Professores e pais de crianças com Necessidades Educativas Especiais concentraram-se hoje frente ao Ministério da Educação com o objetivo de denunciar "os graves atropelos" aos direitos daqueles alunos e exigir da tutela que resolva "urgentemente" o problema.
A ação de protesto foi organizada pela Associação Nacional de Docentes de Educação Especial -- Pró Inclusão (Pin) e pela Associação Pais em Rede e dá pelo nome de "Concentração Nacional por Uma Educação Inclusiva de Qualidade".
A concentração "tem como objetivo principal denunciar os graves atropelos aos direitos dos alunos com necessidades educativas especiais que se estão a verificar de forma muito particular neste início de ano letivo, existindo mesmo alunos a quem tem sido negado o acesso ao direito tão básico como o de frequentar a sua escola", explicaram as associações.
De acordo com os pais e professores, o arranque do ano letivo 2013/2014 está marcado por "graves atropelos" aos direitos dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE).
"A forma como o apoio aos alunos com NEE se encontra organizada indicia uma grave diminuição de recursos, um atraso insuportável na provisão dos serviços de apoio a estes alunos e uma falta de resposta capaz e competente das escolas", criticam.
Segundo as associações, existem alunos que por falta de apoios são aconselhados a ficar em casa, a colocação de professores tem sido feita de forma tardia, o número de docentes de educação especial (EE) diminuiu em relação ao ano passado, as respostas dos Centros de Recursos para a Inclusão são insuficientes e existem escolas onde os alunos com NEE estão privados de frequentar a classe regular.
Denunciam, por outro lado, que o sistema nacional de intervenção precoce não funciona em articulação com os serviços de EE, a transição para a vida pós-escolar está em "terra de ninguém", há falta de professores e intérpretes de língua gestual portuguesa, defendendo a necessidade de repensar a formação inicial e especializada no campo da educação especial.
"A 'Pró-Inclusão' e a 'Pais-em-Rede' exigem ao Ministério da Educação e Ciência que encare e resolva urgentemente os problemas existentes e de solução inadiável e apelam para que as forças políticas e a sociedade civil se solidarizem com o objetivo de garantir uma escola para todos", dizem as associações.
In: DN online
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