Nuno Meireles, portador de paralisia cerebral, está a concluir um mestrado em sociologia e apresenta hoje um romance que escreveu com os dedos dos pés.
"O mestrado [na Faculdade de Letras da Universidade do Porto] e o livro são a concretização de sonhos antigos. Foram desafios que venci", afirmou à Lusa, Nuno Meireles, portador de paralisia cerebral, que apresenta hoje um romance que escreveu com os dedos dos pés.
Um problema no parto transmitiu a Nuno Meireles, de 34 anos, uma deficiência física profunda que o impede de escrever com as mãos. Apesar das limitações físicas, desde criança manifestou a sua inteligência e o seu inconformismo, desenvolvendo a faculdade de usar os pés para escrever.
Inicialmente, aprendeu a usar um lápis ou uma esferográfica para obter bons resultados. Mais tarde, adaptou-se ao teclado de uma máquina de escrever, que chegou a usar na escola primária, evoluindo depois para o computador.
Actualmente, sentado numa cadeira de rodas, utiliza o computador para estudar e comunicar com os amigos através da Internet, compensando as limitações de mobilidade.
O gosto pela leitura levou-o a escrever o seu primeiro livro em 2007, uma autobiografia intitulada "A Vida e eu".
"Eu sempre gostei de ler e escrever. Depois de escrever o primeiro, não queria ficar por aí", disse à Lusa, referindo-se ao segundo livro, um romance com mais de 400 páginas, escrito ao longo de um ano, intitulado "Duas vidas. Um destino". "É a história de duas pessoas, uma de classe mais pobre e outra de classe mais abastada", explicou.
"O mestrado [na Faculdade de Letras da Universidade do Porto] e o livro são a concretização de sonhos antigos. Foram desafios que venci", afirmou à Lusa, Nuno Meireles, portador de paralisia cerebral, que apresenta hoje um romance que escreveu com os dedos dos pés.
Um problema no parto transmitiu a Nuno Meireles, de 34 anos, uma deficiência física profunda que o impede de escrever com as mãos. Apesar das limitações físicas, desde criança manifestou a sua inteligência e o seu inconformismo, desenvolvendo a faculdade de usar os pés para escrever.
Inicialmente, aprendeu a usar um lápis ou uma esferográfica para obter bons resultados. Mais tarde, adaptou-se ao teclado de uma máquina de escrever, que chegou a usar na escola primária, evoluindo depois para o computador.
Actualmente, sentado numa cadeira de rodas, utiliza o computador para estudar e comunicar com os amigos através da Internet, compensando as limitações de mobilidade.
O gosto pela leitura levou-o a escrever o seu primeiro livro em 2007, uma autobiografia intitulada "A Vida e eu".
"Eu sempre gostei de ler e escrever. Depois de escrever o primeiro, não queria ficar por aí", disse à Lusa, referindo-se ao segundo livro, um romance com mais de 400 páginas, escrito ao longo de um ano, intitulado "Duas vidas. Um destino". "É a história de duas pessoas, uma de classe mais pobre e outra de classe mais abastada", explicou.
"Se tem asas para voar que voe até ao infinito"
O percurso de vida e o inconformismo de Nuno Meireles manifestam-se também na licenciatura em engenharia informática concluída em 2007 no Politécnico do Porto. "Se tem asas para voar que voe até ao infinito", comentou à Lusa a mãe do Nuno, que o acompanha em quase tudo.
"Passou muitas noites sem dormir e sempre o acompanhei nesses momentos", afirmou Rosa Maria Meireles. Ao lado do filho, que a ouvia atentamente, foi dizendo que "cada degrau que vai passando vai-se sentindo enriquecida". "O meu filho foi sempre um lutador. Atendendo às dificuldades do Nuno, a felicidade quando se licenciou foi maior", acrescentou.
Nuno Meireles fala com muita dificuldade devido à paralisia cerebral que sofreu à nascença. As suas palavras são de difícil compreensão mas o seu olhar e o sorriso são expressivos.
Com esforço, disse à Lusa que a sua licenciatura exigiu "muita dedicação". "Foi complicado, mas já está", comentou com uma expressão de felicidade.
Apesar da sua formação académica, não tem sido possível encontrar emprego. As promessas têm surgido, mas nenhuma até hoje foi concretizada.
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In: Expresso online
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