos próximos cinco anos pode haver, no mundo inteiro, uma mudança de paradigma, de pensar e de tratar estas doenças.

O autismo, assim como a depressão, poderá ser tratado de uma forma completamente diferente, quando os investigadores conseguirem compreender alguns processos básicos, como “a pessoa está deprimida, não quer fazer, não decidir, porquê? Há muita incerteza no mundo, há muito stress, o que é que acontece?”. 

Todos os processos básicos que estão a ser investigados pelo programa têm a ver com o entendimento de como é que essas coisas se geram normalmente e o que acontece quando não se conseguem fazer, desde o autismo em crianças, a deficiências de aprendizagem até depressão.

Os investigadores pretendem chegar a um diagnóstico mais preciso, algo que ainda não existe para as doenças mentais, com vista a proporcionar um tratamento muito mais eficaz, tendo em consideração que há uma base física da doença, assim, um diagnóstico muito preciso, permitirá saber quais as moléculas, as áreas cerebrais afectadas e como tratar.

In: Ajudas

sábado, 28 de maio de 2011

"Falando com quem Faz...: CÃOmigo -Projecto de Cinoterapia em Unidade de Ensino Estruturado”


Decorreu este sábado, dia 28/05/2011, mais uma sessão do Ciclo de Sábados: "Falando com quem faz". O tema abordado durante esta sessão foi “Projecto de Cinoterapia em Unidade de Ensino Estruturado” e a dinamização esteve a cargo da Psicóloga Carla Bernardo, da Terapeuta da Fala Andreia Caeiro, ambas do CECD, e do Treinador de Cães, João Vasconcelos.

A Psicóloga Carla Bernardo começou por fazer uma breve descrição do Agrupamento onde o projecto está a ser desenvolvido, Agrupamento de Escolas Ribeiro de Carvalho, do espaço envolvente e dos intervenientes em todo o processo. Fez uma breve síntese da história das Intervenções Assistidas por Animais. Apresentando uma boa fundamentação teórica para a implementação deste tipo de intervenção.


De seguida o treinador de cães, João Vasconcelos, falou um pouco sobre os Cães de Serviço (cães de assistência, cães de alerta e cães guia), dando-nos a conhecer como é realizada a selecção e o treino destes animais. Realçou a importância das famílias de acolhimento para o bom desenvolvimento e treino dos cachorros.

A Terapeuta da Fala Andreia Caeiro fez uma breve descrição sobre o Programa de Linguagem Makaton e sobre o PECS e de como estes programas podem servir como facilitadores para a comunicação.


No seguimento desta partilha, os dinamizadores partilharam  com todos os presentes alguns casos reais, apresentando objectivos específicos e estratégias de intervenção utilizadas para cada um deles. Foi possível observarmos a interacção entre a cadela e os alunos em contexto escolar ao longo de várias sessões e desse modo verificarmos as evoluções, as melhorias ao nível da interacção, da socialização e comunicação.




Os dinamizadores acabaram com uma citação de uma autora australiana, Donna Williams:

"Precisamos de luz na escuridão, e de som no silêncio. Precisamos de pontes em vez de muros, e de ser encorajados a passar essas pontes, um passo de cada vez, do nosso próprio mundo para um mundo partilhado."

Tal como referiu a Psicóloga Carla Bernardo, mais importante do que tudo pretende-se que as crianças criem laços...

As boas práticas foram motivo de reflexão e debate ao longo de toda a manhã, servindo desse modo para crescermos tanto a nível profissional, como pessoal...

Desta sessão saímos todos com uma certeza...É importante continuarmos a lutar e a trabalhar por uma Escola de e para Todos...

Este foi o último sábado relativo ao ano lectivo de 2010/2011, espero que este tipo de partilhas continue pela importância que têm para a nossa prática e pelo enriquecimento que proporciona a todos que assistem e participam.

Seminário Formação de Professores de Educação Especial e Inclusiva

Seminário Formação de Professores de Educação Especial e Inclusiva

18 de Junho de 2011 | 9h00 - 17h45 | IEUL (edifício da Alameda da Universidade)


Programa:

09h30-10h30: Conferência proferida por CHRIS FORLIN
Instituto de Educação da Universidade de Hong Kong
Formar professores para a Educação Inclusiva

11h30-13h00: Mesa Redonda 1

Formação inicial de professores para a Educação Especial e Inclusiva 
Moderadora: Manuela Esteves

Educação Inclusiva enquanto resultado de uma política de formação de professores
Ângela Rodrigues

Comunidades de Aprendizagem Inclusiva: O impacto da formação docente
Jorge Serrano

14h30-16h00: Mesa Redonda 2

Formação especializada de professores para a Educação Especial e Inclusiva
Moderador: Joaquim Pintassilgo

Formação de Professores: Quem são os Professores
Maria do Céu Roldão

Formação de Professores em Educação Especial: Quem reforma os reformadores 
David Rodrigues

16h00-17h30: Apresentação de comunicações

Inscrições através de e-mail: proandee@gmail.com

Associados: Entrada Livre 
Outros: 20€

1.º Ciclo de Conferências Associação Entrelaços

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Contar até três

Existem inúmeras situações em que podemos utilizar a técnica de contar até três, que tem enorme sucesso se for usada regularmente e de forma correcta. Que significa isto? Significa que contamos até três apenas com números inteiros, nada de dois... dois e meio... dois e três quartos... como se estivéssemos com medo de aplicar as consequências. 

Para isso mais valia contar até dez, o que seria um exagero, pois dávamos à criança nove (!) hipóteses de se continuar a portar mal. 

Por outro lado, quando a situação é recorrente e a criança não tem qualquer dúvida de que se está a portar mal, nada de explicações desnecessárias. Demasiadas explicações apenas tiram força à lição que queremos dar. Por vezes pode ser necessário explicar porque não queremos determinado comportamento: quando é uma situação nova, quando se trata de uma situação grave ou pouco usual ou, dada a situação e a idade da criança, ela não percebeu que se portou mal. Tirando estas excepções, nada de esclarecimentos. Apenas acção.

Por vezes a atitude da criança é mais grave e exige uma estratégia diferente: algumas situações são suficientemente graves para não darmos à criança várias hipóteses de se portar mal. Nessas situações o "três" deve surgir de imediato. Por vezes a contagem pode envolver diferentes comportamentos, sendo a criança posta de castigo quando se atinge o "três".

Pediatra Paulo Oom

Uma segunda oportunidade

Muitas vezes preferível a qualquer outro método, o melhor que temos a fazer é dar aos nossos filhos uma segunda oportunidade quando eles se portam mal. Não significa que ignorámos o mau comportamento ou que não nos importamos com aquilo a que acabámos de assistir. Pelo contrário: reparámos, não o aprovamos, mas achamos que aquela criança pode e sabe fazer melhor.

Esta forma de proceder é muito útil com as crianças mais novas, pois representa uma oportunidade para treinar aquilo que os pais consideram o comportamento mais correcto. Pode ser utilizada para as boas maneiras à mesa mas também para fazer a cama, arrumar o quarto, pôr a louça na máquina, fazer os trabalhos de casa com uma letra bonita, cumprir com as regras de um jogo e muitas outras situações. De uma forma geral, pode ser aproveitada sempre que sabemos que a criança sabe comportar-se devidamente mas por qualquer razão não o fez e nós achamos que ela merece uma hipótese para se redimir. É também uma forma muito útil quando não temos a certeza se a criança sabe qual a forma correcta de actuar pois estamos a dar-lhe atenção enquanto ela executa a tarefa pela segunda vez, podendo ajudá-la se necessário (casos de fazer a cama ou arrumar o quarto, por exemplo). 

No entanto, se usada repetidamente, esta forma de actuar perde o seu efeito, pois a criança passa a usar o mau comportamento apenas para chamar a nossa atenção. Por isso mesmo, a técnica da repetição apenas deve ser utilizada de forma pontual.

Pediatra Paulo Oom

1º Encontro Tecnologias no Ensino Especial em Tomar

O grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas de Santa Iria, em Tomar, vai realizar o “1º Encontro Tecnologias no Ensino Especial“, no dia 30 de Junho, entre as 10:00h e as 15.30h, no Auditório da Biblioteca de Tomar.


Este evento tem o apoio de várias entidades, nomeadamente da Cnotinfor que também estará presente no evento para proferir uma comunicação sobre “Tecnologia e Inclusão no Ensino Especial“.

Nessa comunicação dará dado destaque à utilização dos Símbolos para a Literacia da Widgit(SLW), como um valioso auxiliar na Comunicação Aumentativa e Alternativa, na dislexia e na aprendizagem em geral.

Os mais de 10.000 símbolos SLW foram objeto de estudo durante vários anos com o objetivo deatender a públicos muito ddiversificados.

Destacamos algumas das suas características:
  • poucos detalhes de modo a reduzir a confusão visual;
  • coerência e consistência entre as diversas categorias de símbolos;
  • edifícios, salas ou divisões, lojas, pessoas e profissões, família, pronomes, preposições…
  • marcadores gramaticais opcionais para auxiliar escritores e leitores;
  • símbolos coloridos e a preto e branco;
  • simbolização automática inteligente…
Esse evento conta ainda com a comunicação Ideias práticas do grupo EB 2/3 de Santa Iria e CRIde Tomar; o encontro será enriquecido com a presença do engenheiro Luís Figueiredo do IP da Guarda e do CRTIC de Santarém.

Para mais informações envie um mail para: tesouraria@santairia.pt.

In: CNOTI

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Acromegalia

Na TSF, testemunhos de médicos e famílias ajudam-nos a saber mais sobre as doenças raras: os sintomas, as características, os tratamentos e a vida com doenças que poucos têm.

Raros Como Um Diamante,

Entrevista sobre a Acromegalia: 


Boas práticas de inclusão artística e cultural - convite

Com o objectivo de editar o manual "A Arte pertence a todos - Boas Práticas de inclusão artística e cultural", co-financiado pelo Instituto Nacional para a Reabilitação , IP (INR, IP) , a Associação Nacional de Arte e Criatividade de e para Pessoas com Deficiência (ANACED) convida todas as Entidades oficiais e particulares, com experiência da Arte Inclusiva, a partilhar os casos de sucesso, preenchendo a Ficha de Projecto em anexo, até ao dia 17 de Junho de 2011. A partilha das Boas Práticas qualifica a cultura da cooperação e serve de estímulo para a inovação cultural e artística."

Documentos disponíveis para descarregar:


In: INR

Seminário Nacional "Comunicação, e Educação Inclusivas: Metodologias e Estratégias"

Dia 2 de Junho de 2011 - Lisboa

Auditório Agostinho da Silva da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

(Com tradução simultânea em Língua Gestual Portuguesa)

DIRECÇÃO CIENTÍFICA: Augusto Deodato Guerreiro

ORGANIZAÇÃO: Mestrado de Comunicação Alternativa e Tecnologias de Apoio (MCATA) e Linha de Investigação em Linguagens Especiais e Novas Tecnologias/CICANT) da Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação (ECATI) da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT)

INSCRIÇÕES (Gratuito, sendo a inscrição obrigatória):

Data Limite: 30 de Maio
Através do endereço de email: mestrado.com.alternativa@ulusofona.pt

OBJECTIVOS:

Apresentar e partilhar reflexões e boas práticas, sob o ponto de vista científico e tecnológico, pedagógico e cultural, de esclarecimento e sensibilização pública, em torno de metodologias e estratégias para a comunicação e educação inclusivas, num espaço de debate em que professores de educação especial e outros responsáveis na área da deficiência, investigadores e instituições, técnicos e alunos possam, designadamente:

- Contribuir para um debate científico amplo sobre as problemáticas da comunicação e da educação inclusivas, bem como sobre as suas implicações na família, na escola e na sociedade;

- Provocar um mais alargado entendimento, intercompreensão e divulgação dos conceitos e boas práticas de comunicação e de educação aplicáveis às diversas tipologias da deficiência, numa dimensão inclusiva e de qualidade de vida;

- Assinalar e fundamentar uma melhor inclusão e qualidade de vida das pessoas surdas, essencialmente nos planos sociocognitivo, de interacção e relacionamento social, desde que possam conhecer, utilizar e partilhar as diferentes terminologias e conceitos das diversas áreas do saber humano, numa dimensão comunicacional bilingue;

- Sensibilizar as famílias, profissionais e instituições para a vital importância do processo comunicacional e educacional no desenvolvimento sensorial e sociocognitivo, de interacção e relacionamento das pessoas com deficiência, desde que, para esse efeito, integre as vantagens da comunicação aumentativa e alternativa, tecnologias adaptativas e produtos de apoio, meios humanos auxiliares de comunicação, numa perspectiva de educação/formação para todos;

- Apontar e reflectir metodologias e estratégias para a utilidade dos diferentes sistemas comunicacionais específicos e processos inclusivos de educação.

- Promover o encontro consensual para uma profícua reflexão em conjunto e actuação no empenho e desempenho na estruturação de metodologias e estratégias sociocomunicacionais e sócio-educativas que fomentem a natural inclusão e qualidade de vida das pessoas com deficiência.

PROGRAMA:

09h00 - Recepção dos Participantes e Entrega de Documentação.

09h30 - Sessão de Abertura

Intervenções:

  - Representante da Organização do Evento: Professor Doutor Augusto Deodato Guerreiro.

  - Representante da ECATI/ULHT: Professor Doutor José A. Bragança de Miranda.

  - Reitor da ULHT: Professor Doutor Mário Moutinho.

  - Representante da Administração/ULHT: Administrador Adjunto Professor Doutor Manuel José Damásio.

  - Secretária de Estado e Adjunta da Reabilitação: Dra. Idália Serrão, representada pela Subdirectora do INR, I.P., Dra. Deolinda Picado.

10h00 - Lançamento e apresentação do livro "Comunicar e Interagir: Um Novo Paradigma para o Direito à Participação Social das Pessoas com Deficiência" (sob a direcção científica de Augusto Deodato Guerreiro), pelo Professor Doutor Manuel José Damásio.

10h30 - Pausa para Café.

10h45 - 1º Painel

Comunicação Inclusiva
Coordenação: Professor Doutor José A. Bragança de Miranda (ECATI/ULHT).

Comunicações:

"Literacia e Inclusão"
- Deodato Guerreiro (ECATI/ULHT).

"A Audiodescrição ao Serviço de uma Visão Multissensorial"
- Josélia Neves (Instituto Politécnico de Leiria).

"Comunicação e Inclusão: os Diferentes Níveis Sistémicos"
- Francisco Ramos Leitão (Faculdade de Educação Física e Desporto e MCATA/ULHT).

"Inclusão, Escola e Comunidade: o Papel da Interacção e da Comunicação no Desenvolvimento de Qualidade de Vida de Pessoas com Deficiências Severas e Profundas"
- Isabel Amaral (ESE/Instituto Politécnico de Setúbal e MCATA).

12h20 - Debate.

12h30 - Almoço Livre.

14h00 - 2º Painel

Educação Inclusiva
Coordenação: Professor Doutor António Teodoro (Director do ICE/ULHT).

Comunicações:

“Princípios e Práticas para uma Educação Intercultural Inclusiva"
- Jorge Serrano (ESEAG/ULHT).

"Materiais Bilingues: uma Área de Intervenção Prioritária"
- Paulo de Carvalho e Marta Morgado (CED Jacob Rodrigues Pereira/CPL).

"Educação Inclusiva: Estratégias de Actuação em Sala de Aula"
- Isabel Sanches (ICE/ULHT).

*Educação Inclusiva e Comunicação: Alguns Solistas e um Grande Coro"
- David Rodrigues (Instituto Piaget/Almada).

16h00 - Debate.

16h30 - Pausa para Café.

17h00 - Encerramento

Resoluções/Recomendações, com as Presenças e Intervenções de:

  - Representante da Organização do evento: Professor Doutor Augusto Deodato Guerreiro.

  - Representante da ECATI/ULHT: Professor Doutor José Gomes Pinto.

  - Director do ICE/ULHT: Professor Doutor António Teodoro.

  - Presidente do Conselho Directivo da Casa Pia de Lisboa: Dra. Cristina Fangueiro.

  - Representante do Instituto Nacional para a Reabilitação, IP. (A confirmar).

NOTA IMPORTANTE:

- Foi pedida a acreditação do Seminário ao Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua (CCPFC) para que possa vir a produzir os efeitos previstos no Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, relevando para efeitos de progressão em carreira de Professores e Educadores.

- No acto da inscrição, os interessados devem indicar o nome completo, profissão (se houver), entidade/instituição a que pertencem ou que representam (se tal acontecer), número do telefone/telemóvel e endereço postal.

- Haverá Certificado de Presença para todos os participantes inscritos.

Contactos:

Universidade Lusófona
Campo Grande, 376, 1749-024 Lisboa

Tel.: 21 751 55 00 - ext. 2332 
Fax: 21 757 70 06 

E-mail: mestrado.com.alternativa@ulusofona.pt
Sítio web: www.ulusofona.pt

In: Ajudas

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"Falando com quem Faz...: CÃOmigo -Projecto de Cinoterapia em Unidade de Ensino Estruturado”


É já no dia 28/05/2011 (sábado) que irá decorrer mais uma sessão do "Falando com quem faz"

TEMA: “CÃOmigo -Projecto de Cinoterapia em Unidade de Ensino Estruturado”

DINAMIZADORES: Carla Bernardo e Andreia Caeiro

LOCAL: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial – Instituto Piaget - Pavilhão C -Sala 28 - Quinta da Arreinela de Cima, 2800-305 Almada (Junto à estação do Pragal – FERTAGUS)

Associados: gratuito – Não associados: 7,50€

Pagamento por transferência bancária (NIB: 0036 0106 9910 0042 3297 4)

Inscrição e envio de comprovativo (de preferência digitalizado) para: proandee@gmail.com

terça-feira, 24 de maio de 2011

Médicos devolvem funções motoras a jovem paraplégico

Nos Estados Unidos, um tratamento médico pioneiro permitiu a um doente paraplégico voltar a andar.


Clínica eslovaca acalma bebés com música clássica

Uma clínica de Eslováquia descobriu uma forma de acalmar os bebés separados das suas mães, utilizando a música clássica.

De acordo com a médica Slavka Viragova, a música substitui a voz da mãe, ajuda na regulamento da respiração e mantém o ritmo do coração. 

A médica Slavka Viragova, que lançou este projecto, afirmou que Mozart ajuda os bebés a lembrar a mãe na sua ausência e a lidar com o stress do nascimento. " O trauma do nascimento é extremamente stressante para o bebé, a musicoterapia ajuda o bebé a ganhar peso, livrar-se de stress e lidar melhor com a dor", confessou ao 'Daily Mail'. 

Segundo esta fonte, os bebés ouvem música calmante entre 5-6 minutos. Os enfermeiros utilizam também este método para os bebés prematuros porque ajuda a estabilizar o sistema respiratório. 


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eficiência é usar próteses


As concepções da Educação sempre estiveram (e certamente sempre estarão) dependentes de uma ideia que se tem sobre a pessoa que se educa e sobre o que ela deve ser capaz de ser ou fazer como adulto. A vertiginosa aceleração tecnológica das últimas décadas suscitou reflexões novas sobre estas ideias e que têm óbvios impactos educativos.

Pergunta-se se estaremos preparados para lidar com tanta e tão dispersa informação. É frase recorrente que os alunos de hoje são mais superficiais nas suas análises mas igualmente, muito mais extensos no conjunto dos seus conhecimentos. Por vezes este acúmulo e dispersão de conhecimentos é evocado para justificar os elevados níveis de stress e ansiedade que se observam na escola (de alunos e professores) e justificam mesmo o aumento de alunos com hiperactividade e deficit de atenção. A questão é pois “Será que a nossa organização biológica é capaz de lidar capazmente com as exigências de uma sociedade complexa do sec. XXI?”

Pergunta-se ainda o que é necessário para transformar a informação em conhecimento; como é que a abundante informação disponível pode ser interiorizada, integrada como uma aprendizagem (estável e utilizável) no reportório do indivíduo. E aqui as respostas científicas (não as do senso comum) são muito coerentes: a informação torna-se em conhecimento quando é usada e experimentada em contextos “ecologicamente válidos”. Quer isto dizer que a acção, a actividade, a “praxis” do aprendente é determinante para que um conceito que originalmente estava na internet, num livro ou no discurso de um professor se torne algo que contribui para cada pessoa mudar a representação e actuação que tem do e no mundo.

Pergunta-se finalmente como se podem tornar as pessoas (vide alunos) mais eficientes para a sua vida futura. Nas respostas a esta pergunta aparece inevitavelmente a palavra “responsabilidade”. Para ser mais eficiente é condição necessária que o aluno seja “responsável”. Estaremos todos de acordo “em princípio”. Mas esta responsabilidade não pode ressuscitar a teoria do “homúnculo”. Falava à pouco com um dirigente de uma sociedade científica que defendia que a “responsabilidade” do sucesso devia ser atribuída ao aluno desde o princípio da escolaridade básica. Falar de responsabilidade de forma tão precoce, tão impositiva e tão individual cria muitas dúvidas. As responsabilidades que queremos que os alunos adquiram são, sem dúvida, um valor que se constrói de forma progressiva e na relação com os outros.

Sabemos que a espécie humana é a menos auto-suficiente de todas. Dependemos da ajuda e das capacidades alheias mais do que qualquer outra espécie. (Se tiverem dúvidas sobre isto, pensem das coisas que fizeram hoje quais são as que conseguiram fazer de forma totalmente autónoma, sem a ajuda de outros…). Mas a nossa força provém exactamente desta aparente fragilidade: esta longa dependência ajuda-nos a desenvolver capacidades conjuntas e a viver num mundo de intercâmbio de competências. Até Victor de Aveyron teve que viver junto de outros animais para sobreviver. Assim, ser eficiente não é resolver tudo sozinho: ser eficiente é ser capaz de conhecer e usar os recursos que estão à volta de cada um. Recursos que estão na diversidade das pessoas que nos ensinam, nas pessoas que connosco aprendem, que vivem à nossa volta, nos recursos de equipamento, informática, organizacionais e outros a que podemos aceder. Já se disse que o nosso corpo (isto é, nós) é incapaz de viver adequada e eficientemente sem usar ajudas externas que lhe permitem encarar as ciclópicas exigências dos ambientes em que vivemos. Ser eficiente é saber como usar as próteses necessárias à realização da nossa vida. Podemos precisar de mais ou menos próteses: próteses de tipos diversos, por mais ou menos tempo, mas elas lá terão que estar para podermos participar solidariamente na sociedade.

A ligação deste conceito de eficiência – prótese à forma como se pensa a Educação é evidente: se concebermos o nosso ensino como dirigido a um aluno individual, um aluno auto-suficiente, estaremos certamente a diminuir as suas possibilidades, no futuro, para trabalhar em equipa, para negociar projectos ou planos de trabalho, enfim, para usar toda a diversidade de próteses que necessita. É por isso que dizemos que ter a oportunidade de trabalhar com colegas com capacidades (necessariamente) diferentes, é um direito do aluno e, se isso lhe for negado, poderemos ter alguns resultados rutilantes a curto prazo mas estaremos a educar alguém que não é capaz de usar todos os recursos que estão à sua volta. É disto também que trata a Educação Inclusiva – do direito de todos poderem ser educados em ambientes em que aprendem que uma dificuldade é uma oportunidade e que uma informação, por muito sedutora que pareça, não é senão o primeiro passo para criar conhecimento.

Por: David Rodrigues
Presidente da Pró-Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial.

In: 2ª newsletter referente ao mês de Maio da Pro Associação Nacional de Docentes de Educação Especial

Intervir na Hiperactividade Ana Rodrigues - 04 Junho

Após o sucesso da formação de Lisboa e das várias solicitações do Porto, convidamos a Dr.ª Ana Rodrigues para novamente partilhar connosco o seu conhecimento e experiência sobre a intervenção na Hiperactividade, e convidamo-lo(a) a estar também connosco. Iremos reunir-nos no dia 4 de Junho pelas 14 h onde teremos um momento informal e descontraído de partilha mútua entre a Dr.ª Ana Rodrigues e todos os que quiserem juntar-se a nós neste momento. Falaremos sobre a hiperactividade mas sobretudo nos diferentes tipos de acção e respectivas estratégia na intervenção para pais e profissionais que lidam com crianças hiperactivas. 


O Local será Pousada da Juventude do Porto, no dia 04 de Junho com inicio pelas 10h e término pelas 12h. 

Este encontro tem um custo de 25€ com materiais, certificados e lanche já incluídos. 

Ana Rodrigues possui Doutoramento em Motricidade Humana na especialidade de Educação Especial e Reabilitação (UTL/FMH), Mestrado em Educação Especial; Licenciatura em Educação Física ramo Educação Especial e Reabilitação está também a concluir licenciatura em Psicologia na Faculdade de Psicologia da Univ. de Lisboa.

Com uma vasta experiência de intervenção terapêutica em crianças hiperactivas, actualmente exerce no CADIN para além de ser docente na Fac. Motricidade Humana 

Ajude os seus alunos a melhorar a auto-estima

A auto-estima é muito importante para que os miúdos tenham sucesso escolar. Os alunos com baixa auto-estima têm um desempenho mais pobre. São inseguros e não participam activamente nos debates propostos pelo professor. Sentam-se ao fundo da sala e baixam-se, quando sabem que o professor se prepara para chamar alguém para ir ao quadro.

Leia as nossas dicas e ajude os seus alunos a construírem a auto-estima e a melhorarem o seu desempenho global na sala de aula. 

1 - Faça-os participar. Evite entrar no "jogo deles". Eles querem ser esquecidos, passar despercebidos. Pois, não lhes dê esse gostinho. Peça-lhes ajuda. Mas assegure-se que eles fazem bem as coisas, caso contrário poderá ser pior. Crie um sinal secreto com eles. Por exemplo, diga-lhes que de todas as vezes que você se aproximar de sua carteira e colocar a sua mão sobre ela, eles serão chamados para a próxima. Isso dá-lhes tempo para pensar na resposta e alivia a ansiedade. 

2 - Dê-lhes uma tarefa. Torne-os responsáveis por alguma coisa. Afinal de contas, a biblioteca precisa de ser organizada e o animal de estimação da sala de aula tem de ser alimentado. O importante é que os faça sentirem-se úteis e importantes. Aos poucos, os seus alunos começam a sentir-se mais valorizados, necessários e orgulhosos por terem realizado algo.

3 - Faça deles um herói. Envolva-os num programa de auxílio a alunos. Os mais novos sempre admiram os mais velhos. Deixe-os ser o tutor de um aluno mais novo. Eles que lhe dêem explicações de matérias que dominem. Ao sentirem que conseguem ajudar outra criança e, ainda por cima, serem um modelo para ela, vai, de certeza, abrir-lhes o ego. Os benefícios para ambos os estudantes seriam incalculáveis. 

4 - Reconheça os sucessos dos seus alunos. Sempre que eles fizerem bem um exercício, ajudarem outro aluno ou lhe fizerem um recado, reconheça-o. Isso incentiva-os a continuar no bom caminho, a terem orgulho de si próprios e a formarem uma auto-estima cada vez mais sólida.

domingo, 22 de maio de 2011

Os primeiros passos do paraplégico Rob Summers

Rob Summers é um jovem americano de 25 anos que foi atropelado por um carro em 2006, tendo ficado preso a uma cadeira de rodas. Os médicos disseram-lhe que nunca mais andaria. Mas Rob Summers provou o contrário, transformando-se na primeira pessoa paraplégica a conseguir levantar-se e andar.

As pernas de Summers conseguem movimentar-se por causa da estimulação feita por 16 eléctrodos implantados ao fundo das suas costas, por debaixo da pele. 

Após dois anos de treino intensivo, suspenso numa espécie de arnês colocado por cima de uma passadeira rolante e contando com a ajuda de fisioterapeutas e de neurologistas, o jovem conseguiu finalmente levantar-se sozinho e andar, graças aos impulsos eléctricos que iam sendo enviados para a sua espinha dorsal. Para além de ter recuperado o movimento das pernas, o jovem recuperou a sua função sexual e o controlo da bexiga.

“É um sentimento assombroso. Ser capaz de dar um passo é incrível. É uma injecção de optimismo”, descreveu Summers.

Graças a esta extraordinária combinação de esforços o sistema neuronal da espinha dorsal de Rob conseguiu ser reactivado. A grande descoberta científica a partir deste caso, segundo o “The Guardian”, é que o cérebro não tem o papel decisivo na locomoção que, até agora, se pensava ter. É antes nas próprias pernas e na espinal medula que recai o grande trabalho no esforço de locomoção.

“O cérebro não está a controlar tanto o movimento como nós pensávamos”, indicou ao “The Guardian” Susan Harkema, do centro de pesquisas Kentucky sobre a medula espinal, da Universidade de Louisville, e uma das duas neurologistas que acompanhou o tratamento de Rob Summers. A informação sensorial relacionada com o caminhar vem das próprias pernas, indicou a perita.

“Isto é um grande avanço. Abre um precedente enorme na melhoria das funções diárias destes indivíduos... Mas temos à nossa frente uma longa caminhada”, indicou ainda Susan Harkema.

Na verdade, o facto de Summers ter alguma sensibilidade residual e estar em óptima forma física aquando do acidente fizeram dele um excelente candidato para este estudo. Escassas seis semanas antes do acidente, o jovem tinha ajudado a sua equipa de basebol universitário a vencer um importante título nacional e por isso estava em excelentes condições físicas.

Os cientistas e os médicos frisam que este avanço poderá simplesmente não ser replicável em todos as pessoas paralisadas da cintura para baixo. 

Melissa Andrews, do Cambridge Centre for Brain Repair, indicou à BBC que, apesar de este estudo ser “incrível”, as pessoas não deverão dizer que isto é a cura. “Acho que as pessoas precisam de ler isto e dizer que a possibilidade [de uma cura] está aí, mas poderá não chegar amanhã. Isto é o que de mais aproximado temos e a nossa melhor hipótese neste momento”.

De qualquer maneira, depois desta conquista médica, mais quatro pessoas estão já em vias de ser sujeitas ao mesmo tratamento.

O tratamento de Rob Summers é o culminar de vários anos de muito trabalho e de intensos estudos científicos patrocinados pela Christopher and Dana Reeve Foundation, criada após o actor Christopher Reeve - mais conhecido pelo seu papel em “Super Homem” - ter ficado paraplégico em 1995, em consequência de uma queda de um cavalo. O actor acabou por morrer em Outubro de 2004 e a sua mulher, Dana, morreu pouco depois, em Março de 2006, vítima de cancro do pulmão. 

Os detalhes deste caso estão explicados na revista médica “The Lancet”.