Dois dias depois de terem fechado a escola com correntes e cadeados, apoiados pela Associação, um grupo pais e encarregados de educação dos alunos da Escola EB 2,3 de Santiago Maior, em Beja, concentrou-se à porta do estabelecimento em novo protesto para exigir, entre outras reivindicações, mais e melhores condições de ensino para os alunos com Necessidades Educativas Especiais, desta feita sem encerrarem as portas.
Por não existirem respostas do Ministério de Educação quanto à colocação de mais professores e terapeutas para aqueles alunos, mais auxiliares que garantam a segurança da escola e refeições em quantidade e qualidade, num refeitório adequado, os tutores dos alunos voltaram ao protesto. A Escola de Santiago Maior, que pertence ao Agrupamento N.º 1 de Beja comporta 1200 alunos de diversos escalões de ensino.
Este é terceiro protesto no agrupamento, depois de no passado dia 29 de Outubro na Escola Secundária Diogo de Gouveia, duas mães exigirem que fossem colocados mais intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LPG) e de na segunda-feira as portas da Escola de Santiago Maior terem sido fechadas a cadeado.
Susana Sobral, presidente da direção da Associação de Pais, justificou que o protesto sem trancar as portas o "tornou voluntário e não impede ninguém de entrar", acrescentando que ao mesmo tempo se procurou "não cair numa situação de crime", como pode ter acontecido no protesto anterior, rematou.
Continuando a exigir e a lutar por um escola pública de "qualidade, onde os meninos sejam felizes", os manifestantes recordam que a Escola de Santiago Maior era tida como diferente "onde se investiu em diversos sectores da educação", e que este ano é alvo muitos cortes em vários sectores.
No que diz respeito à alimentação, Susana Sobral refere que a comida feita na escola e a que é preparada no Instituto Politécnico de Beja é da responsabilidade de uma empresa privada em que "a qualidade e a quantidade" não é defendida.
A presidente da Associação de Pais defende o regresso ao esquema antigo, em que os concursos "eram compartimentados" e existia a preocupação de serem atribuídos a empresas "locais e próximas das escolas" que forneciam com mais qualidade e quantidade, lembrando que em alguns casos eram Instituições Públicas de Solidariedade Social.
Caso não existam respostas por parte de Nuno Crato, titular da pasta da Educação, os pais prometem "continuar a luar" pela melhoria a educação na escola.
In: JN
Nota: E o senhor ministro continua a dizer que tudo correr dentro da normalidade?!?
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