quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Universidade do Minho cria plataforma web para prevenir doenças neurocognitivas

Investigadores da Escola de Psicologia da Universidade do Minho criaram uma plataforma na internet com perto de um milhar de exercícios, capaz de estimular o cérebro de forma a evitar o aparecimento ou a progressão de doenças neurocognitivas.

Segundo fonte da Universidade do Minho (UMinho), aquela plataforma, "grátis e pioneira em Portugal", já foi testada por meia centena de pessoas com défices neuropsicológicos associados a uma variedade de doenças neurológicas e psiquiátricas, que registaram "melhorias em termos cognitivos e cerebrais" em apenas três meses.

A utilização da plataforma obedece a recomendação de um especialista, após o que são criados o nome de utilizador e a respetiva "password" (palavra-chave) para o paciente, devidamente associado a uma instituição clínica.

O problema diagnosticado determinará o tipo de exercício a desenvolver, como treinos de memória, lógica, concentração e funções executivas, entre outros, com o objetivo de exercitar o cérebro, como se de um músculo se tratasse.

"São cerca de mil exercícios cognitivos capazes de estimular as zonas do cérebro associadas ao surgimento do AVC, da esclerose múltipla ou do Alzheimer, doenças neurológicas que atingem milhões de pessoas em todo o mundo", acrescentou a fonte.

Além disso, a plataforma está também direcionada para a intervenção em perturbações do neurodesenvovimento, como o Síndrome de Williams.

O doente é avaliado consoante o tempo despendido por sessão e o número de erros, acertos e tentativas de realização.

Quando a performance é tida como satisfatória, aumenta-se o nível de dificuldade.

Os exercícios, geridos pelo clínico, poderão ser realizados em contexto de terapia, em casa com a ajuda de familiares ou, até, a sós.

Para já, o instrumento está a ser aplicado em pacientes do Laboratório de Neuropsicofisiologia e dos hospitais de Braga, Covões (Coimbra) e Magalhães Lemos (Matosinhos).

A longo prazo, a plataforma pode também ser encarada "como estratégia de prevenção para um envelhecimento mais saudável ou, então, ser implementada em contexto escolar para colmatar o défice de atenção, considerado como uma das principais causas de insucesso escolar".

In: JN

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