O IAVE refuta as críticas de que não terá disponibilizado o material adequado para que alunos surdos pudessem levar a cabo na totalidade o exame de inglês Preliminary English Test for Schools, direcionado para alunos do 9º ano de escolaridade.
Na semana passada, o Jornal de Notícias adiantava que alunos com deficiência auditiva severa que integram a Rede Nacional de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos foram impedidos de realizar parte de uma prova de inglês, uma informação de que o Notícias Ao Minuto também deu conta.
Em causa estavam alunos do 9.º ano de escolaridade que iam realizar o Preliminary English Test for Schools, um exame de inglês que implicava uma parte escrita mas também uma parte oral. Alguns alunos com dificuldades auditivas severas não teriam realizado esta parte da prova por ter sido disponibilizado apenas um CD que os alunos deviam ouvir, não havendo DVD para leitura labial.
Em comunicação enviada às redações, o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) nega as críticas e adianta que foram “disponibilizadas condições para que os alunos do 9.º ano com necessidades educativas especiais, designadamente os alunos surdos, pudessem realizar o Preliminary English Test (PET)”.
Explica o IAVE que “o manual de procedimentos prevê que estes alunos possam ser dispensados de o fazer ou de realizar parcialmente o teste, sendo essa decisão da responsabilidade dos encarregados de educação e das escola”. Por essa razão, o IAVE diz não compreender e lamentar as declarações de professores e dirigentes do Agrupamento de Escolas D. Maria II, em Braga, que falaram ao Jornal de Notícias sobre este caso, de que o Notícias Ao Minuto também deu conta.
Explica ainda o IAVe em comunicado que o CD facultado “não era, naturalmente, para ser ouvido pelo aluno, mas sim pelo professor, para que este o reproduzisse ao mesmo ritmo, permitindo aos alunos fazer a respetiva leitura labial”. Explica ainda a entidade que “este CD, em velocidade lenta, é igualmente usado por alunos com outro tipo de necessidades, nomeadamente por aqueles que apresentam paralisia cerebral ou limitação motora severa”.
O IAVE esclarece ainda que nenhuma das duas escolas em causa “pediu ao IAVE materiais adaptados para alunos surdos” e que se houve alunos surdos que não realizaram o PET “foi, ou porque os pais/encarregados de educação e/ou a escola assim o decidiram, ou porque esta não solicitou ao IAVE os materiais adaptados de que necessitava”, pode ler-se.
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