quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mais alto que as palavras

Livro escrito na primeira pessoa, relata a experiência de uma mãe que numa manhã, (que começa como tantas outras, mas que permanecerá na memória como uma manhã que mudará a vida) se depara com um ataque convulsivo do seu filho Evan, então com 2 anos. Situação que desencadeia a visitas a hospitais até ao confronto de um diagnóstico. Este, representou o início de uma descoberta permanente de terapias, tratamentos e dietas. Esta mãe, que mais do que chorar pelo sucedido aceita a pessoa que era e aprende a não odiar o mundo por aquilo que podia ter sido (pg. 151). Uma mãe que viaja no mundo do autismo, expectante em procura permanente de respostas e de possibilidades futuras acerca das questões da debilidade imunitária do autismo. "Mais alto do que as palavras” representa a procura incessante de encontrar uma janela possível, onde o amor é mais do que traduzi-lo em linguagem verbal ...

Este livro apresenta ainda um prefácio de Cristina Sales, directora do Centro Avançado de Diagnóstico Funcional e termina com orientações aos pais com indicações de terapias e tratamentos, apresentando contactos e serviços em Portugal, bem como a "Carta para as Pessoas com Autismo".

Aproveitando uma citação do livro (pg123) “… existe um lugar especial no céu para as mães de crianças autistas”, refiro que sobre esta citação, não sei afirmar a existência desse lugar, mas posso constatar que na terra existem mães que já têm um lugar especial pela viagem e lição de vida que aprendemos diariamente com a sua força, quase sobrenatural de terem que encarar uma sociedade que ainda é pouco tolerante face às diferenças. Eu tenho o prazer de conhecer algumas dessas mães que nos ensinam diariamente o muito que temos ainda de aprender e o significado de viver um dia de cada vez. Agora que as minhas funções profissionais mudaram, mais tenho ainda que a elas dirigir o meu sincero obrigada.

Por: EC

3 comentários:

  1. :) Ainda bem q gostaste. Obrigada pela partilha!

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  2. De facto... mães/mulheres coragem... mães de certo escolhidas a dedo para serem mães destes meninos... outras não poderiam ser.

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  3. De nada Elvira :)

    Obrigado pelo comentário Sandra...Abraço

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