quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fibromialgia

O conhecimento sobre a fibromialgia em idade pediátrica é ainda escasso, no entanto a sua prevalência tem vindo a aumentar, sendo o diagnóstico precoce extremamente importante para uma eficaz abordagem terapêutica.

O que é?


 Fibromialgia é uma doença não inflamatória, que se caracteriza por dor muscular generalizada associada a vários sintomas inespecíficos como fadiga e alterações do sono. A sua causa é desconhecida e afecta maioritariamente os adultos. No entanto, também pode ser encontrada em idade pediátrica, mais frequentemente na adolescência (entre os 11,5 e os 15 anos) e no sexo feminino. É comum haver pelo menos um dos pais com a mesma doença, apesar de não estar ainda demonstrada a transmissão hereditária.

Quais os sintomas? 


Além de dor muscular generalizada e fadiga exagerada, também é comum existirem perturbações do sono, cefaleias e depressão que proporcionam mau estar e limitação nas actividades da vida diária, incluindo absentismo escolar. Por vezes, as queixas dolorosas são mais intensas de manhã e estão associadas a rigidez e sensação de edema articular.

Como se diagnostica? 


Não existem análises específicas para o diagnóstico de fibromialgia, no entanto, estas podem ser usadas para excluir outras doenças com manifestações semelhantes.

O diagnóstico faz-se pela presença dos vários sintomas referidos anteriormente, associados a dor à palpação de determinados pontos distribuídos pelo corpo, os chamados pontos sensíveis, sem outras alterações no exame físico.

Há tratamento? 


O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar, tendo em conta os diversos problemas associados. Os objectivos principais são reduzir a dor, a depressão e as perturbações do sono e aumentar a actividade física.

É aconselhado exercício físico de baixa intensidade como a caminhada e a bicicleta, pelo menos 30 minutos por dia, de forma a aumentar a resistência cardiovascular, sendo este um dos pilares do tratamento. Em alguns casos mais graves e prolongados, poderá ser necessária a fisioterapia.

O tratamento farmacológico pode incluir relaxantes musculares e/ou antidepressivos, no entanto, este é o ponto menos importante do tratamento, não devendo ser utilizado por rotina. Também fazem parte das estratégias terapêuticas as terapias cognitivo-comportamentais (psicológicas).

Qual o prognóstico?


 A natureza crónica da fibromialgia na população pediátrica tem importantes implicações no desenvolvimento psicossocial e pode dificultar a transição para a idade adulta.

O sucesso do tratamento é alcançado quando existe uma abordagem multifacetada da situação clínica. Numa fase inicial do tratamento (com o aumento da actividade física) poderá haver agravamento da dor, pelo que a persistência é essencial!

Apesar de pouco estudada, a evolução parece mais favorável nesta faixa etária, que na idade adulta.

Por: Liliana Abreu, com a colaboração de Susana A. Carvalho, pediatra do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga

In: EDUCARE

2 comentários:

  1. eu tenho fibromialgia,sei desde dia 10 setembro,mas já vinha me queixando dos sintomas desde os meu 28 anos,passado cinco anos de sofrimento fui diagnosticada,nunca deixei de fazer meu trabalho e minha vida ,mas noto ano para ano mais cansaço ,insónias,dores de cabeça e mta dor no corpo inteiro,só depois de um banho bem quente pela manhã como eu costumo dizer a maquina depois de quente é que funciona ,assim sou eu com mta dor,mas mta coragem e força de vontade,bjos a todos

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