quarta-feira, 10 de março de 2010

Maior parte das crianças com dislexia deixou de receber apoio do ensino especial


A Confederação de Pais e Associação Portuguesa de Dislexia (APD) querem que o Governo altere o funcionamento do ensino especial e dizem que a maior parte das crianças com dislexia ficaram de fora do sistema, avança a TSF.

A presidente da APD, Helena Serra, explica que, com a classificação que foi introduzida pelo anterior Governo, a grande maioria das crianças disléxicas deixou de receber apoios especiais. E isto porque “a classificação é cega», afirma Helena Serra, lamentando que os professores nem sequer tenham formação para lidar com este tipo de alunos.

Nos próximos dias, a APD vai pedir um encontro com a ministra da Educação para lhe apresentar um conjunto de propostas para o ensino especial. E espera que a nova ministra, Isabel Alçada, esteja mais sensível para esse problema, aceitando colocar nas escolas um coordenador para os alunos que necessitam de um apoio especial.

Num estudo divulgado recentemente, a FENPROF denunciava que, com a mudança de regras, houve cerca de 20 mil crianças com necessidades educativas especiais que ficaram fora do sistema, a maior parte alunos disléxicos, hiperactivos ou sobredotados. A federação de professores denunciava também a falta de professores com formação adequada

O Governo rebate todas estas críticas. A responsável do ministério da Educação pelo ensino especial, Filomena Pereira, garante não ter recebido qualquer queixa, e assegura ainda não haver falta de professores.

A Confederação das Associações de Pais, embora considere positiva a criação de escolas de referência para as crianças com necessidades educativas especiais, contesta o facto de ficarem muito distantes da grande parte dos estudantes que são obrigados a passar todo o dia longe de casa. Filomena Pereira admite que o Governo venha a dar resposta a este problema e diz que está também a avaliar a necessidade de alargar o número de escolas com ensino bilingue para crianças surdas.

4 comentários:

  1. Nesta sua postagem, ressalvo o facto de saber que finalmente as Associações de pais (particularmente a Confederação), toma uma atitude e tem uma postura em relação ao ensino especial no geral (e bem). Parecia-me a mim, por vezes, que estas Associasções só existiam para os pais de filhos sem NEE'S. Tanto mais que os ATL´s,
    geridos na sua grande maioria por Associações de pais, negam muitas vezes a admissão de crianças "diferentes" nas suas salas, alegando falta de meios. Esta alegação fere estes pais, porquanto quase soa um bocadinho a descriminação. Então se não há meios, poderiamos conversar e tentar encontrar respostas. Esta justificação de falta de meios, devia até ser proibida porque é descriminatória logo à partida e está escrita em muitos regulamentos, senão em todos, das Associações de pais que têm a seu cargo os ATL's e para isso recebem, para além das cotas de cada pai, alguns subsideos. Então e aqueles meninos de comportamento complicado por questões de educação, que muitas vezes revolucionam e desestabilizam totalmente os outros? A sorte destes é que a falta de educação ou de assitencia emocional não é uma deficiencia ou a sê-lo não está diagnosticada, senão, pelo "trabalho" que dão, também estaríam "impossibilitados de frequentar ATL's e as suas mães teriam de deixar os seus empregos para estar com eles, como muitas de nós com filhos com NEE's temos que fazer, com as suas inerentes consequências de vida familiar, que parece pouco importar aos outros.
    No entanto, até avento a hipotese de que possam não ter capacidade de resposta para alguns casos, mas se os desconhecem na prática, como podem vetar-lhes o apoio logo à partida! Que conhecimento têm das diversas formas de incapacidades existentes nas crianças? E pergunto ainda: então as Associações de pais não existem para apoiar os pais - TODOS os pais? Casos de impossibilidade de resposta, deveriam gerar a união e a procura delas, ou não?

    Nota: este meu comentário baseia-se numa experiencia anterior que tive com ATL's e no meu conhecimento daquilo que se passa um pouco com muitos outros pais como eu, neste pais. Actualmente tenho o apoio na procura de soluções para esta situação em relação ao meu filho no ATL da escola onde anda, mas devo-o à dedicação de um ou outro pai e mãe, que por nós lutaram e porque o actual presidente é uma pessoa de muita vontade e grande sensibilidade. Quando assim não é, convive-se com a alarvidade da descriminação grosseira para com quem tanto precisa de apoios.

    ResponderEliminar
  2. As Associações de Pais cada vez são mais importantes, o envolvimento parental é o aliado mais importante para os professores.
    Tem toda a razão em dizer que estas associações são de todos e por isso devem defender e representar TODOS sem excepção!!!
    A falta de meios, na minha opinião, são a desculpa dos incompetentes (peço desculpa pelo termo)...Mas justifico a dureza da minha afirmação...É que mesmo sem alguns bens materiais é possível trabalhar, é possível actuar, É POSSÍVEL!!!!
    Existem tantas, mas tantas maneiras de conseguir alcançar metas, mas os incompetentes limitam-se a desculpar-se em vez de tentarem arranjar soluções, até porque cada pessoa/criança tem áreas fortes que precisam de ser encontradas e trabalhadas para um correcto desenvolvimento.

    Obrigado pelo seu testemunho

    Abraço

    Nelson

    ResponderEliminar
  3. "O Governo rebate todas estas críticas"... Quer dizer, rebater não rebate: limita-se a negar e a assobiar para o lado.

    ResponderEliminar
  4. meu nome e samanta tenho um filho que tem 9 anos e não consegue aprende a ler e levo ele ao neurologista a 4 anos e ela não me da uma definição sobre o que ele tem então eu comecei a estudar sobre todas as doenças que poderia ser e
    as vezes me sinto perdida como cega em um tiroteio o meu filho tem dislexia e muito dificultoso encontrar tratamento eu tento a muito tempo e colégio nem se fala e praticamente impossível
    tenho muito problemas com escola ele esta na 3 escola na primeira serie ele tem dificuldade em assimilar as coisas se alguém souber um colégio no rio de janeiro especializado no problema dele mande o comentário estou perdida quero muito ver o meu filho ler acho que no momento e o meu sonho. a incompetência do governo e tanta a incapacidade de olhar e ver o pedida de ajuda de nos pais que só queremos que os nossos filhos sejam como os amiguinhos não e pedir muito e o direito deles.

    ResponderEliminar