sábado, 13 de setembro de 2014

Inclusão


A conquista dos Direitos Humanos está associada à ampliação da igualdade para todas as pessoas. Em 1994, uma conferência realizada pela UNESCO produzia um documento que viria a chamar-se Declaração de Salamanca e que visava a inclusão de todos os alunos no ensino regular. O novo paradigma incluía todas as crianças numa educação inclusiva, para todas. A qualidade do ensino assumia o compromisso de que ninguém ficaria para trás. A pedagogia passaria a centrar-se na criança e na capacidade de encontro com as necessidades desta. E as necessidades educativas especiais deixariam de estar à margem, mas passariam a fazer parte integrante do espaço educativo, das escolas. A dignidade roubada era assim restituída. E muitas pessoas, muitas famílias, aumentariam as suas oportunidades de felicidade. E assim foi. Só que a inclusão não beneficia apenas os mais frágeis. O acesso ao ensino regular foi uma conquista que beneficiou toda a sociedade, todas e todos saímos a ganhar. E é por isso urgente que o caminho feito não abrande. Se uma criança ficar para trás, toda a sociedade ficará com ela. A sua derrota, será a nossa derrota. A sua humilhação, será a nossa humilhação. E por isso o exemplo a dar, sobretudo aos mais novos, é o de que o valemos muito - sem excepção. E que esse valor, irrevogável, seja reconhecido na lei, seja um efectivo compromisso da sociedade em geral, de cada um de nós em particular!

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