Um estudo publicado em 1998 pela revista "Lancet" associava vacinas ao autismo, mas os seus fundamentos já tinham sido rebatidos. Agora, o autor é acusado de ter mesmo forjado resultados, que levaram muitas famílias a deixar de vacinar as suas crianças.
Surtos de sarampo voltaram a surgir na última década em crianças de países desenvolvidos como os EUA e Reino Unido. As autoridades de saúde relacionaram o fenómeno com a recusa de muitos pais em vacinar os filhos, sob a alegação de que as vacinas podiam provocar autismo.
Na base desta posição, tem estado um artigo publicado em 1998 na revista científica "The Lancet", que associou a vacina tríplice (contra o sarampo, a papeira e a rubéola) ao aparecimento do autismo. Em Fevereiro do ano passado, a publicação apresentara desculpas pela ausência de rigor científico do estudo e, antes, os co-autores do artigo de Andrew Wakefield tinham retirado dele as suas assinaturas. Uma comissão disciplinar a funcionar no âmbito da Ordem dos Médicos britânica classificou o estudo como "irresponsável e desonesto".
Agora, um artigo publicado pelo "British Medical Journal" vem mesmo afirmar que não só havia falta de verdade científica (o estudo basear-se-ia numa dúzia de casos, dimensão mais do que insuficiente para retirar conclusões fiáveis), mas algo mais grave.
Dados forjados
Em causa estarão situações em que a situação relatada de autismo seria anterior à vacina. Com base em argumentos como este, o "British Medical Journal", que se socorreu de registos médicos e entrevistas, qualifica o caso como "fraude" deliberada e não apenas "má ciência".
A editora da revista refere ainda os danos causados por esta teoria. Os laboratórios farmacêuticos teriam sido induzidos a fazer muito mais pesquisas dispendiosas, uma das quais sobre alegados efeitos de um conservante à base de mercúrio, que muitas vacinas incluem. Por outro lado, são apontados efeitos na saúde pública, com o ressurgimento de surtos, nomeadamente de sarampo. Esses surtos tiveram expressão nos EUA e no Reino Unido.
Um caso importado do Reino Unido foi no ano passado registado em Portugal. O outro proveio da África do Sul. No nosso país, lembra Graça Freitas, sub-directora geral de Saúde, o último grande surto de sarampo ocorreu em 1989 - em 1994, ocorrera outro, mais pequeno. Esta responsável refere que, "felizmente, não houve em Portugal receptividade" à teoria.
Surtos de sarampo voltaram a surgir na última década em crianças de países desenvolvidos como os EUA e Reino Unido. As autoridades de saúde relacionaram o fenómeno com a recusa de muitos pais em vacinar os filhos, sob a alegação de que as vacinas podiam provocar autismo.
Na base desta posição, tem estado um artigo publicado em 1998 na revista científica "The Lancet", que associou a vacina tríplice (contra o sarampo, a papeira e a rubéola) ao aparecimento do autismo. Em Fevereiro do ano passado, a publicação apresentara desculpas pela ausência de rigor científico do estudo e, antes, os co-autores do artigo de Andrew Wakefield tinham retirado dele as suas assinaturas. Uma comissão disciplinar a funcionar no âmbito da Ordem dos Médicos britânica classificou o estudo como "irresponsável e desonesto".
Agora, um artigo publicado pelo "British Medical Journal" vem mesmo afirmar que não só havia falta de verdade científica (o estudo basear-se-ia numa dúzia de casos, dimensão mais do que insuficiente para retirar conclusões fiáveis), mas algo mais grave.
Dados forjados
Em causa estarão situações em que a situação relatada de autismo seria anterior à vacina. Com base em argumentos como este, o "British Medical Journal", que se socorreu de registos médicos e entrevistas, qualifica o caso como "fraude" deliberada e não apenas "má ciência".
A editora da revista refere ainda os danos causados por esta teoria. Os laboratórios farmacêuticos teriam sido induzidos a fazer muito mais pesquisas dispendiosas, uma das quais sobre alegados efeitos de um conservante à base de mercúrio, que muitas vacinas incluem. Por outro lado, são apontados efeitos na saúde pública, com o ressurgimento de surtos, nomeadamente de sarampo. Esses surtos tiveram expressão nos EUA e no Reino Unido.
Um caso importado do Reino Unido foi no ano passado registado em Portugal. O outro proveio da África do Sul. No nosso país, lembra Graça Freitas, sub-directora geral de Saúde, o último grande surto de sarampo ocorreu em 1989 - em 1994, ocorrera outro, mais pequeno. Esta responsável refere que, "felizmente, não houve em Portugal receptividade" à teoria.
In: JN online
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