domingo, 7 de março de 2010

Escola recusa dar remédio a aluno

Professora justifica que não faz parte das suas competências administrar os medicamentos e que a toma de comprimidos prejudica as aulas.

A mãe de uma criança de oito anos retirou o filho da escola porque a professora se recusou a dar ao menino o medicamento que está receitado para tratar da sua hiperactividade. O remédio é um simples comprimido, mas a docente alega que a tarefa não faz parte das suas competências.

Antes de se transferido para outra escola, Afonso andava no 3º ano no Centro Educativo de Santo Onofre, nas Caldas da Rainha. "Logo no segundo dia de aulas começaram os problemas", conta a mãe, Teresa Lourenço. "Tem de tomar o Rubifen [fármaco que actua no sistema nervoso central, aumenta a concentração e reduz comportamentos impulsivos] várias vezes por dia, em horas que coincidem com as aulas." A criança tem obrigatoriamente de tomar um comprimido às 16h00. "Leva um relógio que apita e ele próprio pega na carteira de comprimidos e toma." A professora, num relatório sobre a criança, reconhece que "quando não toma o remédio é visível a diferença, demora mais tempo a realizar as tarefas e não as realiza com a mesma correcção, distrai-se, perturba os colegas, pica-os com o lápis ou dá-lhes pontapés, e no recreio gera conflitos e agride". No entanto, a docente considera que a medicação em horário escolar "perturba o normal funcionamento das aulas", interrompendo as actividades. E sustenta: "Não faz parte do meu conteúdo funcional administrar medicação aos alunos, sendo uma grande sobrecarga para mim e tendo implicações negativas no meu trabalho."

PSP TEVE DE SER CHAMADA

A direcção do Centro Educativo de Santo Onofre, nas Caldas da Rainha, argumenta que a quantidade de vezes que a mãe de Afonso aparecia na sala de aula criava desestabilização nos trabalhos lectivos. Teresa Lourenço garante que sempre avisou a professora antes de ir buscar o filho e acrescenta que numa das ocasiões teve até de chamar a PSP. A mãe da criança afirma ainda que a professora gritava com o filho, proibia-o de se ausentar da sala para ir a consultas e impedia-o inclusive de ir à casa de banho durante as aulas, "ficando com as cuecas sujas e molhadas".

Estas situações levaram a família de Afonso a pedir a transferência de escola.

Quanto às idas à casa de banho, a professora rejeita a acusação: "Nunca proibi os meus alunos de irem sempre que necessitam."

SAIBA MAIS

PRIMEIRO ESTUDO

O primeiro estudo clínico data de 1937 e avaliou a eficácia de um estimulante para o tratamento da hiperactividade em crianças. Registaram-se progressos significativos.

500 crianças participaram num estudo do Instituto da Inteligência que revela que 57% das causas estão relacionadas com o meio familiar e as restantes com a escola e o stress.

35 000 a 50 mil crianças portuguesas sofrem de hiperactividade, um problema que afecta 3% a 7% das crianças em idade escolar.

POUCA CONCENTRAÇÃO

Não é a inteligência que está em causa nas pessoas hiperactivas, mas sim o facto de o seu tempo de concentração ser inferior à média.


12 comentários:

  1. Bem, eu nem sei o que diga... Estou estupefacta!

    Mas a coisa não devia ficar por aí, penso eu... que falta de sensibilidade, por favor!!!

    O meu filho também tem que tomar medicação a uma hora específica, leva a caixa com os comprimidos divididos pelos dias da semana, a caixa é entregue à professora, que inclusive utiliza o alarme do seu telemóvel para lho dar diariamente, ele já leva a garrafa de água e...

    Como é que prejudica uma aula, 1 ou 2 minutos que é o tempo da criança tomar o comprimido?!

    Esta professora é um ser que não tem amor nem vocação para lidar com crianças, é revoltante!

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  2. Esta senhora não se pode chamada de professora...quando muito será uma funcionária do estado...e mesmo assim não sei não...
    Revoltante!!!Estou completamente indignado!!!

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  3. Realmente não há palavras, como é possível isto acontecer? Então um Professor pode-se recusar a dar medicação a um aluno e ficar impune? Não faz parte das suas funções? Mas faz parte ser negligente e recusar o tratamento a um aluno. Lindo Pais o nosso.

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  4. Mais uma vez a indiferença, a falta de sensibilidade e a insensatez predominam. Não consigo conceber essa questão do que são as funções docentes.... Não tenho muito mais a dizer, só a lamentar que ainda haja na minha profissão colegas (?) com estas atitudes!

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  5. É fundamental um trabalho de equipa, entre médico, terapeutas, pais e professores. O papel da escola é de extrema importância e o comportamento do professor perante a criança com PHDA pode influênciar o sucesso do tratamento. É importante que o professor tenha essa noção.
    Enfim...

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  6. Olá boa tarde...
    De facto há coisas que não passa na cabeça de ninguem,mas como essa pessoa pode ainda tar ao serviço?
    Para ver se há mais alguma criança para fazer o que lhe apetece!
    Eu tanho uma filha de 6 anos que faz rubifen 10 a quase 3 anos e começou agora com Arritalina em gotas e nunca nenhuma Educadora se recusou muito pelo contrario,ajudaram-me e muito...
    Sabe que apanhei um medico que me dise até a proxima consulta não lhe desejo as melhoras porque nestas situações não há é um caso de sorte....
    E assim como mãe que sabe o que nós também sofremos e utilizando as palavras do médico da minha menina boa sorte a todas as mães...
    Pois temos que ter muita força para os ajudar a eles/as também porque quando se aprecebem do mal que fizeram entram em panico....

    C.S.F LX

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  7. Trabalho em uma escola e entendo a professsora. EStamos com um caso assim lá agora. O menino tem que tomar o remédio para TDAH logo na hora da entrada, só que só toma com um suquinho e o comprimido amassado. Olha o tempo que a professora gasta com isso!!! Além do que, são mais de 1000 alunos e mts com essa problemática. Esse menino mesmo, noutro dia chegou sem o suco, tomou antes de entrar na sala. Ele é arredio ao medicamento. Mt difícil mais essa atribuição para o professor. Sinceramente, não é má vontade mesmo. É mt fácil julgar e condenar quanto se está longe da situação. Remédio só com receita médica e em casa.

    C. Rio de Janeiro - Brasil.

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  8. entendo completamente a professora ,não é má vontade é lei. não é permitido o professor ministrar medicamentos ao aluno pois se o aluno passa mal pela reação deste o professor vai ser o primeiro á ser culpado E aí será que esses críticos que só critcam por que não estão na pele irão livrar esse professor de um processo além do mais as tomadas de remédio são de 6 em 6 horas ou de 8 em 8 dá para organizar o horário para não ser no horário da escola.que só dura 4 horas . Escola não é hospital. Professor não é enfermeiro.

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  9. A QUESTÃO NÃO É BOA VONTADE OU NÃO...SE O PROFESSOR DÁ O REMÉDIO PARA O ALUNO TUDO BEM ...E SE ACONTECE ALGO COM O ALUNO OU O PROFESSOR POR ALGUM MOTIVO DEIXAR DE DAR O REMÉDIO PARA O ALUNO. TODOS IRÃO DEFENDER O PROFESSOR COM ESSE FERVOR QUE CRITICAM? ELE NÃO CUIDA DE UMA CRIANÇA, MAS DE VÁRIAS.

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  10. Pois eu penso que a administración dos medicamentos deverían de depender do xuízo do suxeito administrador. Eu possuo rubifen, se alguem quer pódolle enviar. É o orixinal, do laboratorios Rubió, sem trucos de ningunha clase. Se interesados poden escribir aquí mensaxem i eu contacto.

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  11. Professor não é obrigado a ministrar remédios, mesmo porque não está apto a isso, sua condição é de educador, os país ou responsáveis que devem administrar, não existe nenhuma lei que obrigue um professor a medicar uma criança, não e por mau, mas é lei, se acontece algo errado o primeiro a ser crussificado será o professor sem perdão algum. Então cada qual com sua responsabilidade. Se a criança está em tratamento fique em casa e os país cuidem, mesmo porque contínuo ou não pelo OAB não existe nenhuma lei que obrigue.

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  12. Professor não é obrigado a ministrar remédios, mesmo porque não está apto a isso, sua condição é de educador, os país ou responsáveis que devem administrar, não existe nenhuma lei que obrigue um professor a medicar uma criança, não e por mau, mas é lei, se acontece algo errado o primeiro a ser crussificado será o professor sem perdão algum. Então cada qual com sua responsabilidade. Se a criança está em tratamento fique em casa e os país cuidem, mesmo porque contínuo ou não pelo OAB não existe nenhuma lei que obrigue.

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