Uma equipa de cientistas da Universidade de Utah conseguiu, através da ligação de uma grelha de microeléctrodos à superfície cerebral de um voluntário (utilizando um software especial), traduzir sinais cerebrais em palavras.
Foi pedido a um paciente com epilepsia crónica, que já tivesse realizado tratamentos com eléctrodos comuns anteriormente, que lesse repetidamente dez palavras consideradas úteis para uma pessoa paralisada: sim, não, quente, frio, fome, sede, olá, adeus, mais e menos.
As sessões ocorreram durante quatro dias, tendo a duração de 1 hora cada uma e os termos foram repetidos entre 31 e 96 vezes cada um. Através de um software especial, os investigadores tentaram decifrar qual dos sinais cerebrais correspondia a cada palavra. Na análise dos dez padrões em seguimento, a precisão era de 28% a 48%, mas comparando padrões distintos, como "sim" e "não", a precisão subia para 76% a 90%.
Segundo Brade Greger, coordenador da equipa de investigação, ainda que a tecnologia consiga provar o conceito do projecto, todavia é insuficiente para traduzir com precisão os pensamentos. No entanto, acredita que "em dois ou três anos seja de uso comum entre doentes paralisados". Espera-se assim, que esta tecnologia se possa revelar importantíssima para a melhoria das condições de vida de pacientes com esclerose lateral amiotrófica avançada, paralisia cerebral adquirida ou síndrome do encarceramento.
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