segunda-feira, 21 de junho de 2010

"Falando com quem faz" - Transição para a vida adulta – Desenvolvimento de Experiências Sócio-Ocupacionais“


Infelizmente não consegui estar presente, mas tal como esperava foi mais uma iniciativa plena de sucesso...Parabéns a todos que tornam estas iniciativas possíveis...

No passado sábado dia 19 de Junho, decorreu mais um “Falando com quem faz!” com a temática:
"Transição para a vida adulta – Desenvolvimento de Experiências Sócio-Ocupacionais“.

A apresentação esteve a cargo de Ana Rosa Trindade, docente de educação especial, juntamente com Elsa Gomes, educadora social e Raquel Nunes, assistente social, representando uma equipa de sete pessoas. A dinamização teve a particularidade de ser nas próprias instalações da escola, em plena festa de final de ano lectivo, o que permitiu in loco poder-se sentir o envolvimento de toda uma equipa escolar no envolvimento das actividades.

De referir que, como não poderia deixar de ser, a dinamizadora Ana Rosa, em nome da direcção da PIN aproveitou o momento para a divulgação do lançamento da revista (primeiro número desta associação) que foi entregue aos associados presentes!

Dando inicio à sessão, a oradora solicitou aos presentes uma frase, comentário ou pensamento sobre a TVA (Transição para a vida adulta), que foram colocadas num quadro e foram sendo discutidas paralelamente ao longo da palestra.

Foi apresentado o enquadramento teórico e legal da TVA (Art. 14 da Lei 3/2008), a referência ao PIT (Plano Individual de Transição - documento que regula a transição para a vida adulta e que deve responder às expectativas dos pais e jovens, devendo ser elaborado três anos antes da escolaridade obrigatória). A pertinência da Declaração de Salamanca que refere a responsabilidade da escola em proporcionar aos alunos competências necessárias na vida diária profissional. Referiu-se o trabalho de Lou Brown e de Ana Maria Bérard da Costa com a realização dos currículos funcionais.

Foi referido, através de uma citação de Paulo Afonso (2005) “que a implementação de todo o processo de TVA deve ser feita por um grupo de elementos que envolvem não somente o docente de educação especial mas também o de ensino regular e outros técnicos, constituindo o que se pode considerar uma equipa multidisciplinar que funciona verdadeiramente de forma articulada”.

Constatando que actualmente, nas sociedades ocidentais, surgem dificuldades associadas ao processo de inclusão social das jovens gerações, é evidente que foi referido as dificuldades acrescidas da população com Necessidades Educativas Especiais, facto corroborado por todos os presentes neste sábado, referindo-se como exemplos os concursos e entrevistas destes alunos, a formação e entrada no mercado de trabalho. Torna-se assim necessário, estabelecer protocolos com instituições da comunidade, neste caso, no projecto apresentado, com o mini mercado, a quinta pedagógica, o café e, curiosamente, mas com toda a pertinência, com a própria escola (buffet da escola, a biblioteca, o jardim de infância).

Considera-se assim, que a TVA é definida como parte de um longo e complexo processo que engloba a fase da vida de uma pessoa e que necessita de ser orientada, sendo um assunto de tema prioritário previsto no trabalho da Agência Europeia no período compreendido entre 2007 e 2013.

Em jeito de síntese pode-se referir que a TVA é um processo de transfer e mudança, que exige medidas políticas (de preferência adequadas, com medidas de apoio e financiamento); equipas multidisciplinares com medidas criativas; articulação entre escola/família/comunidade com a efectiva participação do aluno (contemplando necessidades e competências); construção de redes sociais ou profissionais (aumentando o sistema dual (princípio de combinar a teoria na escola com a prática nas empresas), melhorando a comunicação entre os intervenientes e a necessidade do acompanhamento das escolas neste processo dos alunos, reforçando os serviços de Orientação Vocacional.

De referir ainda, que nesta partilha foi apresentada a caracterização do agrupamento e em especial a escola onde se insere este projecto, a dinâmica do mesmo, desde o apoio individual, à frequência das aulas e às áreas curriculares especificas, as saídas, o atelier de bijuteria, entre outros.

Manhã muito rica em partilha e calorosa no acolhimento, que teve a particularidade de ser muito dinâmica e contar com o envolvimento dos participantes, quer na palestra como na participação da festa da escola, podendo-se mesmo adquirir os produtos realizados por estes alunos, na valorização do produto final.

Em jeito de conclusão, mais uma vez, também nesta partilha, fica patente a importância da direcção da escola na aposta a estes projectos como fundamentais numa escola inclusiva. Aproveitando uma frase abordada nesta manhã, termino com a reflexão de que o caminho é feito de avanços e recuos, mas que fazemos o percurso numa busca incessante de soluções!

Parabéns, por mais uma excelente partilha, a todos aqueles que a tornaram possível!

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