A leucemia e os tumores do sistema nervoso central representam mais de metade dos cancros diagnosticados em crianças anualmente, uma "bomba" que cai no colo dos pais e com a qual a associação “Acreditar” os ajuda a lidar diariamente. Hoje assinala-se o Dia Internacional da Criança com Cancro.
Segundo dados da Confederação Internacional de Pais de Crianças com Cancro, a leucemia e os tumores do sistema nervoso central representam 65% do total dos cancros nas crianças (40% as leucemias e 25% o restante.
Em Portugal, onde anualmente são diagnosticados cerca de 350 novos casos de cancro, a sobrevivência ronda os 78% nos casos de leucemia e dos 69% quando se trata de tumores do sistema nervoso central.
"O primeiro impacto é como se fosse uma bomba atómica que caísse em cima da cabeça dos pais. Depois demora o seu tempo até que as pessoas comecem a aperceber-se desta realidade, que é dura, mas que tem soluções, há cura", referiu Margarida Cruz, presidente da “Acreditar”, à Lusa.
"O primeiro contacto é feito por pais que já passaram por esta situação, que têm os seus filhos bem, curados. Porque é dar uma perspectiva de quem já vivenciou e de que é possível ultrapassar", disse, destacando que a "mensagem de alguém que esteve na mesma situação é uma forma muito útil de passar alguma confiança aos pais".
Durante o tratamento da doença, os pais oscilam entre dias com "muita esperança, quando tudo corre bem, e de muito desespero, quando algo corre mal no meio do tratamento".
"O primeiro contacto é feito por pais que já passaram por esta situação, que têm os seus filhos bem, curados. Porque é dar uma perspectiva de quem já vivenciou e de que é possível ultrapassar", disse, destacando que a "mensagem de alguém que esteve na mesma situação é uma forma muito útil de passar alguma confiança aos pais".
Durante o tratamento da doença, os pais oscilam entre dias com "muita esperança, quando tudo corre bem, e de muito desespero, quando algo corre mal no meio do tratamento".
"Há muita oscilação, muita preocupação e muita angústia nos pais", conta Margarida Cruz, lembrando que as crianças "sofrem com o impacto imediato, a dor física que estão a sentir por causa do tratamento ou a alteração da sua vida, por terem de sair do meio familiar".
Além disso, as alterações emocionais dos pais "têm um enorme reflexo nas crianças pequenas".
Além disso, as alterações emocionais dos pais "têm um enorme reflexo nas crianças pequenas".
A Acreditar tenta "reforçar os pais do ponto de vista emocional de forma a que eles consigam aparentar para os filhos tranquilidade".
"Quando sentimos que estão numa fase em que estão tão frágeis que não conseguem, nós levamos os miúdos a dar uma volta para que o pai e a mãe possam chorar. Porque às vezes é preciso. E para quando a criança volte a estar com eles, os pais possam voltar a estar com uma cara mais tranquila, mais sorridente", referiu Margarida Cruz.
No Dia Internacional da Criança com Cancro, a Acreditar lança o concurso "Desenha-me um Sorriso", destinado a crianças entre os seis e dos doze anos. O desenho vencedor será capa da agenda para 2012 da Acreditar e os dez melhores serão transformados em selos que os CTT irão emitir.
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