quarta-feira, 30 de março de 2011

Ministra afirma que política inclusiva levou a bons resultados de alunos menos favorecidos

De acordo com os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) 2009, hoje apresentados em Lisboa, Portugal é o sexto país onde o sistema educativo compensa melhor as assimetrias socioeconómicas, estando a diminuir as diferenças entre alunos com melhores e piores desempenhos.

"Os resultados do PISA levaram-nos a concluir que avançámos muito, que os resultados nas várias áreas avaliadas subiram significativamente", afirmou Isabel Alçada, à margem da apresentação dos resultados do estudo.

Mas mais do que os resultados, a ministra enalteceu "a política de inclusão e de atenção a todos os alunos e aos que têm circunstâncias de menos favorecimento decorrentes da sua origem social", que considera ter compensando essa desigualdade.

"De facto, os alunos de meios socialmente menos favorecidos são considerados no estudo especialmente resilientes, e este conceito de resiliência tem a ver com a constatação de que há muitos alunos que à partida tendo uma origem social menos vantajosa do que outros revelam resultados nos níveis mais positivos", sublinhou.

O representante português no comité do PISA, Pinto Ferreira, também destacou que "a escola portuguesa, para além de ter melhorado em termos de qualidade, melhorou substancialmente em termos de equidade".

"Estão a diminuir as diferenças entre os alunos com melhores desempenhos e os alunos com piores desempenhos, o que é muito importante", garantiu.

Segundo Pinto Ferreira, a OCDE define um índice relacionado com o estatuto socioeconómico e cultural dos alunos.

"O que é interessante é que em Portugal esse índice tem um pequeno impacto. Nós temos alunos com um estatuto socioeconómico e cultural muito débil e com resultados muito bons", observou.

Os resultados do PISA 2009 revelam que Portugal é o sexto país cujo sistema educativo melhor compensa as assimetrias socioeconómicas e que é um dos países com maior percentagem de alunos de famílias desfavorecidas que atingem excelentes níveis de desempenho em leitura.

In: EDUCARE

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