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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

UPorto cria sapatos para pessoas com paralisia cerebral

Melhorar a mobilidade e a qualidade de vida dos portadores de paralisia cerebral é o objetivo do projeto 'RITA.RED.SHOES', lançado no Porto esta segunda-feira. Para isso, elementos das Faculdades de Engenharia e de Belas Artes da Universidade do Porto (FEUP e FBAUP) vão lançar uma linha de calçado especial que já começou a ser desenhada. 

A ideia, que surgiu no âmbito da Unidade Curricular 'Projeto Design Industrial' do mestrado em Design Industrial e de Produto da FEUP/FBAUP, terá como principal finalidade oferecer um calçado prático, sem esquecer a componente estética.

O projeto foi apresentado no Porto, esta segunda-feira, num evento onde estiveram presentes diversas personalidades, como por exemplo a cantora Rita Redshoes, que é madrinha da iniciativa.

Os portadores de paralisia cerebral mostram-se entusiasmados com a ideia, como é o caso de Mariana Machado. "Excelente projecto! Sou portadora de paralisia cerebral e sempre tive muita dificuldade em encontrar sapatos que fossem confortáveis e esteticamente agradáveis. Fico à espera dos resultados", comentou a jovem na página de Facebook da 'Design Includes You', uma rede de designers que lutam pela inclusão social.

Estes sapatos, que serão comercializados por uma empresa de calçado português, começaram a ser desenhados durante um 'workshop' que decorreu esta segunda e terça-feira, na FEUP. Durante estes dois dias, os estudantes integraram equipas de projeto multidisciplinares, que contaram com a participação de pessoas com paralisia cerebral.

O projeto 'RITA.RED.SHOES' vai ser coordenado pelos designers Lígia Lopes (FEUP) e Matt Dexter (da Sheffield Hallam University, no Reino Unido). Contará também com a participação da arquiteta Lia Ferreira, Provedora do Deficiente da Câmara Municipal do Porto.

Os protótipos e resultados do desenvolvimento deste projeto vão estar expostos primeiro em Sheffield, no âmbito da Conferência Design4Health 2015, que decorrá em Julho, voltando depois para o Porto, onde farão parte do programa do BIN@PORTO.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Livro conta histórias de quem deu a volta à paralisia cerebral

Um bailarino, uma socióloga, dois informáticos e uma professora, todos vítimas da doença, falam sobre os seus projectos profissionais numa obra que será lançada nesta segunda-feira na Casa da Música.

Rui Reisinho, 37 anos, bailarino, DJ, designer numa empresa multimédia, fundador da A_JU_DANÇA, a primeira companhia de dança inclusiva do país, sonha com um campeonato de dança para pessoas com deficiência. Rui ouve, mas não fala. Tem uma folha com as letras do alfabeto e os números de 0 a 9 para compor frases e comunicar.

Ana Catarina Correia, 23 anos, frequenta o mestrado de Sociologia na Faculdade de Letras do Porto. Está a concluir a tese onde aborda as desigualdades das mulheres com deficiência. É activista do Movimento de (d)Eficientes Indignados, que luta para que os deficientes possam escolher a forma como querem ser apoiados. Defende a criação de institutos de vida independente como alternativa à institucionalização. Ou seja, residências para deficientes como as que existem na Suécia que lhes permitem alguma autonomia. Ana anda de cadeira de rodas, não consegue mexer-se ou levantar-se sozinha. Mora numa residência universitária e tem o apoio de uma assistente pessoal. Quer dedicar-se à investigação sociológica e trabalhar numa Organização Não Governamental.

José Pedro Gomes, 23 anos, licenciado em Informática, está a desenvolver uma aplicação informática que permitirá às pessoas com deficiência, e não só, usar um telemóvel ou um tablet através do olhar. No início do ano recebeu uma carta da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, que realça o seu “exemplo de excelência”. Depende de uma cadeira de rodas para se deslocar, tem problemas na fala. Quer criar uma empresa que arranje soluções para pessoas com deficiência. Maria de Fátima Ferreira, 38 anos, professora em Rio Tinto, escritora, várias vezes campeã nacional de natação adaptada, ganhou 40 medalhas de ouro. Vive com os pais. José Rui Silva, 24 anos, mestre em Ciências da Informação, estudou a forma de desenvolver um sistema para ajudar a controlar o absentismo dos profissionais de saúde do Hospital de São João, no Porto. Quer ser consultor em tecnologias e sistemas de informação. É atleta federado de vela adaptada e praticante de natação. As cinco histórias destas pessoas são contadas no livro Por Acaso… de Fátima Araújo, jornalista da RTP, que hoje é apresentado na Casa da Música, no Porto, por ser Dia Nacional da Paralisia Cerebral.

A obra não nasceu por acaso. Fátima Araújo andou seis meses a ouvir e gravar o que pessoas com paralisia cerebral, casos de superação, tinham para dizer. O desafio foi lançado pela IMOA – Clothing for All, de São João da Madeira, que faz roupa inclusiva e que testou o vestuário em utentes da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. Foi quando que se deu o clique: havia histórias que tinham se ser contadas. Fátima Araújo aceitou o convite. Chama-lhe reportagem jornalística e não livro e justifica o nome com os acasos da vida. “Por acaso, todos somos fruto de algum acaso, tenha sido ele mais ou menos feliz. Por acaso essas pessoas são assim, mas por acaso têm a capacidade de se auto-superar e demostram-no diariamente” nos seus projectos profissionais, refere.

O neurocirurgião João Lobo Antunes assina o prefácio. “Estas são cinco histórias sobre quem recusou render-se e é, portanto, um cântico de louvor à vitória sobre o próprio corpo ferido e rebelde, uma luta em que as armas que mais contam são a vontade, a tenacidade – quero dizer a vontade sustentada -, a esperança – no sentido da procura da realização de um objectivo -, e uma inesgotável dieta de amor por parte daqueles que cuidam destas pessoas”, escreve.

Fátima Araújo colocou de lado um discurso derrotista. Há bons exemplos a contar, mas há também aspectos a mudar. A jornalista defende uma “grandiosa reestruturação social para mudar mentalidades, práticas e políticas”.

“Foram dois os objectivos do livro. Por um lado agitar consciências no sentido de dar visibilidade a casos positivos e, por outro, até porque as conversas com os protagonistas do livro discorriam sempre nesse sentido, dar visibilidade àquilo que eles próprios reivindicam, para o que eles acham que é necessário fazer, para o que faz falta aperfeiçoar”. As últimas páginas destinam-se ao que deve ser feito. Mais apoios e respostas sociais, criação de “subsídios dignos” para as famílias, mais cursos de formação para cuidadores e assistentes de pessoas com deficiência e a eliminação de barreiras arquitectónicas são algumas das propostas.

Telas, Camané e Laginha
A Associação do Porto de Paralisia Cerebral e a Federação Portuguesa das Associações com Paralisia Cerebral assinalam hoje o Dia Nacional da Paralisia Cerebral. Os números mostram a realidade desta deficiência que se caracteriza por um conjunto de défices permanentes dos movimentos e da postura provocados por algum distúrbio no encéfalo durante o desenvolvimento do feto ou depois do nascimento. Em Portugal, há mais de 20 mil pessoas com paralisia cerebral e, por ano, surgem 200 novos casos. Mais de 40 por cento têm uma inteligência normal e mais de 45 por cento das crianças dependiam de terceiros para toda a vida, segundo um estudo realizado em 2006.

O livro Por Acaso… é apresentado na Casa da Música pelas 19h00, seguindo-se um concerto de Camané e Mário Laginha. Durante o dia há mais iniciativas espalhadas pelo Porto. Quem passar no largo da Estação da Trindade, entre as 10h30 e as 12h00, é convidado a pintar telas em pessoas com paralisia cerebral para a construção cromática de uma obra de arte viva, num projecto orientado pela artista plástica Suzete Azevedo. No Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral constrói-se um labirinto interactivo com utilização de várias tecnologias, das 10h00 às 12h00. No auditório Horácio Marçal, em Paranhos, passam às 10h30 os documentários IV Campus Artístico e Bola Cá, Bola Lá. O workshop prático de expressões Não aos Sentidos Proibidos tem lugar no Hub do Porto, das 10h00 às 13h00. Pelas 16h30, na praça da Casa da Música, há uma performance em que todos podem participar.

In: Público

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Paralisia infantil não é ter o cérebro parado

As suas infâncias não foram fáceis porque não é fácil ser diferente. Há sempre quem fique a olhar, a cochichar ou a dizer mal mesmo à frente, a achincalhar, a gozar, a chamar nomes, a dar alcunhas, a fazer sofrer. E há que crescer com esse sofrimento. 

No seminário Inclusão-Educação e Autodeterminação, que decorreu no sábado, 28 de Setembro, em Coimbra, promovido pela Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), ouviu-se toda a gente: os técnicos, os decisores políticos, os pais e os filhos, aqueles que sofrem as lesões cerebrais que os impossibilitam de ser como os outros.

E eles contaram as suas histórias. "As crianças são cruéis", dizem com o rosto de quem lembra o que se passou mas que não conta porque todos imaginamos e sabemos como as crianças podem ser. "Os recreios passava-os ao lado da 'contina'", revela Susana Ferreira. Só João Vieira, o único rapaz do grupo de cinco é que diz, satisfeito, que também ele levava puxões de orelhas como os colegas e jogava com os outros.

Alda Matos, doutorada e professora do ensino superior, conta que quando estudava, os colegas do curso de psicologia chegaram a perguntar-lhe se a paralisia cerebral não era ter o cérebro parado. "Se assim fosse eu estava morta!". Não a paralisia cerebral é uma lesão no cérebro e não faz destas pessoas estúpidas ou atrasadas, apenas mais lentas, a fazer as coisas com mais dificuldade, mas fazem, contam Teresa Melo, Paula Matos e Susana Ferreira.

A crueldade das crianças ajudou-os a serem quem são: pessoas fortes. "Eu sou teimosa", diz Paula Matos que faz o mestrado em gerontologia, participou na tuna académica e gosta de ajudar o próximo. "Eu consigo, demoro mais um bocadinho mas faço", afirma Susana Ferreira, que trabalha na área dos seguros. "Eu sou capaz", declara Teresa Melo, formada em História de Arte.

A autodeterminação. Demoram mais tempo a subir para o autocarro, mas sobem sozinhos. Têm dificuldade em cortar uma folha de papel, mas cortam. Custa-lhes verbalizar uma ideia mas fazem-no. "Ainda existe discriminação mas só nós é que podemos mudar as mentalidades. Os nossos exemplos é que nos podem tornar inclusivos", defende Teresa Melo.

Tiveram pais protectores, que os controlavam, que tinham medo de lhes dar liberdade, que os protegiam na tentativa de os proteger, de não os fazer sofrer. Por isso, Alda Matos lembra aos pais que "os filhos têm potencialidades. Se os estiverem sempre a proteger, podem impedir que desenvolvam as suas potencialidades", alerta.

Teresa Melo tem a experiência da maternidade e por isso diz aos pais: "Devem deixá-los lutar, prosseguir o seu percurso, deixá-los ter uma palavra a dizer, a terem autodeterminação".

Uma mensagem que não é só para os pais dos filhos com paralisia cerebral, mas para todos nós.
BW

Publicado por:  Bárbara Wong

quarta-feira, 20 de março de 2013

Há mais casos de paralisia cerebral nas pequenas e nas grandes maternidades

Há cerca de 200 novos casos por ano e 90% chegarão à idade adulta.

Proporcionalmente, há mais casos de paralisia cerebral nas maternidades que fazem poucos partos por ano, mas o risco também aumenta nos blocos de parto de grande dimensão.

Pela primeira vez em Portugal, um relatório, que é nesta quarta-feira apresentado em Lisboa, prova que existe uma associação entre a dimensão das maternidades (volume de partos que fazem) e o número de casos de paralisia cerebral. Em Portugal, surgem cerca de 200 novos casos por ano e 90% chegarão à idade adulta.

“Há uma amplitude crítica da qualidade de cuidados nas maternidades. Abaixo de determinada dimensão [menos de 1500 partos por ano] aumenta o risco porque não é rentável ter profissionais a tempo inteiro e com experiência suficiente. Acima de determinada dimensão [mais de dois mil partos] também começa a subir o risco. É preciso notar, porém, que isto não está associado a problemas ocorridos durante o parto, mas sobretudo ao atendimento ao recém-nascido e à grávida nos últimos dias de gravidez”, explica Daniel Virella, um dos coordenadores deste que é o segundo relatório do Programa Nacional de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral aos 5 anos de Idade.

Tomando como referência a taxa de incidência estimada para recém-nascidos em maternidades com 1500 a 1999 partos anuais, nascer em serviços acima ou abaixo [destes escalões] “aumentou em cerca de 50% o risco de sofrer de paralisia cerebral”, refere o relatório.

A avaliação, que vai ser apresentada na Fundação Gulbenkian, incidiu sobre as crianças nascidas entre 2001 e 2003 com paralisia cerebral e que foram notificadas ao programa: 576 no total. A paralisia cerebral deve-se a uma lesão cerebral, provoca perturbações do movimento e do controle, mas mais de 40% das pessoas com esta condição têm uma inteligência normal, nota o médico.

Dado que o principal factor de risco identificado é a grande e extrema prematuridade (menos de 32 semanas de gestação), compreende-se que as maternidades maiores, que recebem casos mais complicados e gravidezes de risco, tenham uma maior proporção de casos. Daniel Virella defende, a propósito, que a população deveria estar informada para os riscos inerentes a algumas técnicas de procriação medicamente assistida.

Outro problema destacado no relatório: quase um terço (33%) dos casos em que a asfixia perinatal é causa atribuível de paralisia cerebral ocorreram nas maternidades com menos de 1500 partos que, no total, foram responsáveis por pouco mais de um quinto dos nascimentos.

O plano de referenciação materno-infantil deve ser actualizado para se manter a qualidade dos cuidados em Portugal, recomenda o médico, que nota, porém, que “não se deve ser absolutista e entrar numa espiral de concentrações de blocos de parto”.

O relatório traça ainda o retrato das dificuldades que enfrentam as crianças com paralisia cerebral, que sofrem de patologias e défices múltiplos, alguns dos quais podem ser corrigidos. Mais de 30% estavam subnutridas por causa da dificuldade de se alimentarem e serem alimentadas e mais de metade sofriam de défices visuais. O médico lamenta também que a maior parte dos apoios que existem na infância desapareçam na idade adulta. “Não faz sentido andarmos a investir em alta tecnologia e tratamentos extremamente complexos para depois não haver resposta na comunidade”.

In: Público

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Menino com paralisia cerebral dá primeiros passos

Joel Rogers, de 8 anos, é a prova viva que nunca se deve desistir. Este menino britânico, que sofre de paralisia cerebral, deu os seus primeiros passos após um ano de fisioterapia intensiva.

Joel nasceu prematuro, dez semanas antes de completar nove meses, e sofreu uma hemorragia na cabeça que provocou lesões no cérebro originando uma paralisia cerebral.

Porém, há cerca de um ano, tudo mudou: Joel foi submetido a uma operação inovadora, no hospital de Chesterfield, em Inglaterra, que ao cortar as ligações nervosas que provocavam convulsões nas pernas, permitiu que o menino desse os seus primeiros passos.

Em declarações à BBC News, o pequeno Joel conta que a ajuda da fisioterapeuta tem sido essencial para o progresso registado em um ano. “Ela ajudou-me muito, em coisas como dar-me mais força para conseguir fazer aquilo que faço agora”, explica.

Para que a evolução continue a ser possível, o menino realiza sessões de fisioterapia no hospital onde foi operado todas as semanas e quando, chega a casa, tem outros tantos exercícios para fazer.

A mãe do menino, Jodie Rogers, afirma que apesar do “processo ter sido mais intenso do que esperava para toda a família, agora que Joel deu os primeiros passos tudo valeu a pena”, diz à BBC News.

Apesar dos bons indicadores, esta jornada ainda não chegou ao fim: os profissionais de saúde do hospital calculam que sejam precisos mais dois anos de fisioterapia para se puder alcançar melhores resultados.

Porém, Joel mostra-se feliz. Afinal de contas, agora pode já brincar mais com o irmão sem o andarilho, que usou durante oito anos, os atrapalhar.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Associação de Paralisia Cerebral suspende tratamentos

A Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria (APPC-Leiria) suspendeu tratamentos a utentes por falta de verbas, alertou hoje a presidente da instituição, Lúcia Bento.

A responsável assumiu a existência de dívidas à empresa municipal que gere o complexo de piscinas de Leiria, pela utilização do espaço para a realização de hidroterapia a pessoas com paralisia cerebral.

"Ainda tentámos manter o tratamento a alguns dos utentes, mas a situação tornou-se incomportável. A musicoterapia também teve de ser suspensa por falta de dinheiro. Neste momento vivemos uma situação dramática", sublinhou.

A APPC-Leiria possui uma dívida à banca que ronda os 207 mil euros, contraída para a construção do Centro de Reabilitação.

Em falta está também o pagamento a fornecedores na ordem dos 20 mil euros, respeitante à construção, adaptação e aquisição de equipamentos especializados para o Centro de Apoio, que funciona desde outubro de 2010 e teve um custo de 100 mil euros.

"Em face da atual crise financeira que Portugal atravessa, a APPC-Leiria não consegue arranjar apoios suficientes", frisou Lúcia Bento.

A associação possui um acordo com a Segurança Social, que garante parte do tratamento a 100 utentes, mas possui cerca de 400 pessoas inscritas, das quais 50 são consideradas situações urgentes pela instituição, mas que se encontram em lista de espera.

"Estamos a falar de crianças entre os 9 meses e os 10 anos, sendo que 36 são bebés", revelou a presidente da APPC-Leiria.

Lúcia Bento explicou que a angariação de fundos através de campanhas solidárias "tem sido uma aposta contínua", mas "a crise que hoje se vive tem acentuado o desequilíbrio financeiro vivido pela APPC-Leiria".

A próxima iniciativa está marcada para 16 de junho. Designa-se 'Rock in Leiria com as Crianças Especiais' e realiza-se no Centro Cultural Mercado de Sant'Ana.

In: DN online

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Menina com paralisia cerebral vai receber tratamento em Espanha

Conheça a história de um casal a quem um parto complicado trouxe uma menina com paralisia cerebral. Para tentar melhorar as condições de vida da criança, o casal reorganizou as economias e a vida e preparam-se agora para um tratamento que leva mãe e filha para Espanha durante um ano.


In: RTP

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Equipa de hóquei do Benfica ajudou menina de Estremoz

A equipa de hóquei em patins do Benfica associou-se a uma campanha para ajudar uma menina de Estremoz. A menina tem 21 meses e sofre de uma paralisia cerebral que lhe impede a coordenação motora. Os pais querem recorrer a um tratamento inovador em Espanha, mas não têm dinheiro que chegue.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Terapias com células estaminais

Tratamento de Paralisia Cerebral com sangue do cordão umbilical, em contexto autólogo.

Aos 17 meses, Beatriz Góis, uma menina portuguesa com paralisia cerebral, foi submetida a uma terapia com as células estaminais do próprio sangue do cordão umbilical. A mostra de células estaminais estava criopreservada na Bebé Vida desde 2008 e foi utilizada pela Dra. Joanne Kurtzberg na Duke University, nos EUA.

Conversámos com os pais da Beatriz - Sandra Amorim e Ricardo Góis - que nos prestaram esclarecimentos sobre todo o processo que envolveu o tratamento da Beatriz com uma amostra de células estaminais do sangue do cordão umbilical criopreservada no banco privado de criopreservação, Bebé Vida.

Enquanto pais da Beatriz o que vos levou a tomar a decisão de avançar com esta terapia ainda experimental?

R: Quando nos foi apresentado o diagnóstico de paralisia cerebral, foi-nos explicado que o mesmo se traduzia na existência de lesões cerebrais com natureza permanente, dado que, o tecido cerebral não seria susceptível de regeneração. Foi-nos, ainda, explicada a capacidade única que o cérebro humano tem de se adaptar e de alterar a sua organização estrutural em resposta a estimulação nesse sentido, sendo que, a Ana Beatriz era muito pequenina e que a plasticidade cerebral é maior nos primeiros três anos de idade, devíamos apostar na estimulação precoce, uma vez que este era a único meio de eventual aquisição de algumas competências postas em causa devido às lesões sofridas. Face a estas explicações foi esse o caminho que tomámos, através da fisioterapia, estimulação sensorial/cognitiva e terapias psicomotoras.

Quando tivemos conhecimento desta terapia experimental e da possibilidade de através da infusão das próprias células estaminais recolhidas do cordão umbilical se poder conseguir a regeneração do tecido cerebral que foi danificado e depois de termos confirmado que todo o procedimento era seguro, praticamente isento de riscos, não hesitámos em fazê-la.

Como foi o processo de estabelecimento de contactos necessários para que a Beatriz se deslocasse para a Duke University, na Carolina do Norte (EUA)?

R: Tivemos conhecimento da terapia através de uma pesquisa na internet. Após o diagnóstico, tentámos sempre pesquisar novas terapias que pudessem ajudar a Beatriz a atingir mais e melhores competências, proporcionando-lhe uma melhor qualidade de vida. Numa das pesquisas e, considerando que tínhamos feito a preservação das células do cordão umbilical, decidimos juntar estes descritores – paralisia cerebral e células estaminais – e foi assim que tivemos conhecimento do caso do menino Dallas Hextel e da terapia experimental que estava a ser levada a cabo na Duke University.

Após esta descoberta, procurámos o site da Duke e remetemos um e-mail no qual expusemos o caso da Beatriz com algumas informações clínicas e solicitámos informação sobre a possibilidade de nos candidatarmos à referida terapia. Após dois dias tínhamos um e-mail de resposta da própria Dra. Joanne Kurtzberg, que nos solicitava o envio vários relatórios médicos.

A partir deste momento, iniciou-se um processo de comunicação muito célere mediante correio electrónico, remetemos por via postal todos os relatórios solicitados e, passados cinco meses, estávamos a embarcar para os EUA.

Que casos tratados pela Dra. Joanne Kurtzberg já conheciam?

R: Como referimos, o primeiro caso com que tivemos contacto foi o do menino Dallas Hextel, depois na continuação das pesquisas, ficámos a conhecer os casos também surpreendentes da Chloé, Maia e Dylan.

Em que consistiu a terapia? Foi muito dolorosa?

R: A terapia consubstancia um procedimento muito simples, trata-se de uma infusão via intravenosa de um preparado com as células estaminais que tem a duração aproximada de quinze minutos, após o que se segue, a administração também intravenosa de soro durante duas horas.

Uma hora antes do tratamento, é administrado Tylenol e minutos antes da infusão foi administrado Benadryl e esteróides. Pese embora, a Beatriz tenha chorado durante os quinze minutos da infusão, não é um procedimento doloroso.

A terapia vai obrigar a menina a um internamento prolongado?

R: Não, de maneira nenhuma. A terapia é feita em regime de ambulatório, não carece de qualquer internamento, embora nos tivéssemos que deslocar dois dias ao hospital.

No primeiro dia, foi observada por uma enfermeira pediátrica que fez a revisão de todo o historial médico da Beatriz, e depois de verificar o peso, altura, perímetro cefálico, temperatura e pressão arterial, foi feita uma colheita de sangue. Foi-nos, ainda, explicado todo o procedimento relativo à terapia, os eventuais sintomas de alergia à substância na qual se encontram preservadas as células e como se procederia se tal viesse a acontecer e esclarecidas todas as dúvidas que apresentámos. O segundo dia foi o dia da realização da terapia. Após a alta, ficámos com os contactos da enfermeira pediátrica a quem ligámos no dia seguinte dando nota de como a Beatriz tinha passado a noite. Como não se verificou qualquer efeito adverso, nem teve qualquer complicação não foi necessário voltar ao hospital.

A terapia foi realizada no dia 20 de Abril. Já sentem melhorias? Qual o tempo estimado para a análise de resultados?

R: A terapia ainda é muito recente. Conforme nos foi explicado pela Dra. Joanne Kurtzberg, os resultados deverão começar a verificar-se no prazo de seis meses. Estaríamos, no entanto, a mentir se não disséssemos que já vimos algumas evoluções desde então, no entanto, da experiência das demais terapias realizadas, os resultados começarão a verificar-se após seis meses a um ano.

Sabemos que nestes casos, estas terapias são sempre muito onerosas. Os pais tiveram algum apoio?

R: A terapia é, de facto, onerosa. Contudo, não há dinheiro que pague a saúde da nossa filha e a possibilidade de lhe dar uma melhor qualidade de vida. No nosso caso, tivemos a preciosa ajuda da Bebé Vida Sorrisos que patrocinou os custos associados à terapia.

Haveria alguma possibilidade de tratamento desta criança com uma terapia similar se os pais não tivessem criopreservado as suas células estaminais?

R: Das pesquisas que efectuámos soubemos que se estão a realizar terapias similares em Pequim na Beike Biotech com recurso a um banco público, com todos os riscos associados ao facto de não ser uma infusão autóloga.

O que aconteceu depois de decidirem recorrer às células estaminais criopreservadas na Bebé Vida?

R: A Bebé Vida assumiu e realizou de forma muito eficiente e célere todos os procedimentos necessários para o transporte das células para os EUA, assumindo, ainda, todos os custos inerentes. Realizou directamente os necessários contactos com a Dra. Joanne Kurtzberg e duas semanas antes da terapia as células já estavam nos EUA.

O que vos levou a fazer a Criopreservação?

R: Quando decidimos fazer a criopreservação não fazíamos ideia, nem sequer queríamos pensar que alguma coisa de errada iria acontecer durante o parto ou mesmo durante a vida da nossa filha, contudo, dada a potencialidade das células estaminais entendemos que seria uma espécie de seguro de vida, como que o nosso primeiro presente para o futuro da Beatriz.

Caso voltem a ser pais, tencionam fazer novamente a criopreservação?

R: Sem dúvida que sim.

Que conselho dão aos pais que aguardam a chegada de um filho?

R: A Beatriz é a nossa primeira filha e, como todos os pais que aguardam o nascimento de um filho, queríamos e queremos dar-lhe o melhor e proporcionar-lhe todas as possibilidades para que seja uma criança saudável.

Com tudo o que nos aconteceu, concluímos que, por mais que façamos, não conseguimos controlar todos os factores inerentes ao nascimento dos nossos filhos e que, de facto, a saúde não está apenas nas nossas mãos, por isso, hoje em dia, o conselho que damos a todos os pais que aguardam a chegada de um filho é que se munam de todos os meios que estejam ao seu dispor prevendo por vezes um futuro que não é com toda a certeza o desejado mas que tem que estar também nos nossos planos.

A criopreservação das células estaminais do cordão umbilical face às suas grandes potencialidades, muitas delas ainda desconhecidas é, nesta fase, o melhor presente que podemos dar aos nossos filhos.


sábado, 22 de outubro de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Células estaminais ajudam Ana Beatriz

O mundo de Sandra Amorim parou naquela noite de 12 de Dezembro de 2008. Os últimos 29 meses, uma luta constante para minimizar as lesões responsáveis pela paralisia cerebral da Ana Beatriz. A última levou a família até à Universidade de Duke, nos EUA, onde a bebé foi submetida a duas infusões das células estaminais, colhidas à nascença do cordão umbilical. 

Ana Beatriz nasceu em morte aparente, teve uma asfixia grave e uma paragem cardíaca, provocada por uma circular do cordão umbilical. “Durante 15 dias, os médicos nem sequer deram qualquer esperança de vida”, contou Sandra Amorim ao JN.

A pequena Ana deu o primeiro sinal e sobreviveu a todos os diagnósticos que preveniram os pais para a falta de autonomia, a impossibilidade de viver sem ventilação, para a cegueira e para a surdez. “Hoje, a Ana Beatriz vê bem, ouve bem, não é dependente”, explicou Sandra Amorim. Resultado de muito trabalho e do espantoso curso da natureza. “Os neurologistas falam da plasticidade cerebral e da capacidade do cérebro para compensar as áreas afectadas com novas ligações”, diz. 

Aparentemente, as capacidades cognitivas não foram afectadas. Apesar de não falar, Ana Beatriz percebe tudo o que lhe é dito, tem capacidade de interacção, consegue identificar animais, sons e até figuras geométricas.

As duas infusões de células estaminais, colhidas à nascença, que recebeu nos EUA ao abrigo de uma terapia experimental na Universidade de Duke – , em Abril do ano passado e em Janeiro último – , aliviaram a rigidez muscular que não deixava, por exemplo, que a Ana Beatriz dobrasse as pernas e os braços ou que segurasse a cabeça e o tronco. “Sentimos que houve mais progressos em menos tempo”, contabiliza Sandra Amorim. “Depois das infusões, os músculos ficaram muito mais perto do normal”.

Marika Antunes, médica imuno-hemoterapeuta do Hospital de Santo António, no Porto, e num laboratório de criopreservação de células estaminais, explicou ao JN que actualmente há uma indicação clássica para as células criopreservadas: podem ser utilizadas no tratamento de doenças onco-hematológicas de familiares, havendo 25% de compatibilidade no caso de irmãos.

A título experimental, estão a ser testadas outras utilizações das células estaminais no próprio, como é o caso da Ana Beatriz. Apesar das complicações na altura do parto, os médicos fizeram a colheita para a criopreservação das células, agora utilizou nas duas vezes que viajou até aos Estados Unidos para integrar o ensaio coordenado pela investigadora Joanne Kurtzberg.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

“O meu desejo era que ele falasse”

Com apenas dois dias de vida, Ricardo foi vítima de uma meningite que lhe provocou uma paralisia cerebral. O menino de dez anos, residente em Santo Tirso, luta desde que nasceu para conseguir andar e falar, com a ajuda dos pais e de terapeutas. Mas o intenso trabalho feito até agora pode cair por terra por falta de dinheiro para pagar os tratamentos.

"São cerca de 500 euros por mês que gastámos com os tratamentos do Ricardo, que graças às terapias conseguiu melhorar muito. Só para a terapia da fala, por exemplo, temos de gastar 300 euros mensais. Até agora temos conseguido assumir as despesas, com algumas ajudas, mas o meu marido ganha apenas 500 euros e precisamos de mais apoio", disse ao CM Madalena Abreu, mãe de Ricardo.

Há três meses, quando os tratamentos de Ricardo estavam ameaçados por falta de dinheiro, Madalena fez publicamente um pedido de ajuda. Lançou panfletos a explicar a doença do filho, que foram colocados em cafés e lojas, das áreas de Santo Tirso e Famalicão. Gerou-se uma onda de solidariedade que levou um clube de automóveis local a organizar um encontrou de carros tuning, cujas receitas revertem a favor de Ricardo.

"Na altura, se não fossem essas ajudas, os tratamentos do meu filho iam ser interrompidos. Foi um apoio precioso, mas os tratamentos têm de continuar e o dinheiro continua a ser pouco", disse ao CM Madalena Abreu. Desde que começou as intensivas terapias, Ricardo melhorou e já consegue andar pelo próprio pé, mas ainda não consegue formular palavras. Está no quarto ano de escolaridade, mas ainda não consegue escreve sem um computador. "O meu maior desejo era que ele conseguisse falar. Que conseguisse aproximar-se da independência. Mas para isso precisamos de instrumentos caros e de muita terapia", concluiu a mãe de Ricardo. 

Pode visualizar o vídeo em:


domingo, 16 de janeiro de 2011

Portador de paralisia cerebral apresenta livro que escreveu com os pés

Nuno Meireles, portador de paralisia cerebral, está a concluir um mestrado em sociologia e apresenta hoje um romance que escreveu com os dedos dos pés.

"O mestrado [na Faculdade de Letras da Universidade do Porto] e o livro são a concretização de sonhos antigos. Foram desafios que venci", afirmou à Lusa, Nuno Meireles, portador de paralisia cerebral, que apresenta hoje um romance que escreveu com os dedos dos pés.

Um problema no parto transmitiu a Nuno Meireles, de 34 anos, uma deficiência física profunda que o impede de escrever com as mãos. Apesar das limitações físicas, desde criança manifestou a sua inteligência e o seu inconformismo, desenvolvendo a faculdade de usar os pés para escrever.

Inicialmente, aprendeu a usar um lápis ou uma esferográfica para obter bons resultados. Mais tarde, adaptou-se ao teclado de uma máquina de escrever, que chegou a usar na escola primária, evoluindo depois para o computador.

Actualmente, sentado numa cadeira de rodas, utiliza o computador para estudar e comunicar com os amigos através da Internet, compensando as limitações de mobilidade.

O gosto pela leitura levou-o a escrever o seu primeiro livro em 2007, uma autobiografia intitulada "A Vida e eu".

"Eu sempre gostei de ler e escrever. Depois de escrever o primeiro, não queria ficar por aí", disse à Lusa, referindo-se ao segundo livro, um romance com mais de 400 páginas, escrito ao longo de um ano, intitulado "Duas vidas. Um destino". "É a história de duas pessoas, uma de classe mais pobre e outra de classe mais abastada", explicou.

"Se tem asas para voar que voe até ao infinito"

O percurso de vida e o inconformismo de Nuno Meireles manifestam-se também na licenciatura em engenharia informática concluída em 2007 no Politécnico do Porto. "Se tem asas para voar que voe até ao infinito", comentou à Lusa a mãe do Nuno, que o acompanha em quase tudo.

"Passou muitas noites sem dormir e sempre o acompanhei nesses momentos", afirmou Rosa Maria Meireles. Ao lado do filho, que a ouvia atentamente, foi dizendo que "cada degrau que vai passando vai-se sentindo enriquecida". "O meu filho foi sempre um lutador. Atendendo às dificuldades do Nuno, a felicidade quando se licenciou foi maior", acrescentou.

Nuno Meireles fala com muita dificuldade devido à paralisia cerebral que sofreu à nascença. As suas palavras são de difícil compreensão mas o seu olhar e o sorriso são expressivos.

Com esforço, disse à Lusa que a sua licenciatura exigiu "muita dedicação". "Foi complicado, mas já está", comentou com uma expressão de felicidade.

Apesar da sua formação académica, não tem sido possível encontrar emprego. As promessas têm surgido, mas nenhuma até hoje foi concretizada.
Pode visualizar o vídeo em: 

sábado, 18 de dezembro de 2010

Iara pede ajuda para ir a Cuba

Quem olha para o sorriso da pequena Iara Santos, de três anos, não adivinha o problema que carrega. Portadora de paralisia cerebral, com tetraparesia espástica, associada a epilepsia, não tem controlo de tronco nem membros e luta todos os dias para ser uma menina igual a todas as outras. Sónia Freire, a jovem mãe de 26 anos, batalha sem parar em busca do sonho de tornar Iara mais autónoma.

Iniciou uma campanha de angariação de fundos, com uma esperança: levar a filha à Clínica de Fisioterapia Cires, em Cuba. Com os donativos que já conseguiu – 13 mil euros – marcou viagem para Janeiro. Mas este será só o início de uma longa jornada.

"Sei que ela nunca vai poder andar a correr e a saltar. Só quero que a minha princesa tenha o mínimo de autonomia e qualidade de vida", confessa Sónia.

Sónia, que trabalha num supermercado, vive com Iara num apartamento alugado, na Gafanha de Aquém, em Ílhavo. E o dinheiro não chega para o tratamento. "Conheço casos que tiveram muito sucesso em Cuba. Não vou baixar os braços até que a Iara recupere", garante. A conta com o NIB 0010 0000 4100 4190 00131 1, em nome de Iara, foi criada para todos os que quiserem contribuir.

Universidade do Minho entrega 2ª feira os brinquedos adaptados a crianças com paralisia cerebral

Brinquedos adaptados pela Universidade do Minho vão ser entregues às crianças com paralisia cerebral, no dia 20 pelas 14:30.

Na sequência da adaptação de brinquedos realizada no Laboratório de Automação e Robótica (LAR) da Universidade do Minho em Guimarães, para que estes possam ser usados por crianças com paralisia cerebral, informa-se que estes brinquedos serão entregues em várias instituições, as quais foram seleccionadas pelo portal AJUDAS.COM.

Assim, alguns brinquedos serão enviados para Lisboa para serem entregues directamente pelo AJUDAS.COM, outros serão enviados para Vila Real, e os restantes serão entregues na instituição:

IRIS – Instituto de Reabilitação e Integração Social

Lugar da Agrinha - Nogueira

Apartado 187

4711-911 Braga

Os brinquedos para esta última instituição em Braga, serão distribuidos pelos elementos da Universidade do Minho que fizeram as adaptações, em mão e directamente às crianças, numa pequena cerimónia no próximo dia 20 (segunda-feira) pelas 14:30.

A entrega destes brinquedos é sempre um momento alto e de forte emoção, não apenas pela alegria das crianças ao receber um brinquedo com o qual podem brincar, mas também pela alegria por parte dos alunos voluntários ao entregar um pouco do seu trabalho e da sua dedicação.

Nesta época Natalícia, sabe sempre bem ajudar o próximo, e sabe melhor quando sentimos que contribuimos para a alegria de alguém, utilizando aquilo que aprendemos e onde somos especialistas. É esse o verdadeiro espírito de Natal.

A adaptação de brinquedos

Movidos pelo espírito natalício, o LAR (integrado no Grupo de Controlo, Automação e Robótica do Centro Algoritmi da Escola de Engenharia da Universidade do Minho), volta a associar-se ao AJUDAS.COM e organiza mais uma sessão de adaptação de brinquedos, com os alunos voluntários do Departamento de Electrónica Industrial, no sentido de adaptar o accionamento de cada brinquedo.

Esta operação de adaptação que é simples na maioria dos brinquedos, cresce de dificuldade no caso de brinquedos mais elaborados. É contudo, a única forma de se criar um método universal para crianças com e sem deficiências possam utilizar o mesmo brinquedo.

A alegria que tem sido manifestada nos anos anteriores pelos alunos que se voluntariam é contagiante, e o espírito Natalício que se gera é reconfortante. O Laboratório é preparado, os diversos robôs afastados para os cantos, mesas colocadas em posição e aí começa toda a acção. Cada adaptação é feita com carinho, e a animosidade que se atinge, de entre ferros de soldar a alicates, tesouras a chaves de fenda, que vão passando de mão em mão consoante as necessidades, faz lembrar a verdadeira imagem que se retém do trabalho dos duendes na loja do Pai Natal.

O AJUDAS.COM e o LAR (Laboratório de Automação e Robótica) agradecem a todas as entidades envolvidas, nomeadamente à CONCENTRA pela cedência dos brinquedos, e à empresa SAR pela cedência de equipamento electrónico para que estas adaptações sejam possíveis.

Acerca do Portal Ajudas.com

O Portal AJUDAS.COM é um projecto de Responsabilidade Social da Handout Lda., que se dedica à temática da reabilitação e ajudas técnicas para pessoas com deficiência. Entre outras iniciativas, recebe brinquedos da CONCENTRA, para oferecer a crianças com deficit cognitivo ou motor, depois de devidamente adaptados. Esta iniciativa realiza-se pela sexta vez e é direccionada a crianças com diferentes níveis de necessidade e/ou deficiências.

Acerca do L.A.R. – Laboratório de Automação e Robótica

Este laboratório (integrado no Grupo de Controlo, Automação e Robótica do Departamento de Electrónica Industrial, do Centro Algoritmi, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho), desenvolve projectos de robótica móvel e autónoma, construindo protótipos físicos com o respectivo software, para as mais variadas aplicações. Participa activamento em competições de robótica nacionais e internacionais, como o RoboCup, o Robótica, o EuroBot, e organiza também vários eventos, como a RoboParty, o ROBOTICA, algumas ligas do RoboCup, etc. Para mais informação: http://www.minho.pro/

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Paralisia cerebral afectas crianças portuguesas

A paralisia cerebral afecta duas em cada mil crianças e pode surgir no nascimento, após o nascimento e até aos cinco anos de idade.
 
 
 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Paralisia não trava sonho

A única atleta com paralisia cerebral a competir em campeonatos do Mundo de canoagem adaptada é portuguesa. A modalidade apaixonou Carla Ferreira há quatro anos e desde então que pratica no Clube Atlético do Montijo. 
 
Foi em Maio de 2006 que o treinador Ivo Quendera lhe apresentou a canoagem. A falta de controlo do corpo não impede a actividade. Antes pelo contrário. Ajuda a atleta de 39 anos a ter mais equilíbrio. As incapacidades motoras diminuíram ao ponto de começar a andar e a comer sozinha. "A minha maior barreira é a fala e agora já consigo falar melhor", diz, radiante, Carla Ferreira, que só por precaução ainda não dispensou o andarilho.

A canoagem impulsionou até uma transformação pessoal. "Eu fechava-me muito. Tinha vergonha de ir para a rua e ver outras pessoas. Tinha medo de sair de casa", confessou ao JN, considerando ser agora uma pessoa mais sociável.

A medalha de campeã nacional é exibida com orgulho. Contudo, é do campeonato do Mundo, que decorreu na Polónia, que Carla mais fala, mas com mágoa por ter sido obrigada a aventurar-se sozinha. Alcançou o sexto lugar e bateu o seu melhor tempo, mesmo sem o apoio do treinador.

A atleta, que semanalmente treina natação e marcha, sonha agora com a participação ainda em aberto nos Jogos Paralímpicos Londres 2012. "Se para o ano não tiver apoio, se o Ivo, que é o meu treinador, não me acompanhar, vou desistir da competição", frisa, garantindo porém que não vai parar. "Eu nunca estou cansada. Vou continuar na canoagem, na natação e no mergulho, porque o mar para mim é tudo", enaltece, frisando que é dentro de água que menos sente problemas de mobilidade.

Foi esta coragem e determinação para quebrar barreiras que serviu de inspiração ao modelo brasileiro Fernando Fernandes, que depois de ter ficado paraplégico em Julho de 2009 e ter visto vários vídeos de Carla Ferreira, ingressou na canoagem adaptada e sagrou-se campeão do Mundo da modalidade. 
 
In: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Gente/Interior.aspx?content_id=1711858

terça-feira, 26 de outubro de 2010

As Jornadas Técnicas de Madrid reflectiram sobre as etapas vitais na paralisia cerebral

As Jornadas Técnicas 2010 centraram a sua análise "na transição das diferentes idades e etapas evolutivas na Paralisia Cerebral".

A Confederação ASPACE celebrou nos passados dias 21 e 22 de Outubro as Jornadas Técnicas 2010 na sede da Fundação ONCE, em Madrid.

Este ano, as Jornadas pretenderam ser um espaço de reflexão em torno “da transição das diferentes idades e etapas evolutivas na Paralisia Cerebral”.

A sessão formativa foi inaugurada pelo director geral de Fundação ONCE, Luis Crespo e pelo presidente da Confederação ASPACE, Jaume Marí.

O evento perfilou-se como um lugar onde os profissionais partilharam novas técnicas e perspectivas para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com paralisia cerebral. Nesse sentido, focaram-se na importância de abordar a intervenção segundo o estádio evolutivo da pessoa com paralisia cerebral. 

Foram estruturados 3 blocos: o primeiro, que abordou as Generalidades sobre as diferentes etapas evolutivas; o segundo, que tratou dos Novos enfoques de actuação nos serviços ASPACE para cada etapa evolutiva; e por último, a Transição à etapa da velhice na paralisia cerebral.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pedido de Ajuda para o pequeno Leo

Durante uma das minhas "viagens" pela net encontrei este pedido de um pai e que decidi partilhar com todos vocês...Deixo o endereço da página de facebook, onde podem consultar comprovativos e um vídeo sobre o pequeno Leo...


http://www.facebook.com/Markmacs


 Meus caros amigos:


O meu nome é Marco, tenho 26 anos e como é do conhecimento de alguns de vocês eu tenho dois filhotes em que um deles(o mais velho de 6 anos) é uma criança com uma doença crónica derivado a negligência médica(Paralesia Cerebral Motora Espástica).

Há 6 anos atrás no dia 20 de Setembro de 2004 no Hospital nascera um bébe muito lindo chamado Leonardo que foi muito desejado. Primeiro filho....primeiras esperanças.....que rapidamente foram destruidas por uma doença que iria seguir o Leonardo pela vida fora. Ao saber desse má noticia o Mundo desabou sobre os nossos pés deixando-nos sem força até para viver.

"Se realmente é fácil ver o sofrimento nos olhos dos nossos filhos???? NÃO....É MUITO DIFICIL. E DÓI BASTANTE"

Mas como o amor por ele é maior que qualquer doença, nunca desistimos de lutar para lhe podermos dar uma vida digna de uma criança. Correr;saltar;sorrir e sobretudo brincar é o desejo de qualquer criança e qualquer pai que ame o seu filho faria tudo para lhe tornar feliz e dar-lhe tudo isto.

Pensando que isso seria impossivel já começava a desistir até que através de pesquisas da net consegui descobrir um neuro-cirurgião que garantiu trazer uma vida indepedentente ao Leo.

Felizmente há uma operação que poderá fazer esse milagre, mas infelizmente também tem o seu lado negativo...

O custo da operação é de 18.0000 euros, mas como sou funcionário Público tenho A.D.S.E. que comparticipa com 80 % desse valor... ou seja... 18.0000/80%= 14.600 euros

Com esta "ajuda" resta pagar 20 %... que será uma quantia de 3600 euros. Infelizmente sou so eu a trabalhar e como devem imaginar não tenho dinheiro para pagar este dinheiro todo, por mais que tente.

Venho por este meio pedir a vossa boa vontade para me poderem ajudar com o que puderem. Seja muito ou pouco é sempre bem vindo. Futuramente irei publicar o comprovativo de operação que será realizar no dia 14 de Outubro, caso tenha o dinheiro todo.

Caso tenham mais duvidas, nao exitem em mandar mensagem que irei responder a todos e desde já agradeço que tenham tido o respeito de ter lido este email.

Ajudem-me porque todos juntos conseguiremos fazer o meu filho certamente mais feliz. Com contactos darei o N.I.B. da conta do Leonardo e agradeço vos a todos do fundo do coração. Bem haja para todos


Leonardo Rafael Jorge de Sousa

Caixa geral de Depósitos

NIB: 003506730007034980021