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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Crianças hiperactivas são cada vez mais - Reportagem RTP
Há cada vez mais crianças com hiperactividade e défice de atenção. Os pediatras recorrem a um fármaco para tentar reduzir as consequências do problema e garantem que o medicamento não cria habituação.
Repetem-se notícias e reportagens sobre o suposto aumento deste tipo de perturbações nas crianças... Fico sempre na duvida se se trata na realidade de um aumento (que importaria estudar mais a fundo), ou se este tem a sua base na maior atenção que se dá hoje a estas problematicas, talvez até valorizando-as em demasia, sinalizando qualquer criança mais "activa" e menos controlável em hiperactiva! De uma coisa não parecem haver duvidas - os comportamentos e posturas das crianças e jovens de hoje em pouco se assemelham aos do passado, parecem de facto muito mais "nervosos" e agitados, vê-se um numero maior de desinteressados pelos assuntos da escola, uma desresponsabilização em executar tarefas de ajuda aos pais em casa, um senso relativo a questões de dinheiro e exigencias muito pobre, um não conhecimento dos limites, e tantas outras situações que se podem enumerar... Sei que existem vários factores que para tal contribuem, mas a minha preocupação não é tanto o porquê tudo mudou, na verdade "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades... todo o mundo é composto de mudança" - o que me preocupa é pensar que esta mudança terá os seus efeitos... e pergunto-me sempre como virão a ser em adultos e em que sociedade irá estar o meu filho inserido no futuro?
Esta será a problemática que irei abordar na tese, que em breve começarei, daí tomar a liberdade de tentar responder a algumas das questões que aqui coloca e que são bastante pertinentes.
A PHDA é uma problemática que é reconhecida e estudada há mais de um século.
O suposto aumento deste tipo de perturbações é uma questão que se coloca no dia-a-dia, tanto por professores como por pais. Na minha opinião, e pelo que me tem sido permitido investigar aquilo que existe é mais investigação em busca de uma causa, que é desconhecida, para esta problemática. Tal aumento de investigação leva a um aumento de divulgação.
Na minha opinião, não existe uma valorização em demasia, existe para mim uma desvalorização desta problemática e constante incompreensão destas crianças/jovens que em algumas situações chegam a ser excluídos ou até mesmo envergonhados. No entanto compreendo quando fala em "valorização em demasia", porque quando surge uma criança mais activa quem desconhece a realidade desta perturbação "rotula" a criança de hiperactiva, mesmo sem realizar uma avaliação e observação adequada para uma intervenção que é essencial ser realizada em parceria com família e escola, sem nunca esquecer que a criança é o "centro" de todo o processo.
Quanto à intervenção ideal, não há receitas...cada caso é um caso. Mas quanto a mim a medicação só por si não resulta, sendo necessária, indispensável digo mesmo, a interacção da medicação com as terapia comportamentais porque estas crianças "podem saber o que fazer, mas não fazê-lo QUANDO devem!" É importante que se promova a aprendizagem do "onde" e "quando" nas situações do dia-a-dia.
Repetem-se notícias e reportagens sobre o suposto aumento deste tipo de perturbações nas crianças... Fico sempre na duvida se se trata na realidade de um aumento (que importaria estudar mais a fundo), ou se este tem a sua base na maior atenção que se dá hoje a estas problematicas, talvez até valorizando-as em demasia, sinalizando qualquer criança mais "activa" e menos controlável em hiperactiva! De uma coisa não parecem haver duvidas - os comportamentos e posturas das crianças e jovens de hoje em pouco se assemelham aos do passado, parecem de facto muito mais "nervosos" e agitados, vê-se um numero maior de desinteressados pelos assuntos da escola, uma desresponsabilização em executar tarefas de ajuda aos pais em casa, um senso relativo a questões de dinheiro e exigencias muito pobre, um não conhecimento dos limites, e tantas outras situações que se podem enumerar... Sei que existem vários factores que para tal contribuem, mas a minha preocupação não é tanto o porquê tudo mudou, na verdade "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades... todo o mundo é composto de mudança" - o que me preocupa é pensar que esta mudança terá os seus efeitos... e pergunto-me sempre como virão a ser em adultos e em que sociedade irá estar o meu filho inserido no futuro?
ResponderEliminarOlá Cristina!
ResponderEliminarEsta será a problemática que irei abordar na tese, que em breve começarei, daí tomar a liberdade de tentar responder a algumas das questões que aqui coloca e que são bastante pertinentes.
A PHDA é uma problemática que é reconhecida e estudada há mais de um século.
O suposto aumento deste tipo de perturbações é uma questão que se coloca no dia-a-dia, tanto por professores como por pais.
Na minha opinião, e pelo que me tem sido permitido investigar aquilo que existe é mais investigação em busca de uma causa, que é desconhecida, para esta problemática. Tal aumento de investigação leva a um aumento de divulgação.
Na minha opinião, não existe uma valorização em demasia, existe para mim uma desvalorização desta problemática e constante incompreensão destas crianças/jovens que em algumas situações chegam a ser excluídos ou até mesmo envergonhados. No entanto compreendo quando fala em "valorização em demasia", porque quando surge uma criança mais activa quem desconhece a realidade desta perturbação "rotula" a criança de hiperactiva, mesmo sem realizar uma avaliação e observação adequada para uma intervenção que é essencial ser realizada em parceria com família e escola, sem nunca esquecer que a criança é o "centro" de todo o processo.
Quanto à intervenção ideal, não há receitas...cada caso é um caso. Mas quanto a mim a medicação só por si não resulta, sendo necessária, indispensável digo mesmo, a interacção da medicação com as terapia comportamentais porque estas crianças "podem saber o que fazer, mas não fazê-lo QUANDO devem!" É importante que se promova a aprendizagem do "onde" e "quando" nas situações
do dia-a-dia.
Cumprimentos
Nelson