domingo, 16 de março de 2014

Jogar à forca e fazer rimas ajuda crianças com dislexia

Brincadeiras como o jogo da forca, procurar letras, sílabas e palavras em revistas, ou fazer rimas, ajudam as crianças a ultrapassar problemas de dislexia, defende o especialista em apoio terapêutico-pedagógico Renato Paiva, em livro a lançar na quinta-feira.

Da mesma forma, cantigas e lengalengas com números ou jogos de tabuleiro, como o "Monopólio", são considerados "essenciais" para crianças com dificuldades em matemática.

No livro "O Segredo para Alcançar o Sucesso na Escola", o autor desafia os pais a espalharem espuma de barbear numa mesa e pedirem aos filhos para desenharem sílabas ou letras.

Ao professor, recomenda que em vez de salientar que o aluno cometeu 14 erros, realce antes que escreveu corretamente 76 palavras.

Para uma criança hiperativa, o especialista recomenda aos professores que lhe atribuam tarefas curtas e que trabalhem matérias mais difíceis de manhã, quando o aluno está mais concentrado.

Renato Paiva sublinha também a importância de elogiar os momentos em que a criança com um problema de atenção consegue estar atenta, "evitando chamar a sua atenção sempre que está desconcentrada". Esta técnica revela-se "uma ótima mais-valia", considera.

O autor preconiza ainda exercícios de treino da respiração que ajudam os alunos a conseguir uma maior concentração nos testes.

O livro, dirigido a estudantes, pais e professores, é lançado na próxima semana pela Esfera dos Livros.

A obra aborda problemas de dislexia, erros de ortografia, dificuldades nos cálculos matemáticos, pouca atenção nas aulas, bem como falta de confiança e motivação.

As questões de organização e as relações entre professores e alunos, os bloqueios que alguns apresentam perante os testes ou na relação com os colegas integram o texto, que contém dicas e conselhos ao longo de 300 páginas.

"Não há fórmulas, nem pilulas mágicas que resolvam estas dificuldades. No entanto, há estratégias que podem servir de orientação e suporte aos pais que querem apoiar os filhos", escreve Renato Paiva.

In: DN online

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