Infelizmente, o somatório de relatos de pais que referem ter receio da atitude agressiva dos filhos, muitas vezes na adolescência, vai aumentando, e assim aumenta também a minha suspeita de que esta comissão irá surgir a curto prazo.
Já ouviu falar da Comissão de Proteção de Pais em Risco? Não? Pois eu também não, mas temo que esteja para ser criada muito em breve. Infelizmente, o somatório de relatos de pais que referem ter receio da atitude agressiva dos filhos, muitas vezes na adolescência, vai aumentando, e assim aumenta também a minha suspeita de que esta comissão irá surgir a curto prazo. Recentemente, uma diretora de turma relatava-me, com preocupação, que a mãe de um aluno do 9.º ano admitira, num atendimento, que não tinha capacidade de controlar o comportamento do filho. Este dormia poucas horas, uma vez que passava muito tempo em frente ao computador e que, quando ela tentou contrariar este comportamento, o filho reagiu com tanta agressividade, que temeu que ele usasse de violência física. Face a esta situação, perguntava-me esta diretora de turma: "E agora? Que vamos fazer para ajudar esta mãe?"
Para alguns pais, este parecerá um relato um pouco estranho, e perguntarão a si próprios como é que é possível que a relação entre mãe e filho se torne tão disfuncional. Alguns estarão mesmo a pensar nas estratégias que usariam para pôr fim à situação. Contudo, para esta mãe não será certamente fácil solucionar este problema.
Mesmo não conhecendo ainda bem todo o contexto que envolve este jovem, há uma certeza que tenho, atendendo a outras situações que já acompanhei. Este adolescente, agora com 16 anos, cresceu impondo as suas regras. Neste caso a mãe, elemento da família com quem vive, provavelmente foi procurando dar resposta a todas as suas necessidades. O grande problema é que a dádiva não foi acompanhada da exigência que é indispensável ao crescimento equilibrado. No atendimento de pais, transmito de forma constante a mensagem de que o problema atual em termos educativos não é a falta de amor, o problema é a falta de exigência e regras. Os filhos são desculpabilizados constantemente, não assumindo responsabilidades, porque há sempre alguém que resolve os seus problemas. Este jovem cresceu impondo os seus próprios limites e agora reage com agressividade quando a mãe procura alterar as regras do jogo!
Devido à articulação frequente com a CPCJ de Matosinhos (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco), vou ouvindo os relatos da sua presidente. O número de pais desesperados que recorrem à CPCJ porque não sabem o que fazer com os filhos tem aumentando bastante. Famílias que antigamente tinham uma saúde económica confortável, de repente são empurradas para situações de extrema carência. Como reagem os filhos? Exigem aos pais o que estes já não lhes podem dar, recorrendo muitas vezes à agressividade para obter o que efetivamente já não existe!
"Como vamos ajudar esta mãe?", esta é a pergunta que me foi colocada e à qual eu não soube responder, pois desconheço os recursos de que a senhora poderá dispor. Devido à escassez de dados que possuo sobre este caso concreto, substituo a questão referida por uma outra: "Como evitar estas situações?". E adianto a seguinte resposta: assumindo desde muito cedo uma atitude educativa de exigência para com os filhos. Não chega dar-lhes; é preciso que eles saibam claramente que são os adultos que definem as regras e que sejam obrigados a cumpri-las, não obstante ser importante que as compreendam e possam, até, participar na sua definição. É preciso educar no respeito e afeto, transmitir valores, falar e ouvir as crianças, ensiná-las a aceitar as frustrações, exercer a autoridade sem medo e impor limites desde que nascem. Quando os pais não mandam, mandam os filhos e tornam-se verdadeiros ditadores!
Por: Adriana Campos
In: Educare
Já ouviu falar da Comissão de Proteção de Pais em Risco? Não? Pois eu também não, mas temo que esteja para ser criada muito em breve. Infelizmente, o somatório de relatos de pais que referem ter receio da atitude agressiva dos filhos, muitas vezes na adolescência, vai aumentando, e assim aumenta também a minha suspeita de que esta comissão irá surgir a curto prazo. Recentemente, uma diretora de turma relatava-me, com preocupação, que a mãe de um aluno do 9.º ano admitira, num atendimento, que não tinha capacidade de controlar o comportamento do filho. Este dormia poucas horas, uma vez que passava muito tempo em frente ao computador e que, quando ela tentou contrariar este comportamento, o filho reagiu com tanta agressividade, que temeu que ele usasse de violência física. Face a esta situação, perguntava-me esta diretora de turma: "E agora? Que vamos fazer para ajudar esta mãe?"
Para alguns pais, este parecerá um relato um pouco estranho, e perguntarão a si próprios como é que é possível que a relação entre mãe e filho se torne tão disfuncional. Alguns estarão mesmo a pensar nas estratégias que usariam para pôr fim à situação. Contudo, para esta mãe não será certamente fácil solucionar este problema.
Mesmo não conhecendo ainda bem todo o contexto que envolve este jovem, há uma certeza que tenho, atendendo a outras situações que já acompanhei. Este adolescente, agora com 16 anos, cresceu impondo as suas regras. Neste caso a mãe, elemento da família com quem vive, provavelmente foi procurando dar resposta a todas as suas necessidades. O grande problema é que a dádiva não foi acompanhada da exigência que é indispensável ao crescimento equilibrado. No atendimento de pais, transmito de forma constante a mensagem de que o problema atual em termos educativos não é a falta de amor, o problema é a falta de exigência e regras. Os filhos são desculpabilizados constantemente, não assumindo responsabilidades, porque há sempre alguém que resolve os seus problemas. Este jovem cresceu impondo os seus próprios limites e agora reage com agressividade quando a mãe procura alterar as regras do jogo!
Devido à articulação frequente com a CPCJ de Matosinhos (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco), vou ouvindo os relatos da sua presidente. O número de pais desesperados que recorrem à CPCJ porque não sabem o que fazer com os filhos tem aumentando bastante. Famílias que antigamente tinham uma saúde económica confortável, de repente são empurradas para situações de extrema carência. Como reagem os filhos? Exigem aos pais o que estes já não lhes podem dar, recorrendo muitas vezes à agressividade para obter o que efetivamente já não existe!
"Como vamos ajudar esta mãe?", esta é a pergunta que me foi colocada e à qual eu não soube responder, pois desconheço os recursos de que a senhora poderá dispor. Devido à escassez de dados que possuo sobre este caso concreto, substituo a questão referida por uma outra: "Como evitar estas situações?". E adianto a seguinte resposta: assumindo desde muito cedo uma atitude educativa de exigência para com os filhos. Não chega dar-lhes; é preciso que eles saibam claramente que são os adultos que definem as regras e que sejam obrigados a cumpri-las, não obstante ser importante que as compreendam e possam, até, participar na sua definição. É preciso educar no respeito e afeto, transmitir valores, falar e ouvir as crianças, ensiná-las a aceitar as frustrações, exercer a autoridade sem medo e impor limites desde que nascem. Quando os pais não mandam, mandam os filhos e tornam-se verdadeiros ditadores!
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