É muito comum ouvir os pais dizer, independentemente da nacionalidade, que se uma bofetada não os matou quando eram pequenos, também não é isso que vai fazer mal aos seus filhos.
Estamos a falar de um castigo físico na educação que, apesar de alguma forma ser aceite a nível social, tem mais efeitos negativos do que alguns pais desejariam. Não só porque acabam por se arrepender a seguir, como percebem que não tem efeitos práticos em termos de aprendizagem para os filhos.
Uma bofetada, um açoite, só serve para mostrar a incapacidade do adulto em lidar com a criança, a impotência perante aquele filho/a. A educação deve basear-se na comunicação, na imposição de limites e regras desde muito cedo, no auxílio à criança para lidar com as contrariedades que vão aparecendo.
Uma bofetada, um açoite, só serve para mostrar a incapacidade do adulto em lidar com a criança, a impotência perante aquele filho/a. A educação deve basear-se na comunicação, na imposição de limites e regras desde muito cedo, no auxílio à criança para lidar com as contrariedades que vão aparecendo.
E como vê a criança o castigo? Quando agiu mal, sabe que será castigada, sendo que o castigo servirá para aliviar o seu sentimento de culpa pelo mal causado.
Quando o castigo é físico, e se é frequente, insensibilizará a criança. Os gritos são também de evitar, pois só lhe mostram que conseguiu o que de facto a criança queria: a atenção dos pais.
Há estratégias para lidar com o mau comportamento das crianças, sem castigos físicos ou gritos. Deixo-lhe aqui duas: o “time-out” e a técnica 1-2-3.
Quando o castigo é físico, e se é frequente, insensibilizará a criança. Os gritos são também de evitar, pois só lhe mostram que conseguiu o que de facto a criança queria: a atenção dos pais.
Há estratégias para lidar com o mau comportamento das crianças, sem castigos físicos ou gritos. Deixo-lhe aqui duas: o “time-out” e a técnica 1-2-3.
Para acalmar a criança e acalmar-se a si, pode retirar o seu filho do local onde aconteceu a asneira e levá-la para um outro lugar onde possa estar sentado, mas sem distracções. Deve explicar-lhe que ficará ali uns minutos até se acalmar e que não pode sair enquanto não lhe for permitido.
Esta técnica, denominada “time-out”, não é um castigo. Tem como objectivo ajudar a criança controlar-se internamente, a acalmar-se e a pensar no que fez.
Durante o “time-out “não deve dar-lhe atenção, nem mesmo para lhe explicar que o que fez foi errado. Fazê-lo neste momento é contraproducente e acabará por tornar esta técnica ineficaz.
Esta técnica, denominada “time-out”, não é um castigo. Tem como objectivo ajudar a criança controlar-se internamente, a acalmar-se e a pensar no que fez.
Durante o “time-out “não deve dar-lhe atenção, nem mesmo para lhe explicar que o que fez foi errado. Fazê-lo neste momento é contraproducente e acabará por tornar esta técnica ineficaz.
Outra questão a ter em conta é o tempo que a criança deve permanecer no “time-out”. O cálculo a fazer é de um minuto por cada ano de vida, sendo uma técnica que pode ser aplicada a partir dos dois anos de idade.
Para uma criança de dois anos ficar dois minutos ficar quieta, sentada, já vai ser uma eternidade. Não deve ser deixada sozinha mais tempo, pois acabará por se chatear, distrair e voltar a fazer uma asneira.
Para uma criança de dois anos ficar dois minutos ficar quieta, sentada, já vai ser uma eternidade. Não deve ser deixada sozinha mais tempo, pois acabará por se chatear, distrair e voltar a fazer uma asneira.
A contagem 1-2-3 é uma variante do “time-out” e pode ser usada mesmo com os adolescentes. Partimos do mesmo princípio, temos uma birra a que queremos pôr termo, um comportamento que não queremos que continue. De novo, não adianta explicar, dialogar, persuadir, pois todo e qualquer diálogo só servirá para alimentar o problema.
Vai somente contar até três: 1-2-3.
Esta contagem tem por finalidade dar o tempo necessário ao seu filho para se acalmar e para se reorganizar emocionalmente. Pode explicar-lhe que vai contar até três e que, quando acabar, terminará também o choro e a birra.
A contagem deve ser lenta, dando tempo entre cada número: 1-2-3, sem comentários seus pelo meio, sem responder à criança ou contra-argumentar. Nem é necessário que mantenha contacto ocular.
A contagem deve ser lenta, dando tempo entre cada número: 1-2-3, sem comentários seus pelo meio, sem responder à criança ou contra-argumentar. Nem é necessário que mantenha contacto ocular.
Deve só dizer : “Vou começar a contar: 1… (pausa) a criança ou o jovem, continuarão a insistir na birra; 2 … (pausa) começarão a perceber que não vale a pena continuar a testá-lo ou a manipulá-lo, e começarão a enfraquecer a sua fúria, começam a organizar-se internamente e quando chegar a 3 tudo deverá ter terminado.
Não há mais comentários. Será a “bonança depois da tormenta”.
Por: Zélia Parijs, psicóloga
In: JN online
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