O Eritema Infeccioso também denominado megaloeritema, quinta doença ou doença do palhaço é uma infecção vírica benigna em crianças saudáveis, causada pelo parvovírus humano B19.
É uma doença comum. Ocorre mais frequentemente na Primavera e muitas vezes aparece na forma de surtos/epidemias nas crianças em idade escolar.
O vírus é transmitido por secreções respiratórias e por transfusões de produtos de sangue.
Muitas vezes a única queixa é o exantema (erupção cutânea), noutros casos a doença começa com sintomas inespecíficos como mal-estar, náuseas, mialgias (dores musculares), dor de cabeça ou febre. Dois a sete dias mais tarde aparece um exantema de cor vermelha vivo numa bochecha ou em ambas (sinal da bofetada). Este eritema facial geralmente é seguido por uma erupção também eritematosa, maculopapular (para além da mancha - mácula - também há elevação da lesão - pápula) na pele do tronco com extensão para os membros.
Na altura em que a erupção aparece, a virémia (vírus em circulação no sangue) desaparece, pelo que a criança já se sente melhor. Nesta fase as crianças deixam de ser contagiosas.
O eritema da face regride em 1 a 4 dias, mas as restantes lesões permanecem visíveis de 7 a 40 dias e neste período podem reaparecer ou agravar com a exposição ao sol, o exercício, o banho ou a fricção.
O diagnóstico do eritema infeccioso é clínico, não sendo necessários exames laboratoriais.
Não há tratamento específico. Deve-se assegurar uma hidratação adequada e medicar com antipirético se a criança está febril.
O prognóstico desta doença, em crianças saudáveis, é excelente. Crianças com anemias hemolíticas constitucionais crónicas (anemia falciforme, esferocitose e talassémias) ou imunodeficiências podem desenvolver uma crise aplásica (disfunção da medula óssea com diminuição da produção dos componentes sanguíneos - glóbulos rubros, glóbulos brancos e/ou plaquetas) transitória.
O parvovírus B19 não é teratogénico (ou seja, não é causa de malformações no feto) mas esta infecção nas mulheres grávidas, em raros casos, pode levar à morte fetal por hidropsia fetal.
Para reduzir a transmissão desta doença deve ser praticada uma boa lavagem das mãos.
A exclusão das crianças afectadas da escola não é recomendada porque as crianças não são contagiosas na altura em que a erupção está presente.
Por: Ângela Oliveira, com a colaboração de Carla Moreira, Pediatra do Serviço de Pediatria do Hospital de São Marcos, Braga
É uma doença comum. Ocorre mais frequentemente na Primavera e muitas vezes aparece na forma de surtos/epidemias nas crianças em idade escolar.
O vírus é transmitido por secreções respiratórias e por transfusões de produtos de sangue.
Muitas vezes a única queixa é o exantema (erupção cutânea), noutros casos a doença começa com sintomas inespecíficos como mal-estar, náuseas, mialgias (dores musculares), dor de cabeça ou febre. Dois a sete dias mais tarde aparece um exantema de cor vermelha vivo numa bochecha ou em ambas (sinal da bofetada). Este eritema facial geralmente é seguido por uma erupção também eritematosa, maculopapular (para além da mancha - mácula - também há elevação da lesão - pápula) na pele do tronco com extensão para os membros.
Na altura em que a erupção aparece, a virémia (vírus em circulação no sangue) desaparece, pelo que a criança já se sente melhor. Nesta fase as crianças deixam de ser contagiosas.
O eritema da face regride em 1 a 4 dias, mas as restantes lesões permanecem visíveis de 7 a 40 dias e neste período podem reaparecer ou agravar com a exposição ao sol, o exercício, o banho ou a fricção.
O diagnóstico do eritema infeccioso é clínico, não sendo necessários exames laboratoriais.
Não há tratamento específico. Deve-se assegurar uma hidratação adequada e medicar com antipirético se a criança está febril.
O prognóstico desta doença, em crianças saudáveis, é excelente. Crianças com anemias hemolíticas constitucionais crónicas (anemia falciforme, esferocitose e talassémias) ou imunodeficiências podem desenvolver uma crise aplásica (disfunção da medula óssea com diminuição da produção dos componentes sanguíneos - glóbulos rubros, glóbulos brancos e/ou plaquetas) transitória.
O parvovírus B19 não é teratogénico (ou seja, não é causa de malformações no feto) mas esta infecção nas mulheres grávidas, em raros casos, pode levar à morte fetal por hidropsia fetal.
Para reduzir a transmissão desta doença deve ser praticada uma boa lavagem das mãos.
A exclusão das crianças afectadas da escola não é recomendada porque as crianças não são contagiosas na altura em que a erupção está presente.
Por: Ângela Oliveira, com a colaboração de Carla Moreira, Pediatra do Serviço de Pediatria do Hospital de São Marcos, Braga
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