sábado, 24 de abril de 2010

Jogos Paradaptados apostam na inclusão social

Primeira edição do evento que junta pessoas portadoras de deficiência decorreu na ilha de São Miguel. Escola dos Arrifes e Núcleo de Educação Especial juntaram esforços na organização.

Meia centena de atletas corporizaram a primeira edição dos Jogos Paradaptados, evento que juntou desporto e convívio no pavilhão da escola preparatória de Arrifes, São Miguel. Ao longo de toda a quinta-feira, dia 22, atletas de todas as idades mostraram que a prática desportiva não é apenas para aqueles que não possuem qualquer tipo de deficiência.

O boccia, o ciclismo ou até a natação foram algumas das modalidades disputadas pelas cinco dezenas de atletas em representação de seis instituições da ilha de São Miguel que trabalham com pessoas portadoras de deficiência. A iniciativa, inédita nos Açores, mereceu o apoio do governo regional que se fez representar pelo director regional do Desporto, António Gomes.

Aquele governante presidiu à cerimónia de abertura e manifestou o seu agrado pela organização. «Saúdo a iniciativa da escola de Arrifes que mostra que as escolas estão preocupadas com o processo sócio-educativo. Se queremos um espírito de inclusão e de integração na sociedade, esta iniciativa é disso prova», salientou.

O director regional do Desporto vincou que a «prática desportiva melhora a qualidade de vida da população» e desejou que iniciativas como esta «encontrem cada vez mais eco em outras escolas dos Açores porque estes atletas merecem uma palavra de afirmação».

Dentro das suas limitações físicas os atletas deram o melhor de si nas modalidades praticadas, pouco preocupados com a obtenção de resultados mas vibrando de forma intensa com cada desempenho, não escondendo a alegria e o prazer que os invadia em momentos de superação.

A primeira edição dos Jogos Paradaptados cumpriu os objectivos e deverá conhecer outras realizações no futuro. Por agora, o lema «força de vencer» foi de encontro ao «empenho dos cidadãos que dedicam tempo àqueles que necessitam de apoios especiais», como referiu Mário Medeiros, coordenador do Núcleo de Educação Especial.

Os objectivos dos jogos foram resumidos assim: «Pretende-se destes e dos jogos futuros consolidar o propósito de que todo e qualquer cidadão, com ou sem necessidades especiais, deve ter um desenvolvimento harmonioso, integrado e de forma plena», disse.


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