Durante este ano lectivo muito tenho ouvido falar sobre o exagerado número de projectos existentes na minha Escola.
Há quem diga que é o Sistema de Avaliação que assim o exige…Outras há que afirmam ser fruto da política seguida pelo órgão de gestão do Agrupamento…
Eu ao contrário de muitos colegas não me limito a criticar…Ou quando critico fundamento…
Em conversa com um colega “saltou-me” umas das suas afirmações: “O mais importante para a realização destes projectos é sabermos qual o problema/dificuldades que os nossos alunos sentem. E depois sim, fazer projectos que visem ultrapassar essas dificuldades”.
Concordo inteiramente com esta afirmação, aliás essa devia ser a política e a mentalidade de todos os agentes educativos. A criança deve ser sempre o centro das “atenções”…
O “mal” não é do Sistema de Avaliação e não o “mal” também não é do órgão de gestão do Agrupamento…O “mal” é das pessoas que organizam esses projectos irrealistas e meramente “copy-paste” de outros tantos existentes na internet…Projectos que “bem-esprimidos” não dão uma “gota de sumo”…
Não consigo conceber que haja pessoas que façam projectos só porque parece bem até porque o principal “veículo” desses projectos são os alunos…sem eles esses projectos (se assim os posso chamar…) não tinham “pernas para andar…”
Então se assim é, os projectos têm de ser realizados de acordo com os gostos/necessidades dos alunos…E já agora…Porque não serem eles a propor alguns deles?!?
Deixemos de ser fantoches…Deixemos de ser egocêntricos…Comecem a pensar nas crianças e nas famílias com quem trabalham, eles são o principal “veículo” para o vosso trabalho…
Ah…e já agora um conselho a todos os órgãos de gestão…Quando receberem propostas para a realização de projectos, tenham esta ideia presente…Em que é que este projecto pode ajudar para o desenvolvimento dos nossos alunos?
Existe ainda um outro aspecto, no meu entender, fundamental para o bom desenvolvimento de Projectos…
A chamada das Famílias para a participação e dinamização dos mesmos. A Família deve ser chamada para intervir, para cooperar e em parceria com a Escola “lutar” por uma melhor Educação melhor, por um melhor desenvolvimento de cada criança.
Até porque, e segundo Kolhberg (cit. por Rosa, 2001), a escola por si própria não dispõe de suficiente força simbólica para transformar valores, somente na medida em que haja envolvimento da família num projecto educativo, esta instituição obterá sucesso na concretização da sua missão.
...Sem mais a dizer...está tudo dito!! Para além de que há quem faça muita coisa e não esteja em projecto...
ResponderEliminar:) Concordo
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